Deixe o meu povo ir...
Interpretar a vida e suas nuances à luz das Escrituras requer da mente e, sobretudo, do coração um constante processo de evolução.
Achar que meros versículos, sem o envolvimento em amor, em consideração e compaixão, podem trazer doutrinas exatas para a prática da vida cristã é uma atitude que limita dramaticamente a revelação da Pessoa de Deus.
Não consigo entrar no debate puramente teológico sem que o fim sejam as pessoas, assim como acredito que todas as coisas que Deus fez, visava essas mesmas pessoas.
Tirá-las de Ur, do Egito e da Babilônia e requerer delas um padrão de vida regrado através de leis práticas, num tempo específico, tinha como objetivo, mantê-las a salvo das práticas daquelas nações pagãs.
Mas isto serviu a um tempo e a uma dispensação diferentes da nossa atual, inaugurada em Jesus e amplamente divulgada pelo Apóstolo dos Gentios, Paulo.
Não devemos jogar fora a Palavra, mas necessitamos urgentemente nos adequar ao padrão espiritual e bíblico contemporâneo, para que não nos tornemos irrelevantes diante de nossa geração.
Uma mensagem que aponta as práticas de nossa geração secular como pagãs, soa como preconceituosa e fria.
O mundo que se perde não precisa de regras para se adequar a bíblia histórica, mas precisa de braços abertos e corações dispostos ao amor sem fronteiras e sem discriminações descontextualizadas, as quais subtraem descaradamente o amor.
Se queremos ser de fato bíblicos, devemos ser como Jesus: amar o mundo, dar a vida pelas pessoas, aceitar os pecadores para que venham como estão, sem exigir que troquem de roupa, tirem seus adereços, ou mudem seus gostos musicais.
Moisés falou para Faraó: "deixe o meu povo ir para me adorar no deserto". Vamos permitir que os escravos sejam livres e que possam ir rumo ao deserto para oferecer sua adoração a Ele. A igreja não pode se comportar como Faraó que tentava condicionar a forma e o local para que o povo hebreu o adorasse.
Deixemos que eles venham como estão!
rafa,
na revolução.