Como vejo a santidade


Santidade não é perfeição, nem se santifica quem busca sê-lo.
O santo, ungido e separado é alguém que foi escolhido, eleito, chamado!
A santidade vem de quem chama, de quem elege e não do eleito.
Não depende de mim ou de nós, mas de Deus.
Não está restrita ao comportamento, mas pressupõe, apesar disso, um novo modo de viver.
Então, o santificado não é perfeito, mas vive em busca disso!
Perfeição, do ponto de vista da santidade, não é ausência de defeitos, mas maturidade, ou seja, auto conhecimento, inconformidade, compreensão de quem somos e de quem Ele é.
Quando penso em mim como um 'santo', não consigo imaginar alguém perfeito, mas alguém que caminha neste mundo com um propósito.
Não vejo regras e catecismos adquiridos pautando metodicamente toda uma vida, mas vejo uma missão altaneira, um projeto de felicidade e de influência que subsiste apontando para um caminho de Bem.
Vejo os santos não como ídolos, mas como heróis; não como mediadores, mas como exemplos de vida e de fé.
Vejo os santos por aí, permeados em defeitos e virtudes, em sortes e revezes, em alegrias e tristezas.
Vejo os santos como gente comum, com uma chama interior incomum.
 
Rafael Reparador