Família, gratidão, parcerias, amizades, fim de ano!




Se eu pudesse dar uma marca que significasse o ano de 2014, daria a chancela de “o ano da família”.

Foram momentos incríveis que vivemos, os quais nos aproximaram e fortaleceram. Alguns deles foram difíceis, mas serviram para consolidar um bloco de indivíduos que juntos lutaram para viver, para crescer e também para evoluir em consciência e amor mútuo.


Neste ano, vimos alguns de nossos sonhos crescendo! Nosso artesanato ganhou várias regiões do Brasil e até chegou em outras nações; até ganhamos algum dinheiro com o 'amigurumi', sem propaganda, sem grandes investimentos, somente com talento.


Na música, tomamos novos rumos e invadimos outros ambientes. Ganhamos um festival realizado pela Secretaria de Cultura de Paraíso, conseguimos apoios importantíssimos de empresários que nos deram uma mão incrível, entre eles a Fama Cinefotografia e a Loja Cantoria. Nos reencontramos com o violão e crescemos brutalmente na qualidade da guitarra, endorsando uma Tele Custom Da Cruz Luthieria. 

Ao menos dois lugares escancararam suas portas para nossa canção e gostaríamos de ressaltar nossa gratidão ao Único Lounge Bar (São Sebastião do Paraíso), nas pessoas de Marcio Prietto e Ignácio Figueiredo, que comandam uma super equipe que faz daquela a melhor casa da região, pra quem quer comer bem e ouvir boa música; e também ao Bar Dona Flor (Campinas), nas pessoas do Chef Adriano Ramos e de Gustavo Massaioli, que tem dado palco e voz à nossa arte, além de oferecer uma cozinha incrível e de altíssimo nível.

Conseguimos evoluir um pouco na montagem de um modesto, mas prático home studio, com a ajuda da Sonido Produções e da Wolker Design - Sonido que, aliás, tem dado um apoio imensurável na produção de músicas e vídeos; montamos uma sala de aulas com o apoio e o crédito da Moveis Só Aço, e estabelecemos uma 'pequeniníssima' empresa através do Programa MEI, do Governo Federal.

Neste ano, nos tornamos professores de musicalização e temos nos relacionado com uma criançada muito legal, com as quais temos aprendido muito mesmo. Agradecemos ao Colégio Crescer por essa demonstração de confiança!


Nossa família cresceu e acolhemos um filhote, vira latas como a gente, que veio trazer alegria pra todos, fazendo parte de nossa história, dali pra frente. Seja benvinda, Ruppie!

Mas nem só de flores foi feito esse jardim chamado 2014! Algumas ervas daninhas apareceram e tivemos - ainda temos tido - muito trabalho para superá-las. Enfrentamos uma cirurgia cardíaca e também um câncer, além de, durante todo o ano, acompanhar um de nossos patriarcas no enfrentamento do maior drama de sua vida, como sequela por um acidente sofrido no final de 2013. Pela saúde de nosso filho, agradecemos ao trabalho da Santa Casa de Misericórdia de Paraíso! 

Comemoramos muitas coisas boas, estivemos juntos em ocasiões festivas, mas também atravessamos momentos duros, difíceis.
Ou seja, cada ano possui seus desafios e suas alegrias e, como no Jogo da Vida, temos as cartinhas de sorte e revés e é assim que a banda toca e a gente aprende a dançar.

Entre algumas das maiores conquistas pessoais, podemos ressaltar os bons amigos que conquistamos e que nos conquistaram, realçando ainda mais o sabor dessa existência. Alguns deles, estão conosco através da mágica da Rede Social, outros, temos o prazer de desfrutar em carne, osso, entre copos e pratos. 

Muita alegria, em ter vocês conosco!

Aos parceiros, nosso muito obrigado!!

Adão e Eva - Monogenismo, poligenismo e homo divinus


A história da Criação entusiasma crianças, mas com o tempo e a maturidade, ela acaba se tornando uma pedra no sapato de qualquer cristão fervoroso que queria debater sobre o assunto com o mínimo de sinceridade e equilíbrio entre ciência e fé. 
Aprendi algumas coisas que gostaria de compartilhar sobre o tema e nossos mais primitivos descendentes. 
O fato é que o lance de Adão e Eva serem os pais de toda a humanidade, a teologia do monogenismo, vem provando ser cada vez mais insustentável do ponto de vista biológico, científico. ma mesma medida que sabemos hoje que, dificilmente, o homem tenha sido formado do barro, ou a mulher de uma costela e que, como já dito, ao princípio houvesse apenas um casal.
Sobre a origem dessa história, é provável que um “yahvista” (antigo catequista hebreu), quisesse passar um registro acerca da origem do homem, usando como base a figura de um 'deus oleiro', de joelhos no chão amassando barro com suas mãos, criando um objeto incrivelmente perfeito, tal como a figura humana dos primitivos artesãos que criavam, com maestria, baixelas, copos refinados e lindos utensílios.
Para dar um caráter sagrado e destacado a essa criação, o “yahvista” utilizou a ideia do sopro divino, como fonte sagrada da vida humana.
Ora, estava longe de existir a teoria da evolução e o propósito do catequista não era dar uma explicação científica, mas sim fornecer uma aproximação religiosa a seus discípulos, através dessas metáforas.
Para mim, a ideia do 'poligenismo', a tese de que Adão e Eva fossem figuras simbólicas que representavam um primeiro grupo de seres humanos e que foi atacada por alguns papas, parece ser mais lógica, além de encontrar maior probabilidade científica.
Ou seja, Adão e Eva eram um povo, não apenas um casal, mas algumas dezenas ou talvez centenas de pessoas que viviam numa comunidade.
Outro modelo de pensamento que é de mais fácil assimilação pra mim é o chamado 'Homo divinus', uma ideia de que Adão e Eva tenham sido os primeiros humanos a ter uma revelação de Deus, dentre os outros humanos que já existiam. 
Um dos que defenderam essa ideia foi Joseph Ratzinger, que antes de se tornar o Papa Bento XVI, escreveu sobre a criação por uma ótica evolucionista em um capítulo de seu livro “Dogma e Anúncio”. 
Ele disse: “A afirmação de que o homem foi criado por Deus de um modo específico, mais direto do que as coisas da natureza, significa, em expressão um pouco menos figurada, simplesmente que o homem foi querido por Deus de um modo específico: não só como um ser que existe, mas como alguém que conhece a Deus.”
O Papa, reconhecidamente um dos maiores teólogos da atualidade, ainda afirma que a ciência até pode dizer quando surgiu o Homo sapiens, biologicamente falando, mas não pode fixar “o momento de sua humanização”. 
Quanto a humanização, Ratzinger ressalta que a mesma está conectada a ideia de que “a argila só se tornou homem quando, pela primeira vez, pôde formar um pensamento sobre Deus. 
"A primeira oração – por mais balbuciante que tenha sido – dita a Deus por boca humana, designaria o momento no qual o espírito surgiu no mundo”, disse o Papa.
Paulo de Tarso exortou: "não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento".

Reflitamos, estudemos e prossigamos em conhecer o Senhor!

Rafael Reparador

Em nome de quem?




Em nome da vitória afronta o respeito.
Em nome do sucesso afronta o amor.
Em nome do lucro afronta com a sorte.
Em nome do bem que cre afronta o mal que ve.

Em nome da bandeira afronta o bom senso.
Em nome do ego afronta a coexistência.
Em nome da própria vida afronta com a morte.
Em nome do deus que cre afronta o diabo que ve.

Por que será que se vive em nome de algo ou de alguém?
Será que não basta viver pelo próprio nome que tem?
Em nome de si, de sua alma, de sua fé, de seu deus, de suas próprias definições...?

Ainda que não se saiba definir o nome pela qual ou pelo que vive, viva sem culpar as coisas ou os outros.
Assuma o risco de viver e morrer por seu próprio nome, 
não seja um mero clone da história alheia.
Não se filie a credos, ideologias e partidos!
Seja você mesmo e escreva sua própria história.
Viva em seu nome e deixe sua marca pela vida, nas memórias.

Rafael Reparador

Rafael Reparador em Sapatinho de Natal