Ódio aos ímpios
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Amar os ignorantes é
um desafio grande pra todos nós! O próprio Deus, inclusive, desconsidera o
tempo da ignorância das pessoas, não condenando-as sem antes proporcionar
oportunidade de arrependimento e reconciliação (veja Atos 17:30).
Nossa função, como
testemunhas de Jesus e geração de Deus para nosso tempo, é compartilhar sua
bênção, servindo como laços do amor divino, atraindo as pessoas a Ele.
Está escrito assim: “Abençoai
aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis” (Rm
12:14) e em outra oportunidade: “quem ama aos outros cumpriu a
lei” (Rom.
13:8). Judas, irmão do Senhor escreveu: “Misericórdia, e paz, e amor
vos sejam multiplicados” (Judas 1:2).
É nesta matemática
espiritual que devemos viver nossos dias aqui na terra, tendo os atributos
divinos da misericórdia, da paz e do amor multiplicados em nossas vidas.
Entramos em pé de
guerra com as pessoas de nosso tempo, pois as mesmas são iconoclastas, não
apresentam o menor temor pelas coisas sagradas, são irreverentes e, o que é
pior, parecem não acreditar em nada.
Tratando da juventude
brasileira, aliás, a iconoclastia faz parte de sua alma adolescente, sedenta
por revoluções, sem compreender, contudo, qual bandeira levantar.
“Kamikazes incapazes
de ir à luta, quase livres, o que é pior do que prisão”, como cantou Humberto
Gessinger.
Mas de minha parte,
como testemunha de Cristo - o maior revolucionário que pisou no planeta e que
tem nas mãos a bandeira mais preciosa que já foi erguida, a do amor ágape -
sinto-me desafiado a não simplesmente criticar os meninos e meninas deste
tempo. Eles são como qualquer jovem e adolescente sempre foi em qualquer outro
momento da história, obviamente, com suas particularidades do mundo
contemporâneo.
Enquanto o meu
evangelho não se apresentar como uma bandeira digna de ser empunhada por esta
geração, que só tem visto corrupção, intolerância e preconceito em minha
instituição, a igreja, torna-se impossível que experimentemos o que os irmãos
do primeiro século viveram, os quais “cativavam a simpatia de todo o povo”, em
seus dias, conforme Atos 2:47.
Pensem bem! Se
fizermos uma análise do conteúdo e formato de nossa pregação, de maneira geral,
ela se pareceria mais com o cristianismo das cruzadas ou com o cristianismo dos
apóstolos (falo dos originais)?
Amaldiçoar pessoas
que não sabem diferenciar a mão direita da esquerda e tentar advogar a causa de
Deus diante de um mundo corrupto e alucinado é uma prática equivocada. O que me
parece é que estamos pensando apenas em nós mesmos e na preservação de nossos
padrões morais (particulares), além da manutenção dos direitos de nossas
instituições.
Isso me lembra Jonas,
que não tinha o menor interesse de ver os ninivitas arrependidos,
antes, desejava que eles se ferrassem.
- Danem-se os
demais povos da terra, aqueles gentios, ímpios e incircuncisos que não temem ao
nosso Deus. Eu quero mesmo é curtir a sombra da aboboreira com a qual
Jeová Jiré me abençoou. Acredito que era mais ou menos assim que
Jonas pensava!
Dê uma lida no livro
de Jonas, são apenas 4 capítulos e vale a pena ver o quanto somos egoístas e o
pouco que conhecemos a bondade e a graça do coração de Deus com relação ao
mundo que se perde e só se perde por nossa causa.