Dia 15 de agosto de 2011, saiu na Folha de São Paulo que o número de evangélicos sem igreja chegou a 5 milhões aqui no Brasil.
São duas vezes e meia o número de membros da Universal, só pra gente ter uma idéia.

Pra mim, o lance de ser ou não ser praticante de uma religião ou outra tem mostrado pouca relevância na vida das pessoas e na transformação social. Se a semente genuína do Evangelho foi lançada no coração de alguém, certamente a vida do Reino está estabelecida em seu espírito e isso dará seu fruto no tempo certo, espero.

O problema é que confundimos igrejas cheias com Reino de Deus e o Brasil tem dado a prova de que uma coisa coisa nada tem a ver com a outra. Nunca tivemos um tempo em que a Igreja Evangélica estivesse tão forte e movimentasse tantas multidões quanto agora na nação, mas também nunca tivemos um tempo em que a corrupção fosse tão grande, a imoralidade fosse tão evidente e a iniquidade fosse tão amplamente disseminada.

Eu acho que e culpa disso é do institucionalismo, ou seja, a holistisação dos prédios, das estruturas, das visões, dos ícones e das denominações, que geram frustrações, tirando o foco das pessoas na vida com Deus através do Espírito (na qual a comunidade é uma coluna) e miram em rituais, mensagens, teologias, locais sagrados etc.

Eu ainda espero por um tempo em que pessoas crentes de verdade estejam ocupando seus espaços na sociedade, através de suas profissões e atividades, vestindo simplesmente a camiseta da piedade e da sã doutrina cristã.
Artistas inspirados pelo Espírito de Deus, que sejam usados para levar sua mensagem através das rádios, da TV, da internet. Gente que não esteja interessada em enriquecer explorando um segmento economicamente viável, mas que demonstre a integridade de um caráter firme e a visão de sal da terra, misturados ao mundo em que vivem, testemunhando a Verdade no âmago da sociedade perdida.

rafa

Pergunta que a gente responde