Efeito Dominó


É como se num momento acordasse de um sono longo e profundo.

Como se fosse transportado no tempo, pulando dias, meses, anos.

Percebendo que toda uma jornada servira apenas para me conduzir a um único e sereno instante de lucidez, não emotiva, clara, não eufórica, quase triste, porém, verdadeira.

Tão verdadeira, capaz de curar os traumas e hematomas causados pela longa trajetória descendente.

Partiu meu coração saber que tantos momentos foram somente a cenografia desta longa e implacável história da qual não sou autor, tampouco protagonista, mas somente a simples e solitária peça do maior jogo de efeito dominó que já existiu.

Viva as borboletas

Assisti dia desses, um filme com a atriz Salma Hayek, que narra a história de três mulheres, as “irmãs Mirabal” em sua luta épica contra a sangrenta ditadura de Trujillo, na República Dominicana.

Aquelas “rebeldes” estavam cheias de esperança por uma transformação que trouxesse igualdade, justiça e paz a sua nação.

Sua luta, portanto, destacou um símbolo que veio a se tornar a principal marca e slogan daquele levante popular: as borboletas!

Sem dúvida, as borboletas são a mais comum personificação do que entendemos por metamorfose. Sua espetacular passagem de um ser tão limitado e primitivo, para uma criatura tão linda, de explosiva diversidade de cores, tamanhos e formas é um fenômeno natural a ser celebrado.

A comparação daquelas irmãs dominicanas com as borboletas se faz justa pelo fato da existência de uma convicção radical e incondicional de que as coisas mudariam.

Elas sabiam que, se lutassem, uma nova realidade seria estabelecida entre seu povo e, lutar ao lado de poucos e mal treinados “camaradas”, contra a estrutura militar de uma nação regida pelo cetro de ferro de um ditador parece uma tarefa suicida. Humanamente, é! Mas não da perspectiva das borboletas.

O ensinamento do Senhor acerca de nossa luta contra o estado atual das coisas é que “se o grão, caindo na terra não morrer, fica ele só, mas se a semente morrer produzirá muito fruto”.

Se colocarmos nossos corpos e mentes (tão limitados) à serviço dos altos e belos ideais que habitam nossas entranhas espirituais, veremos que nossa morte nunca será vã.

No texto bíblico de Romanos 12:2, em que Paulo nos orienta a não nos conformarmos com as coisas do jeito que elas são, mas a nos deixarmos transformar pela renovação das mentes, para que, enfim, experimentemos a verdadeira dádiva de Deus em nossa história de vida.

Vejo aqui um chamado apostólico à morte dos maiores inimigos da humanidade, os quais sempre privaram suas gerações da manifestação do sonho divino: a passividade, a mediocridade e o medo, entre outros atributos que dominam a vida daqueles que baixam a cabeça diante da injustiça e de pecado, condescendendo com os erros de sua geração.

Morra para esse pobre “eu” que insiste em dominar o revolucionário que está dentro de você e assista ao espetacular vôo da criatividade, da beleza e da vida de Deus que advirão de sua metamorfose.

E assim como diziam os pobres e oprimidos dominicanos sedentos e esperançosos pela novidade de vida em sua terra:

Viva as borboletas!


"Morra, Religião, Morra!"

Estou doente de todas suas regras.
Elas são tão "humano-fabricadas"...
Vocês tratam eles como bobos,
Vocês colocaram meu nome na vergonha.
Eu sou tudo que vocês não são.
Eu dei a eles amor.
Meus Caminhos vocês esqueceram!
Vocês colocaram vocês mesmos acima.

Eu testificarei.
É tempo de ver a Religião Morrer!
A verdade não pode mentir
É tempo de ver a Religião Morrer!
Quem importa sobre quem está certo?
É tempo de ver a Religião Morrer!
Eu esmagarei a luta.
É tempo de ver a Religião Morrer!


Crianças, venham ali fora Comigo.
Eu quero vocês todas pra serem Minhas.
Eu estou tomando de volta o que é meu.
E Vocês tem matado tempo demais,
Apontando todos os seus dedos
Pra todas suas crianças. 
Essa é a razão delas estarem perdidas.

Tente olhar profundamente nos olhos deles.
Vocês veram logo o que está morto.
Culpe a si mesmo,
Porque ninguém pagará o seu preço.

Morra, apenas
Morra, Religião, Morra...
Apenas Morra.

Morra, apenas
Morra, Religião, Morra...
Apenas Morra.

MORRA! MORRA! MORRA!
MORRA! MORRA! MORRA!
MORRA! MORRA! MORRA!
MORRA, RELIGIÃO, MORRA!
MORRA! MORRA! MORRA!


Brian Phillip Welch (nascido em 19 de junho de 1970 em Torrance,Califórnia), conhecido por "Head", é guitarrista, conhecido por ter sido fundador da banda Korn, ganhadora de Grammy e bastante influente no movimento nu metal. Além de guitarrista, Welch também era vocal de apoio da banda. Em 20 de fevereiro de 2005, Head anunciou em uma rádio dos Estados Unidos sua saída da banda após converter-se ao Cristianismo, notícia confirmada pela banda logo após.