Jesus, “o laranja”




Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo”. João 18:14.


Já pararam pra pensar que o quadro da Cruz já poderia estar pintado? Que o circo das instituições humanas já havia sido armado e que a cabeça de alguém já estava pré-determinada a rolar, de qualquer jeito?
No universo das instituições, onde o sofisma dos interesses coletivos iludem com seus falsos ideais de bem comum, é natural que cabeças rolem para que o ganha pão dos instituídos seja mantido. 
Assim é na política, no clube social e assim é na religião. Lembro-me bem mais do que gostaria das convenções da igreja, onde via cantores degladiando entre si, procurando os horários mais rentáveis pra tocar; os bastidores das eleições para cargos importantes nos conselhos regionais, estaduais e nacionais... meu Deus, ali o bixo pegava forte e as brigas se tornavam agressivas de verdade. Tapas, ofensas, palavrões, ameaças... algumas com arma de fogo em punho!
Vocês não acreditariam se eu contasse maiores detalhes!
É o jogo dos interesses e sempre que a corda tem que arrebentar, deve ser no lado mais fraco. É pra esses momentos que existem “os laranjas”. 
Felizmente (pra eles), igrejas estão abarrotadas de laranjas. São inocentes ovelhinhas dotadas de mais excelentes intenções, com índoles transformadas pela ação do Espírito de Deus. Pessoas que emergiram das circunstâncias mais dramáticas de vida e que agora, sem nada a perder, entregam seu tudo para a Obra de Deus, numa denominação “abençoada” que foi o “meio” que lhe alcançou pra Jesus.
Tá cheio de gente nova, convertida, que vem nascendo de novo e que tem sido usada como adubo pelos barões da fé, os quais, sem o menor pudor e temor, tais como ninivitas, perpetuam seus impérios eclesiásticos sobre os corpos de gerações inteiras de gente de boa fé. 
Quando era levado à morte, Jesus, sabedor de seu destino e completamente aliançado com o fato daquele ser o projeto do Pai para si, disse: “não beberei eu o cálice que o Pai me deu?” João 18:11. 
Quanto a cada um de nós, resta-nos saber qual nosso destino nessa história. Laranjas já somos, pois fomos eleitos pelos barões da fé como tal e de nós dizem o que querem com argumentos falaciosos, ditos no recôndito de seus próprios currais, perante sua própria fruteira, formada de muitos laranjas, mas também vários abacaxis. 
Quem for capaz de entender, que entenda, pois sei que o Senhor deseja que sejamos árvores frutíferas, mas a vida nos ensina que determinadas frutas são dureza. 


Aquele abraço frutuoso, 


Rafa - Reparadores

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