Às vezes, na Rede


Às vezes arena, às vezes praça,
às vezes piada, às vezes desgraça,
às vezes um flerte, às vezes um nude,
às vezes espaço de pouca ou de grande amplitude.

Às vezes to dentro, às vezes to fora,
às vezes um block, às vezes vou embora,
às vezes a crítica, às vezes curtida,
às vezes remédio, às vezes ferida.

Às vezes encontro, às vezes adeus,
às vezes os nossos, às vezes os seus,
às vezes um hater, às vezes um troll,
às vezes na rede, às vezes no anzol.

Às vezes na Rede sou apenas eu, 
sou personagem, às vezes, sou crente e ateu.
Na Rede, às vezes, emito e formo opinião,
mas no fundo, no fundo e sempre  
sou apenas mais um avatar em meio à virtual multidão. 

Rafael Reparador

Este sou eu; este é meu jeito de ser!


Não torço pra ninguém morrer;
Quase sempre voto na esquerda e jamais vou me arrepender;
Gosto de anarquia, gosto de Jesus, gosto de beber;
Gosto da vida noturna, gosto de ser músico, gosto de sofrer;
Sou pai, vivo distante dos filhos e me deprimo por assim ser;
Sigo vivo, porque a vida segue e é assim que tem que ser;
O que mais posso fazer, senão correr, continuar a crer, seguir atrás de um bem-querer?
Decidi falar de mim assim, na segunda conjugação escrever;
Não paro de pensar, não paro de aprender;
Não para de criar, não paro de crescer.

Rafael Reparador

Abraço!


Nada é tão amplo e acolhedor como um abraço!
Abraçar é render-se a uma entrega sincera,
é amar em silêncio,
como um vácuo no tempo,
uma dança sem som,
uma música muda,
um discurso sem palavras.

Rafael Reparador