Aduba, fertiliza mas é cocô!!!
0 Comments
»
“E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi procurar nela fruto, não o achando. E disse ao vinhateiro: Eis que a três anos venho procurar fruto nesta figueira e não o acho; corta-a. Por que ela ocuparia ainda a terra inutilmente? E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; e, se der fruto, ficará; e, se não, depois a mandarás cortar”.
Lucas 13:6-9
Introdução
No texto Jesus expõe uma parábola na qual relata um homem, dono de uma plantação de uvas que tinha uma figueira plantada entre elas. Durante três anos, contudo, buscou encontrar nela frutos sem sucesso.
O lugar não era um pomar, mas uma vinha e no meio daquele parreiral, havia uma única figueira. O dono da terra sabia que na época certa de cada ano, encontraria ali suas uvas e delas, produziria o seu vinho, seus doces, suas passas. Ele tinha uma expectativa acerca de sua plantação, a qual vinha sendo suprida ano a ano.
Porém, no meio das videiras havia uma figueira! Certamente ela saltava aos olhos de qualquer um que passasse por aquela plantação e o dono da terra possuía uma expectativa especial sobre ela, pois ela era única.
Mas não bastava ser uma árvore bonita, que trouxesse sombra, o que aliás são características comuns em figueiras. O que o dono queria eram frutos, seu interesse estava intimamente ligado à produtividade.
Aquela árvore estava sugando nutrientes preciosos do solo dedicado á produção de uvas e deveria dar um resultado frutífero.
Aquilo que não produz o resultado almejado pelo dono deve ser arrancado, então, a solução mais óbvia, após três anos de frustrações, era corta-la!
1) Os simbolismos
A videira é uma árvore de amplo significado para o povo de Deus. No Antigo Testamento, a nação de Israel foi chamada de “Vinha do Senhor dos Exércitos” (Isaías 5:7); sua colheita era tempo de festa e alegria; eram dedicadas exclusivamente para alimentar aos pobres a cada sete anos; eram cercadas por muros para que não fossem invadidas por javalis e raposas. No Novo Testamento, é o emblema das bênçãos do Evangelho de Jesus, sendo o suco de seu fruto símbolo de seu Sangue que é sinal de cura, libertação, perdão, remissão de pecados e purificação na vida dos crentes.
Portanto, temos na Videira uma metáfora que traduz grandes e eternas bênçãos a partir de seus frutos.
Agora, e a figueira? O que ela representa espiritualmente e quais são as alegorias que rodeiam a figura de seus frutos.
- Não ousarei entrar em parâmetros teológicos aqui, mas tão somente usarei de simbolismos que possam trazer algum tipo de inspiração aos leitores a partir de alguns textos bíblicos que falam dos produtos da figueira.
- O figo é um dos frutos da terra prometida (Canaã possuía muitas romãs, uvas e também figos). Entrar na Terra Prometida significa alcançar as promessas de Deus para nossas vidas e isso é um fruto que o Senhor deseja encontrar em nós. Por isso, vamos até o fim nessa caminhada!
- Em I Samuel 25:18 diz que uma mulher chamada Abigail, fez, entre outras coisas, uma pasta de figos e presenteou a Davi e seu exército para restabelecer a paz diplomática entre eles e sua família. Nos, pregadores do Evangelho, somos os mensageiros da paz que reconcilia o mundo pecador com Deus. Assim como Abigail, Deus deseja ver em nós o fruto da intercessão pelos perdidos.
- Também em I Samuel 30:12 é narrada uma história sobre um escravo egípcio que havia sido abandonado á sua própria sorte, enfermo e sem comida. O Exército de Davi o encontrou e lhe deu entre outros alimentos, uma massa de figos secos, que, segundo as Escrituras lhe recobrou as forças, devolvendo-lhe seu espírito. Isto é sem duvida um símbolo do poder da ressurreição que está sobre nossas vidas. Frutifiquemos nesse sentido também!
- Em Jeremias 24:2, o profeta disse à nação que haviam dois cestos cheios de figos, o primeiro com excelentes frutos e o outro com frutos estragados, que não dava para se comer. O cesto com bons figos, eram o Israel que iria para o cativeiro em obediência à Palavra profética, já o segundo, um povo que não aceitava a direção divina. Irmãos, esse é um fruto que o Pai quer encontrar em sua igreja nesta geração também! Por pior que pareça a provação a ser enfrentada, Deus quer ver a nossa fidelidade à Sua Palavra, mesmo que em momentos de extrema dureza e confronto.
2) A ausência de frutos desagrada ao Senhor
Nenhum fruto foi encontrado na tal árvore! Ela estava ali, inútil, tão somente sugando a vida que lhe proporcionava aquela terra de vinhas. Isso a tornava uma árvore sem nenhum valor para seu dono.
3) O intercessor
Mas alguém se interessou por aquela figueira! Alguém olhou e viu que havia um potencial para gerar frutos.
O vinhateiro foi quem intercedeu por aquela árvore sem valor para seu dono. Ele era entendido em agricultura e sabia que poderia extrair algo de produtivo daquela árvore.
Não sei quem é o vinhateiro em sua vida, você pode classificá-lo como o próprio Jesus ou anda algum líder que acreditou em você. Creio que haja milhares de aplicações para esta exegese que estamos fazendo aqui mas, como já disse anteriormente, não tenho interesse teológico com esse ensaio, mas sim, um interesse inspirador e sobretudo, que gere esperança na vida de quem se identifica com a tal figueira sem frutos. O que importa é que alguém se preocupa conosco e intercede diante do dono da terra a fim de que uma nova chance e um tempo maior de preparo seja dado.
Esse alguém, ali no texto, não era um cultivador de figos, mas de uvas. Não era o negócio dele, mas já que aquela árvore estava ali então, tentou dar-lhe uma nova chance.
De uma maneira global, nós, crentes, não somos a Vinha de Deus! Nós somos um povo enxertado ali, uma semente que caiu naquela terra por misericórdia. Foi-nos dada uma oportunidade grandiosa de ver o Rei! Isaías o viu e ficou maravilhado. Quanto mais nós não ficaremos extremamente embasbacados com a graça de termos uma oportunidade no Campo de Deus. Não éramos parte dos planos do Senhor, mas por uma demonstração de misericórdia profunda, fomos colocados numa situação de sermos capazes de andar próximos de Deus.
João disse: “Ele veio para os seus e eles não o receberam, mas todos os que o receberam foram feitos filhos de Deus”.
Ele não veio para nós, gentios! Pagãos, apaixonados pelos prazeres do nosso corpo e que nascemos sobre uma raiz historicamente distante de Yaweh e sua doutrina. Nós não somos dignos de sermos chamados Povo de Deus! Isso está sendo dado a nós por uma misericórdia inexplicável. Realmente, não encontro palavras para descrever o que penso acerca disso. Só sei que não mereço isso. Estar plantado no meio da Vinha de Deus e saber que a cada ano Ele tem vindo me observar para ver se eu estou dando os frutos que Ele almeja em mim.
Parêntesis
Entenda que o Diabo se alimenta das obras da carne, ou melhor, os frutos da nossa carnalidade, ou seja, o pecado. Já Deus, recorre a nós para na esperança de encontrar algum fruto de justiça, fidelidade, bondade, amor, paz, mansidão, obediência, misericórdia...
Deus está com fome!
Os olhos do Pai, iluminam esta nossa terra sombria como um holofote a buscar um adorador, que o adore em espírito e em verdade. Alguém que seja frutífero e que tenha um fruto saboroso ao seleto paladar de Deus.
Não creio que Deus coma qualquer coisa! Acho que foi por isso que Ele não aceitou a oferta de Caim. Os frutos de Caim eram podres, pois partiam de um coração egoísta e homicida e isso não caracteriza uma pessoa agradável a Deus.
Lembre-se: frutos não são o mesmo que resultados!
Muitas pessoas na igreja têm um bom desempenho pessoal, mas ainda assim, não geram frutos. Podem pregar para muitas pessoas, cantar ou tocar muito bem seus instrumentos, dar esmolas aos pobres e largas ofertas ao ministério e ainda ser como Caim: humanistas voltados para sim mesmos que fazem tudo por inveja!
Profilaxia
Qual foi o plano do vinhateiro? Cavar e adubar! É bem simples, mas não é nada fácil! Ele resolveu que nutrir a figueira pela raiz seria o meio de fazê-la desenvolver frutos.
Então vamos ao processo de restauração:
Escavar a raiz significa expor a base de sustentação. As raízes são partes ocultas na árvore, não a vemos mas ela está ali, sendo de fundamental importância para sua vida. São delas que as mesmas se alimentam e crescem e é através delas que se sustentam.
No processo de restauração projetado pelo sábio vinhateiro, haverá invariavelmente a exposição e o toque nas raízes. Se eu e você nos dispusermos a ser tratados pelo Senhor a fim de gerarmos frutos, provavelmente, seremos expostos em nossas bases de pensamento, teologias, filosofias etc. Deus quer mexer em partes profundas e ocultas de nossas vidas. As nossas raízes precisam ser tocadas, pois é dali que pode estar se originando o problema que nos tornou infrutíferos.
O tratamento não é nada fácil! Expor as raízes e mexer nelas é uma tarefa cirúrgica, que estremece nossas estruturas e as expõe. Porém, nas mãos do Senhor, temos a confiança de que todo o processo nos conduzirá à frutificação que glorificará seu nome.
Após escavar, o vinhateiro irá aplicar o adubo, a fonte de nutrientes e energia que trará novo ânimo para a figueira.
Uma compreensão que cabe aqui é que apesar de todas as suas propriedades, o adubo não passa de cocô. Enxergá-lo como um fertilizante para as plantas é algo natural, mas não podemos nos esquecer de que se trata de fezes animais que cheiram mal, atraem moscas e são muito desagradáveis.
Ou seja, não podemos pensar que ser adubado é algo gostoso de se vivenciar, pelo contrário, é um processo duro que provará incisivamente nossas motivações interiores.
O adubo que transformará nossas vidas infrutíferas pode significar as provações pelas quais passamos, ou os confrontos gerados pela revelação da Palavra de dois gumes, ou ainda as incisões proféticas que externam a verdade oculta sobre cada um de nós.
Elias foi levado para um lugar deserto onde foi alimentado pelos corvos; Davi experimentou duras provas sob uma terrível perseguição de seu rei; Jacó foi usurpado por seu sogro; Jó sofreu as dores mais terríveis que um ser humano pode sofrer e depois foi duramente criticado e exposto por amigos e pelo próprio Deus; Jeremias foi lançado dentro de uma latrina; Jonas, dentro de um peixe; João Batista sofreu as severidades do deserto, assim como Jesus, que ainda foi ridicularizado pela família, apanhou e recebeu uma injusta condenação à morte.
Todos esses são exemplos de pessoas que foram adubadas pelos processos de Deus! Eles se tornaram satisfatoriamente frutíferos porque passaram pelas provas mais duras e venceram. Como está escrito sobre Jesus: “mesmo sendo filho, aprendeu por aquilo que sofreu”. Assim deverá ser com cada um de nós!
Com toda a certeza, não foram experiências deliciosas, mas sem dúvida foram produtivas.
Devemos nos abrir para esse tratamento divino! O Vinhateiro está nos dando uma nova chance de frutificar para o Senhor, mas para isso, irá usar de um tratamento de choque, com uma medicação desagradável e dolorosa.
A escolha é nossa!
Lucas 13:6-9
Introdução
No texto Jesus expõe uma parábola na qual relata um homem, dono de uma plantação de uvas que tinha uma figueira plantada entre elas. Durante três anos, contudo, buscou encontrar nela frutos sem sucesso.
O lugar não era um pomar, mas uma vinha e no meio daquele parreiral, havia uma única figueira. O dono da terra sabia que na época certa de cada ano, encontraria ali suas uvas e delas, produziria o seu vinho, seus doces, suas passas. Ele tinha uma expectativa acerca de sua plantação, a qual vinha sendo suprida ano a ano.
Porém, no meio das videiras havia uma figueira! Certamente ela saltava aos olhos de qualquer um que passasse por aquela plantação e o dono da terra possuía uma expectativa especial sobre ela, pois ela era única.
Mas não bastava ser uma árvore bonita, que trouxesse sombra, o que aliás são características comuns em figueiras. O que o dono queria eram frutos, seu interesse estava intimamente ligado à produtividade.
Aquela árvore estava sugando nutrientes preciosos do solo dedicado á produção de uvas e deveria dar um resultado frutífero.
Aquilo que não produz o resultado almejado pelo dono deve ser arrancado, então, a solução mais óbvia, após três anos de frustrações, era corta-la!
1) Os simbolismos
A videira é uma árvore de amplo significado para o povo de Deus. No Antigo Testamento, a nação de Israel foi chamada de “Vinha do Senhor dos Exércitos” (Isaías 5:7); sua colheita era tempo de festa e alegria; eram dedicadas exclusivamente para alimentar aos pobres a cada sete anos; eram cercadas por muros para que não fossem invadidas por javalis e raposas. No Novo Testamento, é o emblema das bênçãos do Evangelho de Jesus, sendo o suco de seu fruto símbolo de seu Sangue que é sinal de cura, libertação, perdão, remissão de pecados e purificação na vida dos crentes.
Portanto, temos na Videira uma metáfora que traduz grandes e eternas bênçãos a partir de seus frutos.
Agora, e a figueira? O que ela representa espiritualmente e quais são as alegorias que rodeiam a figura de seus frutos.
- Não ousarei entrar em parâmetros teológicos aqui, mas tão somente usarei de simbolismos que possam trazer algum tipo de inspiração aos leitores a partir de alguns textos bíblicos que falam dos produtos da figueira.
- O figo é um dos frutos da terra prometida (Canaã possuía muitas romãs, uvas e também figos). Entrar na Terra Prometida significa alcançar as promessas de Deus para nossas vidas e isso é um fruto que o Senhor deseja encontrar em nós. Por isso, vamos até o fim nessa caminhada!
- Em I Samuel 25:18 diz que uma mulher chamada Abigail, fez, entre outras coisas, uma pasta de figos e presenteou a Davi e seu exército para restabelecer a paz diplomática entre eles e sua família. Nos, pregadores do Evangelho, somos os mensageiros da paz que reconcilia o mundo pecador com Deus. Assim como Abigail, Deus deseja ver em nós o fruto da intercessão pelos perdidos.
- Também em I Samuel 30:12 é narrada uma história sobre um escravo egípcio que havia sido abandonado á sua própria sorte, enfermo e sem comida. O Exército de Davi o encontrou e lhe deu entre outros alimentos, uma massa de figos secos, que, segundo as Escrituras lhe recobrou as forças, devolvendo-lhe seu espírito. Isto é sem duvida um símbolo do poder da ressurreição que está sobre nossas vidas. Frutifiquemos nesse sentido também!
- Em Jeremias 24:2, o profeta disse à nação que haviam dois cestos cheios de figos, o primeiro com excelentes frutos e o outro com frutos estragados, que não dava para se comer. O cesto com bons figos, eram o Israel que iria para o cativeiro em obediência à Palavra profética, já o segundo, um povo que não aceitava a direção divina. Irmãos, esse é um fruto que o Pai quer encontrar em sua igreja nesta geração também! Por pior que pareça a provação a ser enfrentada, Deus quer ver a nossa fidelidade à Sua Palavra, mesmo que em momentos de extrema dureza e confronto.
2) A ausência de frutos desagrada ao Senhor
Nenhum fruto foi encontrado na tal árvore! Ela estava ali, inútil, tão somente sugando a vida que lhe proporcionava aquela terra de vinhas. Isso a tornava uma árvore sem nenhum valor para seu dono.
3) O intercessor
Mas alguém se interessou por aquela figueira! Alguém olhou e viu que havia um potencial para gerar frutos.
O vinhateiro foi quem intercedeu por aquela árvore sem valor para seu dono. Ele era entendido em agricultura e sabia que poderia extrair algo de produtivo daquela árvore.
Não sei quem é o vinhateiro em sua vida, você pode classificá-lo como o próprio Jesus ou anda algum líder que acreditou em você. Creio que haja milhares de aplicações para esta exegese que estamos fazendo aqui mas, como já disse anteriormente, não tenho interesse teológico com esse ensaio, mas sim, um interesse inspirador e sobretudo, que gere esperança na vida de quem se identifica com a tal figueira sem frutos. O que importa é que alguém se preocupa conosco e intercede diante do dono da terra a fim de que uma nova chance e um tempo maior de preparo seja dado.
Esse alguém, ali no texto, não era um cultivador de figos, mas de uvas. Não era o negócio dele, mas já que aquela árvore estava ali então, tentou dar-lhe uma nova chance.
De uma maneira global, nós, crentes, não somos a Vinha de Deus! Nós somos um povo enxertado ali, uma semente que caiu naquela terra por misericórdia. Foi-nos dada uma oportunidade grandiosa de ver o Rei! Isaías o viu e ficou maravilhado. Quanto mais nós não ficaremos extremamente embasbacados com a graça de termos uma oportunidade no Campo de Deus. Não éramos parte dos planos do Senhor, mas por uma demonstração de misericórdia profunda, fomos colocados numa situação de sermos capazes de andar próximos de Deus.
João disse: “Ele veio para os seus e eles não o receberam, mas todos os que o receberam foram feitos filhos de Deus”.
Ele não veio para nós, gentios! Pagãos, apaixonados pelos prazeres do nosso corpo e que nascemos sobre uma raiz historicamente distante de Yaweh e sua doutrina. Nós não somos dignos de sermos chamados Povo de Deus! Isso está sendo dado a nós por uma misericórdia inexplicável. Realmente, não encontro palavras para descrever o que penso acerca disso. Só sei que não mereço isso. Estar plantado no meio da Vinha de Deus e saber que a cada ano Ele tem vindo me observar para ver se eu estou dando os frutos que Ele almeja em mim.
Parêntesis
Entenda que o Diabo se alimenta das obras da carne, ou melhor, os frutos da nossa carnalidade, ou seja, o pecado. Já Deus, recorre a nós para na esperança de encontrar algum fruto de justiça, fidelidade, bondade, amor, paz, mansidão, obediência, misericórdia...
Deus está com fome!
Os olhos do Pai, iluminam esta nossa terra sombria como um holofote a buscar um adorador, que o adore em espírito e em verdade. Alguém que seja frutífero e que tenha um fruto saboroso ao seleto paladar de Deus.
Não creio que Deus coma qualquer coisa! Acho que foi por isso que Ele não aceitou a oferta de Caim. Os frutos de Caim eram podres, pois partiam de um coração egoísta e homicida e isso não caracteriza uma pessoa agradável a Deus.
Lembre-se: frutos não são o mesmo que resultados!
Muitas pessoas na igreja têm um bom desempenho pessoal, mas ainda assim, não geram frutos. Podem pregar para muitas pessoas, cantar ou tocar muito bem seus instrumentos, dar esmolas aos pobres e largas ofertas ao ministério e ainda ser como Caim: humanistas voltados para sim mesmos que fazem tudo por inveja!
Profilaxia
Qual foi o plano do vinhateiro? Cavar e adubar! É bem simples, mas não é nada fácil! Ele resolveu que nutrir a figueira pela raiz seria o meio de fazê-la desenvolver frutos.
Então vamos ao processo de restauração:
Escavar a raiz significa expor a base de sustentação. As raízes são partes ocultas na árvore, não a vemos mas ela está ali, sendo de fundamental importância para sua vida. São delas que as mesmas se alimentam e crescem e é através delas que se sustentam.
No processo de restauração projetado pelo sábio vinhateiro, haverá invariavelmente a exposição e o toque nas raízes. Se eu e você nos dispusermos a ser tratados pelo Senhor a fim de gerarmos frutos, provavelmente, seremos expostos em nossas bases de pensamento, teologias, filosofias etc. Deus quer mexer em partes profundas e ocultas de nossas vidas. As nossas raízes precisam ser tocadas, pois é dali que pode estar se originando o problema que nos tornou infrutíferos.
O tratamento não é nada fácil! Expor as raízes e mexer nelas é uma tarefa cirúrgica, que estremece nossas estruturas e as expõe. Porém, nas mãos do Senhor, temos a confiança de que todo o processo nos conduzirá à frutificação que glorificará seu nome.
Após escavar, o vinhateiro irá aplicar o adubo, a fonte de nutrientes e energia que trará novo ânimo para a figueira.
Uma compreensão que cabe aqui é que apesar de todas as suas propriedades, o adubo não passa de cocô. Enxergá-lo como um fertilizante para as plantas é algo natural, mas não podemos nos esquecer de que se trata de fezes animais que cheiram mal, atraem moscas e são muito desagradáveis.
Ou seja, não podemos pensar que ser adubado é algo gostoso de se vivenciar, pelo contrário, é um processo duro que provará incisivamente nossas motivações interiores.
O adubo que transformará nossas vidas infrutíferas pode significar as provações pelas quais passamos, ou os confrontos gerados pela revelação da Palavra de dois gumes, ou ainda as incisões proféticas que externam a verdade oculta sobre cada um de nós.
Elias foi levado para um lugar deserto onde foi alimentado pelos corvos; Davi experimentou duras provas sob uma terrível perseguição de seu rei; Jacó foi usurpado por seu sogro; Jó sofreu as dores mais terríveis que um ser humano pode sofrer e depois foi duramente criticado e exposto por amigos e pelo próprio Deus; Jeremias foi lançado dentro de uma latrina; Jonas, dentro de um peixe; João Batista sofreu as severidades do deserto, assim como Jesus, que ainda foi ridicularizado pela família, apanhou e recebeu uma injusta condenação à morte.
Todos esses são exemplos de pessoas que foram adubadas pelos processos de Deus! Eles se tornaram satisfatoriamente frutíferos porque passaram pelas provas mais duras e venceram. Como está escrito sobre Jesus: “mesmo sendo filho, aprendeu por aquilo que sofreu”. Assim deverá ser com cada um de nós!
Com toda a certeza, não foram experiências deliciosas, mas sem dúvida foram produtivas.
Devemos nos abrir para esse tratamento divino! O Vinhateiro está nos dando uma nova chance de frutificar para o Senhor, mas para isso, irá usar de um tratamento de choque, com uma medicação desagradável e dolorosa.
A escolha é nossa!