Fé para a travessia


“Logo que os sacerdotes que levam a arca de Javé, o Senhor de toda a terra, tiverem tocado com a planta dos seus pés as águas do Jordão, estas serão cortadas, e as águas que vêm de cima pararão, amontoando-se”.

Josué 3:13

Agir por fé não é nada fácil! A cena acima descrita me causa espanto, quando penso em minha situação. Sou um sacerdote, levo a presença do Senhor em mim, mas preciso ultrapassar o Jordão para atingir a terra que Ele me prometeu.

O processo da fé consiste em acreditar nas palavras ditas, nas promessas feitas e simplesmente, sem nada nas mãos, apenas a Arca, partir. Somente pela palavra, pelo chamado e pela experiência dos milagres que já vivemos um dia, teremos argumentos para caminhar no rumo daquilo que poderia nos matar afogados.

A promessa estabelece que após tocar as águas com os pés, ou seja, após iniciar a jornada para o lado de lá, onde a promessa se encontra, haverá um corte naquilo que nos aflige. O rio vai parar, não correrá mais, enquanto você estiver ali, no caminho de seu chamado para o outro lado. De forma assustadora, o que lhe causava medo antes, começara a se acumular ao seu lado, crescerá como uma parede gigante e invisível de águas enfurecidas, prontas para correr e engolir você e os que estão contigo.

A falta de dinheiro parecerá maior, os prazos lhe sufocarão mais ainda, a cobrança dos que têm a fé enfraquecida será quase insuportável, família, amigos, colegas, circunstâncias se tornarão piores ao seu lado, mas estarão ali, estáticas, não passarão de um grande leão a rugir e tentar lhe assustar.

Somente após terminar a travessia, então, a parede mortal de problemas correrá em sua direção e virará uma história do passado, irá pra bem longe de você.

Creia!

rafa

Lula e o SUS


Meus dois filhos nasceram por casaria pelo SUS. Inclusive, meu filho mais novo, passou 12 dias na UTI pré-natal e foi um tratamento maravilhoso.

Às vezes demora mesmo pra marcar uma consulta, ou ter acesso a um exame, mas acho que para se ter uma melhor idéia do que é o Sistema Único de Saúde do Brasil, deveria saber como as coisas funcionam nos EUA, por exemplo.

Lá, pasmem, um trabalhador acidentado, sem um membro do corpo, à beira da morte, se não tiver seguro social que cubra o atendimento, fica do lado de fora do Hospital, abandonado pelo sistema para morrer. Um imigrante sem seguro, está completamente descoberto pela Saúde pública, ao contrário do Brasil, que trata todos com igualdade.

Acho a saúde pública do Brasil, "até onde vi e conheci de perto", um exemplo para o mundo e acredito que se o Lula tivesse que ser atendido pelo SUS, seria bem atendido.

Tem gente irresponsável (que usa Unimed), dando uma de papagaio, repetindo coisas que não sabe, que não viu...

rafa

Com cinqüenta pila, poderia...


Comprar uma pilcha nova, uns quinze quilos de erva mate bem verdinha, talvez uns fardinho de Fruki, dois par de alpargata, um facão bem bagual com cabo de osso, pagar umas rodadas de Polar pros amigos, comprar três quilos de costela, um de vazio e mais uns salsichão... meia dúzia de queijo da colônia, duas perninha de salamito, cinco cuca pro café da tarde, um balde de Mumu... bah!! Acho que ta bom!

Pena que o dinheiro aqui não vale tanto quanto a tradição...

Um quebra costela a todos pra gauchada de todos rincão,

rafa

Livra-nos do mal da hipocrisia, que mortos neste corpo já estamos e caveira, todos, no fundo, no fundo, somos!

Será que tem cura?

As vezes, as coisas não vão bem. Ninguém sabe o por quê, mas sente que algo está errado lá dentro. É como uma doença misteriosa, que não gera marcas no corpo, mas que pode ser fatal por ser descoberta tarde demais.

Muitas comunidades estão doentes e precisam urgentemente de um check up. Dê uma lida neste artigo e veja se existe algo assim na sua igreja.

Os 5 sinais de enfermidade da igreja:

1) Quando ela investe a maior parte de seu dinheiro nas instalações e nas estruturas físicas, visando o conforto de seus membros, e também, quando investe a maior parte de seu tempo voltada para si mesma, ao invés de olhar para a comunidade ao redor de si, que precisa ser atingida e ajudada.

2) Quando os membros estão procurando outras igrejas, ou simplesmente abandonando totalmente a vida de congregação. Comumente, pessoas deixam igrejas onde não encontram estudos ou pregação mais profundos.

3) Quando a igreja entra em conflitos sobre investimentos financeiros e reformas. Quando esses assuntos passam a gerar discussões, é sinal de que a saúde está minguando.

4) Quando a oração em grupo é mínima. Se a oração tem baixa prioridade na igreja é sinal de que Deus também tem pouca prioridade para ela.

5) Quando o pastor se torna um capelão. Os membros vêem no pastor seu capelão pessoal e o procuram quando têm alguma necessidade. Nestes casos, se o pastor não visita os membros algumas vezes em suas casas ou não dá aulas mais na escola bíblica, ele passa a ser criticado. Os membros passam a exigir um pastor onipresente.

O caminho da cura da enfermidade eclesiástica não é fácil. Exige uma brutal honestidade dos membros entre si e diante de Deus.

O bom nesse tipo de avaliação é que, quando encarado de frente, promove momentos de confissões e arrependimentos corporativos.

A maioria das doenças eclesiásticas não pode ficar escondida para sempre e, uma hora, vai “sair pra fora”. O grande desafio em jogo é fazer com que os membros tirem o foco de si mesmos, libertem-se do egoísmo e passem a se mover em uma atitude de obediência radical a Deus.

Será que tem cura? Não custa tentar...

Baseado no artigo do Dr. Thom Rainer - presidente da LifeWay Christian Resources da Convenção Batista dos estados Sul, nos EUA.

Canção: Todo joelho se dobra diante do Rei

Flash da Igreja

Precisamos mergulhar um pouco mais dentro da história, buscar um olhar criterioso e ungido para entender os rumos que a igreja evangélica tomou aqui no Brasil. Quando chegaram, protestantes trouxeram uma base de valores e uma visão de mundo, mas essa visão teve seu crescimento limitado, quando passou a disputar o espaço dominado pelo catolicismo, associando-se a forças políticas liberais e à Maçonaria, na busca por um Estado laico e democrático, visando a garantia de tratamento igualitário aos grupos religiosos minoritários.

Hoje, evangélicos não são mais minoria, mas significam 20% da população no Brasil e estamos em franco crescimento.

Não estou bem certo, mas a mesma corrupção que nos conduziu em alianças do passado, quando pequenos, parecem conduzir a nova postura da igreja (que ruma para ser maioria).

Cheguei à conclusão de que a igreja evangélica nunca chegou a ser o que deveria aqui no Brasil, apesar de provar de alguns flashes e relances da Luz de Deus, através dos poucos despertamentos espirituais que ocorreram em nossa história.

Mas to começando a estudar agora, espero poder ouvir de algum historiador uma melhor opinião.

rafa

Brother, qual é o lance do oleo da unção? pq tem gente q deposita tanta fé nesse oleo ? ja ouvi dizer que Pastores dão "banho nas pessoas", fieis "lavam a casa", até parece que tem mais fé no oleo do que no próprio Jesus, pra mim só é mais um azeite...

No Antigo Testamento, o óleo tinha funções simbólicas e litúrgicas, servindo como aromatizantes, como fluído das lâmpadas do templo ( e de qualquer casa tb) etc. (como no A.T. o óleo era um elemento ritual, não vou tentar trazer sua representação pra nossa compreensão nos dias atuais).
Em contraste, nos tempos do Novo Testamento, suas aplicações iam desde estéticas, como perfume, higiene, até como uma espécie de medicamento, como podemos observar em alguns exemplos abaixo:

1) Estética e higiene
"Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto". Mt. 6:17
Entendo que neste caso, havia uma aplicação estética, pra não deixar transparecer que estava abatido. Seria como se hoje disséssemos: "quando vc for jejuar, tome um banho, fique perfumado, se vista bem (não fica pagando uma de pano de saco pra todo mundo ver que vc jejua!).

2) Medicamento
"E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam". Mc 6:13
Aqui, notemos primeiramente que não se usa óleo pra expulsar demônios. Os enfermos eram ungidos, pois o óleo servia como espécie de elemento terapêutico dentro da cultura rabínica judaica, como se pode confirmar no texto de Tiago, abaixo:
"Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor". Tg. 5:14

Na verdade, é no versículo seguinte, o 15, que estabelece a origem do milagre "e a oração da fé salvará o doente..." e não o óleo em si.

Não vejo nesses textos um caráter de sacramento para a unção com óleo, apesar da mesma ser aceita como símbolo do espírito santo, do poder, sobretudo nas igrejas que pregam e vivem sob a influência da teologia dos sinais e maravilhas, que utilizam o óleo como elemento de poder.

Vejo que o único elemento de poder é o que está estabelecido na fé nas palavras deixadas por Jesus, que em momento algum estabeleceu a utilização do óleo como sacramento ou regra.

Trazer representações das unções com óleos diversos, mirras e dos azeites vegetais, que eram ritualizadas no A.T. pros dias atuais, para ungir casas, pessoas, selar locais de reunião, me parece misticismo sem uma forte base bíblia neotestamentária.

Mas é só o que eu acho, posso estar errado!

Abração, fio!!

rafa

Pergunta que a gente responde

Pode me explicar uns lances sobre o dízimo ae véio( esse lance de décima etc), e tambem qual o significado Espiritual que essa parada tem ?

O dízimo se tornou um lance muito controverso e sensível na teologia atual, por causa da necessidade institucional, aumentada dia após dia com demandas cada vez mais caras, com aluguéis de templos maiores, reformas, construções, programas de rádio e TV, tudo para melhorar a comunicação e a imagem das igrejas.

pouco se cogita em fazer um grande sacrifício financeiro para se enviar um missionário a um campo longínquo, ou para auxiliar uma obra de caridade para criancinhas pobres, ou gente desamparada (como era no Novo Testamento).
É sempre para crescer, aumentar, ampliar, divulgar etc.

A ênfase das coletas vêm na carona da ênfase do coração humano, sedento por conquistas, por multidões, por prédios enormes e suntuosos. (muito Babel isso, pra mim).

Acho que a coleta é fundamental e que todo crente deve ser impelido pelo Espírito de Deus a doar seus bens pelo avanço da Obra do Evangelho. Também acredito que o salário dos que foram destacados para o serviço integral à comunidade deve sair dessa coleta, assim com a ajuda aos necessitados.
Isto está firmemente ligado às Palavras de Jesus, bem como ao fundamento dos apóstolos.
Agora, se é 10%, se é 20%, se é metade, se é tudo, que seja feito com alegria, sem desejo de fazer trocas com Deus e nunca por vaidade.
Toda doação deve ser feita com um sentido de se compartilhar aquilo que temos, por amor, identificação e fé convicta, não emocional.

rafa

Pergunta que a gente responde

Vender ou não a alma pro diabo


Podemos vender tudo nesta vida, a música, o produto do talento etc.
Viver do que Deus nos deu para exercer a vocação no mundo é, além de tudo, bíblico.

Só não podemos negociar a alma!

Cada um dará conta de si mesmo diante do Juiz.

Não gosto da perspectiva que se faz da Igreja como nicho de mercado, acho isso um erro. O mundo olhar pra igreja como mercado, é natural, já a igreja abrir as porteiras de seus apriscos para lobos, é um tanto perigoso.

Uma vez, há alguns anos, conversei com um grande nome da música gospel nacional e na época ele disse ter recebido uma proposta de uma grande gravadora cristã e recusado, pois não queria vender sua alma. Meses atrás, essa mesma pessoa, assinou um contrato com a Som Livre.
O que mudou, me pergunto?

Quanto a mim, eu vivo nos desertos, não nos palácios, o que certamente minimiza a possibilidade de assinar um contrato com uma dessas aí... e se assinar, será só pra vender a música e não a alma, pois esta já foi comprada por um preço maior.

Minha Palavra é minha alma e esta não está a venda!

rafa


Os Mucker - Fanatismo ou reavivamento?


Eram em torno de 150 pessoas, entre homens, mulheres e crianças, que se organizaram ao redor das interpretações da Bíblia e das mezinhas curativas de Jacobina Maurer e seu marido João Jorge Maurer, um casal de agricultores.

A partir desse núcleo menor, composto de umas 10 famílias - relacionadas entre si por vínculos de parentesco, afinidade ou parentesco ritual - desenvolveu-se uma ampla rede de apoio ao casal, o que pode ter envolvido cerca de 700 a 1000 pessoas, um número significativo para a população de São Leopoldo, estimada em 14000 pessoas, na época.

Os Mucker, como eram chamados, tinham um modelo de vida que se refletia, entre outras coisas, no desapego ao dinheiro e a uma relativização do valor da propriedade, tiraram seus filhos da escola e não participavam mais das atividades das igrejas institucionais.

Aliás, esse comportamento foi base para as acusações nos processos que corriam contra eles na justiça, mesmo que todos, sem exceção, foram julgados e absolvidos.

Considerado um fenômeno religioso único no Brasil por alguns, um movimento messiânico-milenarista, protestante não pentecostal. Para outros, como o historiador Martin Dreher, os Mucker representaram um reavivamento espiritual decorrente da seca espiritual fomentada pelos “pseudo-pastores”.

Ambrósio Schupp, que escreveu sobre os Mucker, chegou à seguinte conclusão: “é isso que acontece quando a gente lê a Bíblia!"

Piedade, protestantismo, reavivamento, leitura bíblica passam a ser sinônimo de muckerismo, um grupo que se esforçou por um cristianismo sem ostentação, tornando-se, assim, uma consciência acusadora para fariseus e justiceiros.

A líder do movimento, Jacobina Maurer, muito lentamente emergiu como líder carismática e em 1872, vizinhos e conhecidos dela e de seu esposo começaram a sair das suas comunidades protestantes e católicas, pararam de vender e de comprar produtos nas vendas da vizinhança, enterravam seus mortos nas suas próprias roças, passaram a assumir a responsabilidade de ensinar suas crianças e começaram a explicar a realidade que se configurava por meio de alegorias derivadas da literatura apocalíptica.

Dali em diante eles seriam tratados nas arenas públicas, inclusive e, sobretudo, nas igrejas, como incorporações de fanatismo, alienação mental, barbárie e criminalidade — dos púlpitos os clérigos começaram a pregar contra aqueles “falsos religiosos”, significado da palavra Mucker.

Aliás, as mães alemãs, ainda por muito tempo nas noites frias, buscando silêncio, implantando o medo, repetiam sempre a mesma cantiga ao pé da cama:

“Pass Dich uff! Sei Ruhig, sonscht komme die `Muckers' Dich hole!"
(Cuidado! Fica bem quietinho, senão os ‘Muckers’ vêm te buscar!)

Assim se construiu e manteve até bem pouco tempo a má fama do movimento e de sua líder.

Não pode ser descartada a hipótese de que a represália aos colonos que se reuniam ao redor de Jacobina e João Jorge tinha também a ver com sua crítica política fundada. Em 1873, em carta aberta ao Deutsche Zeitung (não publicada), João Jorge Klein (ex-pastor-colono e cunhado de Jacobina), mencionou corrupção na administração pública das colônias. Segundo ele, dinheiro para pontes era embolsado por políticos e empreitreiros e a coleta de impostos era injusta: “Tem, pois o pobre a pagar os impostos atrasados dos ricos? Há necessidade urgente de reformas”.

Com o agravamento do conflito, o presidente da província gaúcha, dr. João Pedro Carvalho de Moraes, determinou que o exército colocasse ponto final naquela desordem, razão pela qual o coronel Genuíno Olímpio de Sampaio, herói da Guerra do Paraguai, se dirigiu ao local comandando um contingente de 500 homens.
No cair da noite do dia 23 de junho de 1874, o militar ordenou a invasão da casa dos Maurer, mas os muckers, convictos de que quem acreditasse em Jacobina seria imune à morte, resistiram ferozmente, provocando 39 baixas às forças legais, e sofrendo apenas 6. Diante de tal reação o coronel Genuíno ordenou a retirada de suas forças, indo acampar a cerca de 10 quilômetros de distância, no local hoje conhecido como Campo Bom. Dias depois, em 19 de julho, após ter recebido reforços militares e a adesão de 150 colonos alemães voluntários, o comandante da tropa ordenou nova investida contra o reduto dos fanáticos. O assalto foi feito, e dessa vez com sucesso. Cerca de 12 homens e 8 mulheres muckers morreram durante o confronto, 6 homens e 36 mulheres foram presos após a invasão da casa, mas um bom número deles conseguiu escapar, inclusive Jacobina Maurer.

Achando que a vitória estava assegurada o coronel Genuíno retornou ao acampamento legalista, mas no alvorecer do dia seguinte, 20 de julho, este foi alvo de tiros disparados do mato próximo. Durante o cerrado tiroteio que se seguiu, o coronel, atingido na coxa por uma bala, teve uma artéria seccionada, vindo a falecer em virtude da hemorragia provocada pelo ferimento; o triste desfecho não pôde ser evitado porque o socorro médico havia se deslocado para São Leopoldo, com os feridos.


Os muckers sobreviventes, inclusive a senhora Jacobina, esconderam-se no morro Ferrabrás, mas foram denunciados por Carlos Luppa, que havia se desligado do grupo após perder sua família. Assim orientados, os soldados do governo, comandados pelo capitão Francisco Clementino Santiago Dantas, atacaram esse último reduto dos fanáticos e mataram a maioria deles, inclusive sua líder espiritual. Dos sobreviventes, alguns acabaram presos, mas os que escaparam mudaram-se para a Terra dos Bastos, em Lageado, onde, no Natal de 1898, foram atacados e linchados por colonos locais que acreditavam terem sido eles os assassinos de uma certa senhora Shoreder, na verdade eliminada por seu próprio marido, que queria casar-se com outra.

"Onde é derramado sangue e onde as vítimas são tratadas com injustiça, surgem, e terão que surgir, movimentos que por muito tempo agitarão o povo. Assim, surgiram com quase todas as religiões: sangue e injustiça são os promotores de grandes acontecimentos sobre os quais a historiografia terá que escrever um dia", diz Carlos Henrique Hunsche, um dos maiores pesquisadores sobre os Mucker.

E assim, o último livro sobre os Mucker ainda não foi escrito, a historiografia pede a verdade, unicamente a verdade.

Pequena biografia de Jacobina e seqüência dos fatos na história dos Mucker.

Nome: Jacobina Mentz Maurer

Nascimento: junho de 1841 ou 1842. Nasce em Hamburgo Velho, RS. Filha de André Mentz e Maria Elizabeth Müller. Ambos alemães.

Profissão: dona de casa.

4.ABRIL.1854: É crismada em Hamburgo Velho. Aos nove anos, perde seu pai. Passa a sofrer influência de sua mãe, uma mulher muito religiosa e de princípios rígidos. Aos doze anos, começam seus "estranhos ataques". Na escola, passa por aluna de difícil percepção. Doutor Hillebrand aconselha a família que procure, "o quanto antes", um casamento para Jacobina.

26.ABRIL.1866: Casa com o carpinteiro João Jorge Maurer, descrito como um homem insinuante, boa índole, de trato amável. O casamento é realizado em Hamburgo Velho.
1867: Nascimento de seu primeiro filho, Jacob, (que desaparece das cenas do Ferrabrás e ressurge em registros de 1920, em Uruguaiana, como eficiente pregador da Igreja Adventista do Sétimo Dia e carpinteiro, como o pai). Jacobina adoece de repente. Fica muda e alheia a tudo. No segundo semestre, mudam-se para Ferrabrás, cenário dos acontecimentos do episódio conhecido como Mucker.

1868: Nascimento de seu segundo filho, Henrique. Aparecimento de Buchorn, que ensina Maurer a praticar o curandeirismo, o que o tornará famoso. São atraídos os primeiros seguidores da seita, mas não despertam mais que olhares atravessados dos católicos, dos comerciantes e das autoridades. Maurer passa a ser considerado o Wunderdocktor, ou seja, o Doutor Maravilhoso.

1869: Nascimento de seu terceiro filho: Francisco Carlos.

1870: Nascimento de sua quarta criança: Matilde.

1871: Por essa ocasião, aparece um opúsculo sobre sonambulismo na zona rural do Estado. Identificam Jacobina como vidente e curandeira, devido ao seu estado de sonambulismo, e, como tal, sabedora de segredos desconhecidos aos demais mortais. Aumenta o número de curiosos na casa dos Maurer.

1872: Nascimento de sua filha Aurélia. Quando sua mãe foi assassinada no Ferrabrás, tinha dois anos e três meses. Vinte e três anos depois, surge referência a Aurélia. Casada com Miguel Nöe, filho de um Mucker convicto e autor de importantes memórias. Aurélia, aparentemente era médium, como sua mãe. No final desse ano, os Mucker começam a ser pressionados. Abandonam escolas, igrejas. Começa a ascensão de Jacobina.

1873: Declínio da influência do curandeiro Maurer. Jacobina escreve, pela mão de Klein, para seu irmão Francisco. Franz, como era chamado, era o único irmão que não pertencia à seita. A partir de maio, Jacobina e alguns Mucker abandonam as igrejas.

21.maio - Maurer é enviado a Porto Alegre, preso, depois de prestar depoimento.
22.maio - Jacobina é levada para São Leopoldo, presa, por uma escolta de oito praças, em uma carreta. A viagem durou nove horas. Foi insultada, exposta ao público.
23.maio - Jacobina responde a interrogatório do chefe de polícia, revelando inteligência e sagacidade.

24.maio - Jacobina é internada na Santa Casa de Porto Alegre. O chefe de polícia ordena uma busca na casa dos Maurer.

13.junho - Alta de Jacobina, sendo constatado que não portava nenhuma enfermidade.
05.julho - Jacobina e o marido são mandados para São Leopoldo. João Jorge assina um "termo de bem viver". Voltam para o Ferrabrás como heróis.

Final de 73 - Viagem de Maurer ao Rio de Janeiro. Rodolf Sehn ocupa o lugar de receptáculo das mensagens de Jacobina.

1874: Ascensão de Rodolfo Sehn. Nascimento de Leidard, no mês de maio, sexta e última criança de Jacobina. Jacobina envia uma carta pela mão de Klein, a Lúcio Schreiner, querendo saber notícias da ausência de seu marido. Chacina da família Kassel em quinze de junho. Martinho Kassel, ex-Mucker, agora é ativo propagandista anti-Mucker. Recorre à polícia. Sua casa é incendiada com a mulher e os filhos.
A violência explode na colônia. Klein é preso e enviado a Porto Alegre. Crimes são praticados em Campo Bom e Sapiranga. São incendiadas casas na Picada do Hortêncio e em Linha Nova. Antes do último combate, Maurer se despede de Jacobina. Jacobina pede que lhe escrevam uma carta, na qual diz onde deveriam ficar seus cinco filhos e com quem. Leidard, cuja morte é controvertida, permanece com ela.

19.julho - capturados os cinco filhos de Jacobina. Combate no Ferrabrás.
20.julho - Morre o Coronel Genuíno Sampaio. Comandava as poderosas forças militares inimigas dos Mucker.

Assume o comando repressor o Capitão Dantas, do 12° Batalhão de Infantaria.

02.agosto - morre Jacobina, com mais dezesseis adeptos.

Leia mais em:

http://www3.est.edu.br/nepp/revista/002/02elma.htm

http://www.martiusstaden.org.br/files/MSJ/MSJ49.pdf

http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S0103-99892009000300011&script=sci_arttext

http://www3.est.edu.br/nepp/revista/002/ano02n1_09.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_dos_Muckers

http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=367603

Reparadores de Brechas


Ministério profético de adoração de rock pop - com 8 anos na estrada, mais de 350 apresentações, duas tours em Buenos Aires - Gravando o terceiro CD. Levando uma mensagem de despertamento através de suas canções.


https://www.facebook.com/Reparadores

http://twitter.com/#!/rafareparadores

http://www.myspace.com/reparadoresdebrechas

blog do pr. rafa:
http://amigodonoivo.blogspot.com/

clip da música nada vai me separar:
http://www.youtube.com/watch?v=C_GuwZIPzU0

Diante do teu Altar en español
http://www.youtube.com/watch?v=Z0g4vHGVBJY

Versão de I still haven't found what i'm looking for
http://www.youtube.com/watch?v=fIVSjU3DIcE

matéria na revista enfoque:
http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=74&materia=850

matéria no dotgospel culto no bar:
http://www.dotgospel.com/noticias_culto-no-bar--bem-isso-mesmo-um-culto-em-um-bar_4671.html

Ai... o sofrimento!


"e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja"
Colossenses 1:24

"se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados".
Romanos 8:17

"Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte"
Filipenses 3:10

"alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis".
1 Pedro 4:13

"Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo".
2 Coríntios 1:5

Assim sendo, sigamos em frente pq o sofrimento faz parte da carreira!