Artesã de sonhos

Canção que fiz em louvor à minha latinidade! 
É a minha interpretação de algo que ouvi na infância de bandas como Mutantes, cantores como Caetano, Belchior e na adolescência por bandas antológicas como Psychic Possessor!
Há anos, estou em busca de minhas raízes sulamericanas e esta é a primeira letra que falo sobre o tema!
Em breve, rola gravaçãozinha!! 

América Latina, América do Sul, o sangue do meu sangue, 
raiz da minha história
Suor e sofrimento, a dor da escravidão. 
O holocausto mudo dos filhos da ilusão.
A carne da minha carne, a origem de quem sou, 
sou íbero-indígena, xavante europeu.
Na extração dos bens, espoliação dos maus, 
do mapa foi refém, maldição meridional.
Abaixo dessa linha não havia pudor; 
três graus de latitude e um hemisfério nulo.

Santa América do Sul, artesã de sonhos
Sou da América do Sul. Manufaturando a fé!

O sulamericano é preto, é vermelho, 
é pardo, claro e escuro. 
É rosa, é furta cor.
É índio, origem, história, a esfinge e o monumento, 
é o riso e o lamento, a vida em profusão.
A mãe que amamenta e o pai que dá sustento, 
é o condor que voa, felino rente à espreita.

Santa América do Sul, que não se sujeita mais
Sou da América do Sul e quero respeito!

Rafael Reparador

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