Feliz Natal!


Estão dizendo por aí que o Natal é uma data pagã.
Esse conceito de paganismo que ficou cimentado na cabeça de nossos irmãos nestes dias me parece bem confuso. Afinal, o que é que não tem origem no mundo pagão?

Acho que só o Éden...

Lembro-me de ter lido há anos atrás um grosso livro sobre a história de Israel, o qual remontava muito tempo antes de Abraão e me choquei com as origens do povo de Deus, pois achava, em minha filosofia vaga e preconceituosa que todos os princípios do povo escolhido eram sacros e separados. Engano!

O mesmo engano com o qual se trata o Natal em algumas linhas de pensamento cristão deste momento. Vejo a data do Natal, a maneira como foi colocada dentro do calendário da humanidade, como uma grande invasão de Deus na vida das pessoas. Uma intervenção cristã, uma radical rachadura na história humana, o AC / DC que revoluciona a vida das pessoas, infiltrando a luz nas trevas, a verdade na mentira, a santo no pagão.

Penso no Natal e fico com os olhos marejados e com o coração sensibilizado e vejo os não crentes sentindo o mesmo e isso é lindo pra mim.

Não me esqueço nunca da oração do Senhor, quando disse: "não te peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal".

Por fim, parece que esse lance de demonizar o natal é uma nova tentativa de prender Jesus nos templos e nas denominações cristãs, a fim de fazer dissensão de clero e laicato, como se alguns da igreja tivesse uma informação privilegiada e os ignorantes não soubessem de nada.
Se esquecerem, contudo, que Jesus veio para todos os que o receberam, para ser luz dos pagãos e que Deus amou o mundo, intervindo em sua história e cultura, penetrando na vida das pessoas, guiando magos astrólogos ao ponto exato de encontro com a salvação, enquanto o povo escolhido patinava em conhecimento inóquo, sem perceber a Luz.

Aquele abraço a todos os irmãos e para todos os que estão de bem com a vida, um Feliz Natal.

rafael - reparadores

O que vc acha da *doutrina do banco* nas igrejas?

Certa vez pedi pra sentar no banco, não me sentia bem, estava em estado de crise e dar uma parada foi legal pra mim, repensei meus conceitos e motivações e, a partir disso, pude tomar novos rumos.

Pode ser um bom período na vida de um ministro, principalmente se houver sinceridade e amor na situação, mas pode ser também um instrumento bastante cruel de demonstração de poder.

Agora, se formos aplicar a regra de encostar alguém por causa de seu pecado, não sobrava ninguém pra ministrar. Concorda?

Abrasss,

rafa

Pergunta que a gente responde

A diferença entre o escravo e o filho


Vivemos em dias de teologias múltiplas e confusas. Dias em que temos facilmente retornado a rudimentos fracos e pobres, extraídos erroneamente da Bíblia, sob os quais decidimos deliberadamente nos aprisionar.

Nosso desejo de ter uma espiritualidade acomodada aos padrões da convenção corrupta, nos submete a uma religião escrava, que não provém da fé genuína, mas de uma obediência cega a regras e dominações humanas, as quais promovem bitolações em série e uniformidades alienadoras.

Nisso, observo que estamos diante de um grande problema que diz respeito à nossa origem dentro da fé cristã. Sou impelido a declarar aqui que existem dois tipos de filhos dentro das igrejas (além dos filhos de Satã, o joio, que ali se espalham em abundância também).

Há os filhos da escravidão e os filhos da liberdade!

Você já deve ter percebido que estou escrevendo isso baseado em Gálatas, né?

Naquela carta, o apóstolo Paulo critica duramente aos irmãos da igreja da Galácia por uma inclinação dos mesmos em se conformar a determinadas regras do judaísmo, que segundo a pregação da fé e liberdade de Cristo, não se aplicavam mais para aquele povo, naquele tempo.

O desejo deles, segundo entendo, consistia na tentativa de amenizar sua consciência pagã, praticando rituais judaicos, como se aquilo fosse aproximá-los da realidade de “povo de Deus”.

A censura de Paulo está justamente nessa ideia errada de que o cumprimento de tais rituais, regras e doutrinas pudesse gerar algo vital naquelas pessoas e, segundo sua interpretação, esse tipo de atitude era condizente com a mente de um escravo e não de um filho.

Ora, filho é filho e tem naturalmente sobre si as promessas da herança de seu pai. Assim foi gerado o próprio Abraão, filho pela fé e não pela Lei, a qual surgiu na história somente quatro séculos depois de sua existência.

Ou seja, a fé vem antes da Lei!

A filiação, a relação de paternidade, de vínculo familiar se sobrepõe às regras impostas e nos faz livres.

A analogia da escravidão e da filiação está figurada nos filhos do próprio Abraão, Ismael e Isaque, os quais sendo filhos do mesmo pai, se diferenciam pelas mães: uma era escrava e outra era livre.

Hoje, as mães que têm gerado filhos para Deus são as igrejas e, conforme é sua perspectiva de relação com Deus, assim é a qualidade de filhos que têm gerado nEle.

Igrejas escravas, geram filhos da escravidão, enquanto igrejas livres, geram filhos da liberdade!

Quão importante é para nós, compreender a dimensão e a profundidade de nosso chamado através da pessoa de Jesus. Temos sobre nós a chama da filiação, conforme Romanos 8:29, que nos garante a posição de filhos de Deus, segundo a linhagem do próprio Senhor.

É real, o sangue nobre da estirpe divina corre em nossas veias espirituais e a escravidão não condiz, nem faz sentido algum diante dessa revelação. Por que, no entanto, temos procurado tão avidamente por aprovação em rituais e doutrinas religiosos?

Por causa do engano da pseudo unidade convencional.

Filhos legítimos não carecem de aprovação, alguns têm que andar com tutores e mestres até atingirem a idade adulta, porém, sua liberdade não está em jogo. Jesus foi livre nesta terra, por aqui andou, ou melhor, flutuou, passando por todas as situações que lhe foram impostas com a nobreza de um príncipe, um representante do Reino Celeste. Ele não se viu obrigado a obedecer regras impostas pelo religiosos mais poderosos de seu tempo e, mesmo com a faca no pescoço, cumpriu cabalmente sua missão. Não se dobrou perante as exigências heréticas, mas convencionais que aparentavam ser justas e corretas, mas que, no fundo, mascaravam a falsa religião que escraviza os filhos num jogo de aparências.

Eu sou filho, e por isso, sou livre.

rafa

O que VC acha de Red Hot Chili Peppers?e como poderia usar arte de charge na igreja?

Red Hot é demais. O som, o swing da banda, sem falar no Fleam que é fantástico. Mas, como sempre tenho dito, não tenho escutado muitas coisas ultimamente. Acho que perdi o hábito e tenho encontrado mais prazer na arte cristã, embora, não leve muito em consideração a dicotomização sacro e profano.

Mas eu gosto de Red Hot e tenho uma coletânea baixada no meu PC.

Sobre a charge, observo que cada vez mais a arte como um todo tem conquistado seu espaço dentro das imediações da igreja. A charge, apesar de estar mais intimamente ligada com a crítica político-social, pode ganhar seu espaço na vida da igreja, pois, ao meu ver, pode ser uma excelente forma de comunicação de valores, de preceitos...
Tudo vai da sua senbsibilidade em fazer a crítica sem ferir profundamente padrões e conceitos religiosos sagrados pra algumas pessoas. (senão vc apanha)...
Mas nisso, vejo um papel que o chargista cristão pode cumprir também. O de trazer leveza a discussões que naturalmente são bem pesadas, forçando a reflexão e o diálogo a fim de esclarecer, ensinar e informar.
Mas é um campo a ser explorado e eu espero de coração que consiga entrar por ele e ter muito sucesso.

Um cara que acompanho as vezes é esse aqui: http://jasielbotelho.blogspot.com/

Se não se importar, me mostra o teu trabalho, faz contato comigo pelo rafagospel@hotmail.com (MSN e e-mail).

rafa

Pergunta que a gente responde

Pastor conhece paramore? Acha recomendável?

Gosto muito... gosto da cantora, dos músicos... é uma banda que toca pesado, com muita técnica e energia. As letras são uma mistura da geração a que pertencem e representam, os Emos, com uma dose boa de reflexão, às vezes até da perspectiva cristã, que parece influencia-los tb.

Sobretudo, é uma banda de rock, tem seus momentos rebeldes seja no palco, seja no dia a dia, seja nas letras... nada além do normal.
Pra quem gosta de rock tocado com qualidade, recomendo sim.

rafa

Pergunta que a gente responde

formspring.me

Pergunta que a gente responde http://formspring.me/reparadores

Mano me desculpa a forma clara de me expressar mas te conheço e admiro teu trabalho desde quando começou na IEQ SEDE, mas creio que a cada dia que passa vc tem perdido mais que ganho, e como fica a vida abundante de yeshua, que tal para e pensar um pouco?

Sem dúvida, o que para mim era lucro, reputei por perda. É tudo uma questão de perspectiva... to noutra, irmão! Mudei de ramo, saí do negócio comum, entrei em nova dimensão de riqueza e ganhos.
Portanto, o passado agora fica como uma história que contribuiu para que chegasse até aqui, na certeza de que o Senhor continua sendo o meu tesouro escondido, pelo qual vendi todas as outras coisas, adquirindo Seu Campo.

Hoje, mesmo sendo pobre na visão de alguns, tenho um tesouro oculto dentro de mim. É difícil entender mesmo, compreendo a dificuldade de todos os que não compreendem minhas ações, mas agora, não tem volta!

Cada um fica com que lhe agrada e satisfaz... eu fico com Jesus, o primeiro a abrir mão dos ganhos pela vontade do Pai!

rafa

Pergunta que a gente responde

Na sua opinião, por que o "mercado musical cristão" praticamente inexiste no Rio Grande do Sul???

Tenho certeza que é por causa da propaganda! Aqui, a gente sente que o que vem lá de cima é melhor, por causa da exposição maciça que eles possuem, tocam em todas as rádios, em programas de TV, são anunciados como as grandes atrações da música gospel nacional - parecem até mais crentes, inclusive.

Enquanto isso, os correligionários daqui são somente as bandas locais. Pagam pra tocar em alguns dos poucos eventos que se fazem, quase não conseguem acesso às rádios e na TV, então, nem se fala.

Ou a gente tenta entrar pro time deles (eu to orando), ou se conforma em continuar pagando pra tocar, tendo que fazer várias outras coisas para sobreviver.

Daí, mano, fica complicado, porque estamos todos quase morrendo de inanição de esperança, não temos acesso aos recursos tecnológicos, não temos os mesmos instrumentos e, então, quando se ouve um som gravado por uma banda do eixo Rio - SP - MG e um daqui, percebe-se a diferença. Daí, se diz: "puxa, eles são muito melhores!".

Claro, alguém investiu milhares e milhares de reais naquilo, é óbvio que é melhor.

A situação fica ainda pior, quando por falta de condições de continuar sonhando, o músico crente resolve fazer algo inovador e, então, as maravilhosas e amáveis mentes pastorais bradam as palavrinhas mágicas: rebelde, maldição, feitiçaria, músico é tudo igual, não gostam de trabalhar...

Assim é ruim! Numa reunião com alguns pastores amigos propus uma nova "revolução farroupilha", fechando as fronteiras pros ministérios e bandas de fora, fiz um apelo pelo fortalecimento das bandas locais. (mas todos acharam que eu estava ficando louco e riram abundantemente - nem era piada - e sei que neste momento você que está lendo isso também deve estar rindo também).

Mas eu aprendi a sorrir no meio da dificuldade... paz, sempre!! Na esperança de algum dia assinar um contrato com algum selo grande, fazer implante de cabelos e ter uma franja Emo.

rafa

Pergunta que a gente responde

Matéria no G++

Jesus no Bar: movimento de bandas cristãs realiza cultos em um bar de Porto Alegre (RS)

Já faz cerca de seis meses que alguns irmãos de Porto Alegre e região começaram a se reunir para conversar sobre uma forma de intervir de maneira contundente na sociedade com o Evangelho, atingindo, sobretudo as tribos emergentes urbanas.

A partir das primeiras reuniões, surgiu a nomenclatura MUC – Movimento Underground Cristão – que previa a realização de eventos em que bandas cristãs pudessem interagir com bandas seculares, visando criar uma aproximação da galera pelo gosto comum, a música.

Os primeiros eventos foram realizados e atingiram seus objetivos, ou seja, um vínculo de amizade foi criado entre o MUC e o BIL – Bandas Independentes Locais – um movimento consolidado e que visa fortalecer o cenário das bandas independentes do Rio Grande do Sul, realizando diversos shows, e lançando 3 CDs de coletâneas em seus 5 anos de existência.

Num dos shows, realizado no Entrebar, casa conhecidíssima por abrigar e dar palco para bandas independentes sem custo, um dos participantes do movimento sentiu que deveria iniciar uma reunião ali, em que houvesse objetivamente a pregação do Evangelho, em um momento devocional e de oração, no qual as pessoas pudessem ter contato com nosso Jesus.

Na mesma noite, agendou com os donos da casa e na semana seguinte, deu-se início a

o Culto no Bar, com a presença de vários irmãos e muitos convidados, inclusive os próprios donos do Entrebar, que têm participado sempre que têm tempo para isso, visto que estão no ambiente de trabalho deles.

Inicialmente, as reuniões não tinham data fixa e com o tempo, vimos a necessidade de estabelecer um dia de cada semana para estar compartilhando com as pessoas, pois ali estava se tornando o ponto de encontro de muitos com Jesus, os quais não participavam de nenhuma igreja. O bar onde elas já iam para se divertir, para buscar conforto com seus amigos, tomar sua cerveja e ouvir sua música, agora, está se tornando um lugar de encontro com u

ma nova vida, numa nova espiritualidade, envolvendo um relacionamento direto com a pessoa de Jesus, sem escalas.

Com a experiência do Entrebar, temos sentido o desejo do coração de Jesus em relacionar-se diretamente com as pessoas e, além disso, nos tem sido revelado que as muitas instâncias criadas pela religião, têm roubado essa acessibilidade ao Senhor. Todos os dogmas e sacramentos humanamente estabelecidos acabaram se tornando grandes empecilhos para que um indivíduo pudesse participar da comunhão com o Corpo de Cristo” – diz Pastor Rafael, que faz parte do movimento.

No bar, a última coisa que as pessoas pensam em encontrar é algo que as religue a Deu

s. Contudo, o bar é a religião de uma infinidade de pessoas que encontram sentido para sua vida numa bebida, num baseado, numa música de sua banda favorita, num companheiro casual para o sexo ou num simples bate papo entre amigos. Indo até lá, mudamos o conceito teológico enganoso que condena como profano o ambiente. Assim, o santificamos, introduzindo a mensagem e a vida de Cristo em um lugar que aquelas pessoas já gostam de frequentar” – conclui.

Talvez a principal marca do Culto no Bar seja o total desprendimento que o movimento tem com o desejo de estabelecer um trilho regulador para a vida das pessoas que tem participado e se agregado à reunião. O simples fato de estar juntos e tirar um tempo para que Jesus participe daquele momento é a total diferença nessa experiência. Não existe ali a ambição de se fundar uma nova igreja, pelo contrário, a própria reunião é uma manifestação natural da Igreja. Parece vanguardista, mas é simplesmente uma face diferente de algo que tem se repetido em cada geração desde 2000 anos até agora.

Não é a captura de pessoas para a adesão ao movimento, é a própria Igreja em movimento no rumo das vidas onde elas estão vivendo.

Veja fotos das reuniões do Culto no Bar:


Musica Gospel

Do tempo em que os poetas eram profetas


A Cura

Existirá
Em todo porto tremulará
A velha bandeira da vida
Acenderá
Todo farol iluminará
Uma ponta de esperança

E se virá
Será quando menos se esperar
Da onde ninguém imagina
Demolirá
Toda certeza vã
Não sobrará
Pedra sobre pedra

Enquanto isso
Não nos custa insistir
Na questão do desejo
Não deixar se extinguir
Desafiando de vez a noção
Na qual se crê
Que o inferno é aqui

Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo mal
A cura

E se virá
Será quando menos se esperar
Da onde ninguém imagina
Demolirá
Toda certeza vã
Não sobrará
Pedra sobre pedra

Enquanto isso
Não nos custa insistir
Na questão do desejo
Não deixar se extinguir
Desafiando de vez a noção
Na qual se crê
Que o inferno é aqui

Existirá
E toda raça então experimentará
Para todo mal
A cura

Lulu Santos

Formspring

Paz,Eu assisti ao ótimo culto de vcs no domingo na Igreja Batista Betel de Esteio, curti mto o som,vcs tem inluencias do rock circular?

A música é uma arte e, como tal, é uma maneira de expressão de nosso interior. O meu interior, particularmente, que comecei a me apaixonar por música com uns 10 anos de idade, foi formado com música "secular", já que não éramos crentes lá em casa (apesar de havermos tido alguma experiência com o Evangelho na família, mais pelos tios e avós).
Então, dizer que não tenho influência com música secular, seria simplesmente renegar toda uma história de minha vida, quando eu escutava música pop nas rádios, mais tarde, o rock nacional, depois, o punk inglês e americano, as bandas de rock progressivo dos anos 60 e 70 e por fim, as bandas de rock mais alternativas.
Ou seja, fui construído em minha arte ouvindo essas coisas e quando me converti ao cristianismo, foi um lance meio natural abandonar muitas coisas que fazia e ouvir as bandas que eu curti durante anos foi uma dessas coisas.
Ninguém me proibiu, foi uma lance natural. Pra mim foi bom, me ajudou a sair daquele mundo que eu vivia - e que me fez muito mal - mas quando passei a fazer som pra Deus, quando me interessei pelo ministério da música na igreja, as influências ainda estavam lá.
Não que eu as buscasse ou tentasse acessá-las em minha memória, é automático, elas estão lá, me entende.
É a minha história!

Portanto, a resposta é sim, tenho muita influência no rock secular.

Culto no Entrebar (nas terças)