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Um sistema global de domínio e poder está instalado no planeta. Ninguém pode resistir ao controle e autoridade investidos sobre a Besta e suas estruturas de governo e dominação.
O ritual pagão de adoração constante é celebrado por todos cujos nomes não estão arrolados no livro da vida do Cordeiro, ao mesmo tempo que suas ações ecoam como blasfêmias contra o nome, o santuário e os filhos de Deus.
A perseverança e a fidelidade dos santos serão colocadas a prova por meio de açoites, prisões e até assassinatos. Enquanto isso, estruturas de propagação e consolidação desse sistema satânico do engano intensificam a massificação de seu domínio, estrangulando a todos os que não aderem e se submetem ao seu governo.
Este é um pequeno extrato do terrível quadro pintado pelo apóstolo João, em Apocalipse 13, o qual acredito tratar de um tempo profético atualíssimo.
Consigo enxergar o movimento de globalização capitaneado pelo ocidente, o qual, com suas propagandas e lifestile pseudo cristãos, difunde sobre toda Terra uma cultura nefasta, que é uma clara miscigenação judaico-paganizada que, remontando um Israel babilônico, blasfema o nome de Deus e sua genuína religião.
Quero propor uma breve reflexão sobre esse quadro atual, utilizando os três últimos versículos desse capítulo da Revelação.
“E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele quem entendimento, calcule o número da besta, pois é o número de homem. O numero é seiscentos e sessenta e seis.” Apocalipse 13:16 – 18
1) Todos adoram a Besta (v.8, 16)
Pequenos, grandes, ricos, pobres, livres e escravos. Quem está fora disso?
A igreja evangélica viveu e ainda vive preocupada com os alarmismos fanáticos que foram plantados entre nós por alguns profetas loucos.
Muitos crêem que sinal na testa ou na mão direita, será um artefato tecnológico, um microchip subcutâneo cirurgicamente inserido nas pessoas.
Se o problema é o microchip é, então todos já estamos “pré-marcados”, pois cada um de nós possui um celular consigo, que contém um microchip.
Toda essa invenção fantasiosa se tornou um sério obstáculo para percebermos que de fato o programa da Besta já está instalado dentro de todos nós e não consiste em parafernálias da informática made in Japan, mas numa doutrina satânica amplamente disseminada por mídias manipuladoras de mentes.
Todas as ramificações da sociedade em todas as nações da Terra estão se dobrando à vida ocidental com sua falsa imagem de prosperidade e satisfação.
Crianças ou adultos, pobres ou ricos, enfim, todos estão sendo programados para se prostrar perante a Besta.
O sinal na testa é alusão à mente, a cabeça, aos pensamentos e à consciência da pessoa, enquanto sua mão direita, sua destra, representa sua atitude, seu agir.
Mente e atitude, ambos dominados pela programação da Besta.
2) Comércio – o deus deste mundo (v. 17a)
Ao lermos Apocalipse 8, veremos que o grande motivo de lamento do mundo pela queda da Babilônia é a perda da mesma como parceira comercial.
Nós somos uma geração desesperadamente consumista!
O rei de Tiro, que é profeticamente citado em Ezequiel 28 como sendo Lúcifer, teve como início de sua queda o aumento de seu poder comercial (Ezequiel 28: 5, 16, 18).
A globalização tem infringido regas cada vez mais severas para o comércio internacional. Hoje, algumas empresas são obrigadas a adequar-se à normas globais afim de obter certificados de sua aptidão para os negócios. Investimentos altos em propaganda são igualmente obrigatórios para que se faça parte do jogo comercial, enfim, em breve, somente os que tiverem aliançados com o sistema da Besta poderão fazer parte dessa grande e suja trama comercial.
3) Engano e ilusão (v. 17b, 18)
A continuidade do versículo 17 diz que só negociarão os que tiverem o sinal, o nome ou o número da Besta. O que quer dizer isto?
Para poder participar da economia, todos terão que pensar e agir de acordo com as regras da Besta, conforme já compreendemos, mas como poderemos reconhecer e nos livrar disso?
A Bíblia nos convoca a ter sabedoria para reconhecer esse sistema. Decifrar seu código é desvendar seu engano, descortinar seus métodos de corrupção, calculando pelo discernimento do Espírito se nossos atos são dominados por ela ou pelo Senhor.
Quando se fala em vender alma ao diabo, o imaginário logo remonta o quadro de um ritual macabro onde há a troca bizarra da alma da pessoa por bens, riquezas, fama etc.. Porém, o jogo apocalíptico vai além disso! Cada um de nós precisa definir pelo padrão da mente de Cristo quando o negócio estará nos vinculando ao sistema da Besta, pois isto poderá significar a venda de nossas almas.
O texto diz que há um sinal, um nome e um número referente ao nome.
è Um sinal é uma marca, um logotipo. Uma maneira de propagar um produto, fortalecendo-o a fim de agregar-lhe valor de mercado.
Você alguma vez já comprou algo que não era bem o que pensava que fosse? Então, você provavelmente foi enganado.
A função da marca é justamente esta, a de empurrar o produto, pois quando a marca é forte, o consumidor adquire, muitas vezes até sem pensar, ou seja, não usa de sabedoria.
Como se fortalece uma marca?
Pela propaganda! Empresas investem milhões em propaganda através das mídias mais poderosas, sabendo que o retorno é garantido, pois a grande maioria das pessoas está completamente dominada pela imposição comercial motivada pelas mídias de massa.
è O nome representa a personalidade, o caráter de alguém.
No funcionamento do mercado, podemos extrair um bom exemplo sobre a diferença do sinal para o nome.
A mídia propõe que devemos ter uma tela gigante de LCD, ou então um carro Flex. Ambos são fabricados por diversas empresas. Existe o produto “Tela de LCD” ou “carro motor Flex”, e existem as fabricantes dos mesmos, que naturalmente são concorrentes.
Ou seja, o produto é como se fosse o nome, enquanto a marca é o sinal!
Apocalipse diz que todas as pessoas levariam o sinal (marca) ou o nome (produto) da Besta em sua mão ou testa. Não sei se estão conseguindo captar onde quero chegar, não estou falando de simples comércio, mas como uma metáfora, estou tentando explicar a forma como o domínio de nossas mentes já atingiu um grau avançado, a ponto de muitos de nós “crentes” estarmos sendo conduzidos como verdadeiros rebanhos pelas imposições comerciais dos veículos de comunicação de massa, que nos levam a comprar, adquirir, apaixonar e idolatrar bens materiais, a ponto de gastarmos mais do que poderíamos ou deveríamos.
Enquanto isso, algumas correntes cristãs, provocam discussões propagando informações fantasiosas sobre determinadas marcas que supostamente possuem vínculos com as trevas, visando não contaminar-se como sistema da Besta. Porém, a diversidade de marcas comercializando os mesmos produtos são apenas um enredo dentro desse jogo perigoso, pois o verdadeiro vínculo com a Besta não está em possuir um produto da marca X ou Y, mas sim no caráter do negócio.
O governo da Besta imporá suas condições programando as pessoas, conduzindo-a em suas ações e pensamentos, portanto, se não abrimos nossos sentidos à revelação do engano, enfim, se não calcularmos o seu número, poderemos estar enlaçados nas teias dessa trama do fim dos tempos.
è Número do nome é o significado real, e o que está por trás da publicidade e das máscaras do programa.
Não são todos os que sabem, mas quando utilizamos nosso Windows para realizar tarefas cotidianas normais ao PC, está oculto por trás de cada imagem, janela, ícone ou software uma infinidade de números.
São eles quem estão por baixo de toda operação realizada ao computador. O que para nós leigos é um simples clic, na verdade consiste em milhares de números que, corretamente alinhados, proporcionam que naveguemos pela internet, ou joguemos uma partida de paciência.
O que quero dizer com isso?
Que toda operação realizada ao computador, incluindo este texto que estou digitando no Microsoft Word, ou as fotos que baixamos de nossas câmeras digitais, tudo está fundamentado sobre uma pilha sem graça de números, que são a verdade escondida por trás dessas lindas janelas virtuais que usamos diariamente. Assim é o sistema da Besta, que possui suas propagandas, suas nomenclaturas, seus produtos, suas vantagens, suas armadilhas, mas por detrás disso tudo está sua verdadeira identidade, que está definida profeticamente por três números: 666.
A Bíblia diz que os sábios deverão decifrar esse código!
O número é humano, pois a Besta tirará o foco de Deus, para colocá-lo sobre o homem – tal como toda a filosofia grega que predomina o pensamento ocidental. O comércio desenfreado, a sede por dinheiro, conquistas e poder, bem como todo o hedonismo iníquo, que coloca o homem e seu bem estar no centro de todas as coisas.
Os que têm entendimento, que possuem a mente de Cristo, que estarão dispostos a enfrentar a prisão e até a morte, são estes os que não se contaminarão com a maldade sistêmica da Besta Global.
O enredo vai além dos chips ou de uma separação parcial de coisas ou marcas, mas adentra na mentalidade humanista que deverá dar lugar à plena submissão dos nossos pensamentos e atitudes à vontade de Deus. Nisto será provada a nossa fé e devoção!