DOR...

Dor...

Que me faz perder o sono, que me faz perder a cor

Que me faz andar mancando e querer não viver mais


Que revela os meus limites, que me faz arrepender

Me apresenta a esperança, filha bastarda do sofrer

 

Uma dor assim tão forte, que me expõe o interior

Me ensina que minha sorte escorrega de minhas mãos

Me obrigando a depender da piedade de outrem

Sem de fato compreender o por que de tudo isso

 

Se existe alguma meta, algum segredo a revelar

Se há uma conspiração nos espíritos do ar

Só me restam paliativos que amenizem minha luta

E a espera paciente de uma força absoluta

Que me guie com clareza por um rumo cristalino

Me fazendo repousar sob as asas do meu destino

Alcançando minha paz, meu conforto, meu ninho

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