Crônica das dispensações


Saber nossa localização profética no tempo/espaço é tarefa de grande importância em uma era apocalíptica. A própria palavra apokalupsis quer dizer revelação, como já sabemos, e é portanto uma chave mística capaz de abrir a porta que dá acesso à sabedoria que compreende tempos e modos espirituais.

Reconhecer as dispensações é o primeiro passo para seguirmos no rumo dessa ciência sobrenatural.

Tomei como fonte de inspiração as palavras de Jesus sobre a vinda súbita de seu Reino, registrada em Lucas 17:26-36, procurando extrair dali uma palavra atual e identificada com possíveis enganos teológicos de nosso tempo e realidade.

1) Nos dias de Noé

“Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos”. Lucas 17:26, 27

- Comer e beber são práticas naturais e fundamentais à subsistência do ser. Apesar da naturalidade que isso representa, há um princípio espiritual que devemos aprender, pois, curiosamente, está escrito que o Reino de Deus não é comida nem bebida.

Esta afirmação coloca o Reino de Deus numa posição estritamente espiritual, desvinculando-o da matéria.

Não é errado comer e beber, mas a Bíblia quer nos chamar a atenção a um contexto irracional de vidas limitadas a essa prática.

Em I Coríntios 15:32, o Apóstolo Paulo afirma que se não cremos na ressurreição, então devemos comer e beber, pois a morte é certa e não há esperanças além desta existência.

Portanto, a exclamação de Jesus sobre os tempos de Noé e de Ló, em que as pessoas comiam e bebiam, refere-se ao fato de que as mesmas viviam sem a consciência da eternidade, totalmente absortas numa vida carnal, movida pelas necessidades imediatas e temporais.

O Senhor consolida essa teoria, afirmando que muitas pessoas os eguiam porque ele multiplicava pães, ou seja, só para comer e satisfazer suas necessidades.

- Casar-se e dar-se em casamento: o que há de mal em se casar?

O casamento é uma instituição divina que, ao se realizar na terra, aponta para o projeto idealizado entre Jesus e a Igreja.

O casamento foi instituído por Deus entre as humanidade para unir as pessoas natural e misticamente em torno de uma construção eterna que tem início aqui na terra. Portanto, representa a Igreja, se submetendo totalmente ao plano de seu Senhor através de uma aliança inquebrável sustentada por laços de amor e fé, revelando ao mundo sua face gloriosa, mensagem e poder.

O termo “dar-se em casamento” significa a independência soberba dos seres humanos diante dos projeto divino. Agir fora de sua vontade, sem a liderança fundamental de sua Palavra revelada.

- Nos tempos de Noé, a salvação consistia em entrar na Arca para não ser consumido pelas águas do Dilúvio, ou seja, todos os que estivessem na Arca estariam seguros e salvos.

2) Os dias de Ló

“A mesma coisa aconteceu nos dias de Ló. Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos”. Lucas 17: 29, 29

Naqueles dias, além do símbolo materialista de viver pela comida e pela bebida, havia a presença do consumismo desenfreado.

- Comprar, vender, plantar e edificar.

Tiago fala da falibilidade dos projetos humanos em contraste com o plano de Deus, chamando de arrogantes todos os que, carnalmente, planejam a execução de seus empreendimentos sem consultar ou submeter-se a Deus.

Diferente do casamento, que é uma instituição profética idealizada por Deus e que sinaliza para a Igreja e o Noivo, comprar, vender, plantar e edificar são ações estritamente humanas.

Tudo o que se investe na matéria mais cedo ou mais tarde se tornará pó. Por isso, o desejo humano de super agregar bens, dinheiro e patrimônio pecaminoso.

Jesus adverte a não ajuntar tesouros onde a traça e a ferrugem consomem, mas ajuntar tesouros no céu (Mateus 6:19-21). Este mesmo texto conclui que onde está o tesouro do homem, está também o seu coração. Então, os bens deste mundo devem ser encarados como meros recursos de subsistência humana, pois o que passa disso, pode tornar-se em idolatria.

- Nos tempos de Ló só puderam se salvar aqueles que saíram da cidade condenada. Só se livraram da maldição os que se separaram dos malditos.

3) Os dias do Filho do Homem

“Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar. Naquele dia quem estiver no telhado, tendo os seus bens em casa, não desça a tomá-los, Da mesma sorte, o que estiver no campo não volte para trás. Lembra-vos da mulher de Ló. Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á”. Lucas 17: 30-33

Em todos os tempos aqui descritos, o grande desafio na vida das pessoas é o de reconhecer o verdadeiro tesouro celeste, podendo decidir dar a primazia de sua vida a vontade revelada de Deus. Sendo assim, ao ouvir sua voz e entender sua direção, cada ser humano pôde decidir por si entrar na arca, ou sair da cidade maldita.

Nos dias da manifestação de Jesus, o Senhor, é dito aos que estiverem nos talhados que não desçam às casas para tomar seus bens de volta, assim como àqueles que estiverem no campo que não voltem atrás.

Jesus disse que aquilo que ouvimos dEle, devemos proclamar sobre os telhados (Mateus 10:27) e que após lançar a mão no arado, não devemos olhar para trás (Lucas 9:62).

O telhado e o campo representam nosso ministério, nossa obra no Senhor, nossa disposição em servi-Lo mediante o Chamado que recebemos pelo Evangelho. Nossa conduta e zelo perante a missão!

Se em outros tempos, a humanidade foi provada pela prioridade do seu coração entre comer, beber, dar-se em casamento, fazer negócios, edificar e ouvir e obedecer a Voz direta de Deus, nos dias da manifestação do Filho do Homem nosso zelo pela Missão será o divisor de águas.

O versículo 33 consolida a idéia do auto-sacrifício como um ato indispensável na vida do ministro que só poderá ganhar a recompensa divina, mediante a perda pessoal.

4) A crônica das dispensações

“Digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado e o outro será deixado. Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e a outra será deixada. Dois estarão no campo; um será tomado, e o outro será deixado”. Lucas 17: 34-36

Nos dias de Noé, os que ouviram o chamado de Deus e entraram na Arca foram salvos. Já nos tempos de Ló, os que saíram da cidade amaldiçoada, foram poupados da morte.

E nos dias do Filho do Homem, como se dará essa diferenciação?

O texto diz que estarão dois deitados numa cama e somente um será salvo; dois estarão moendo e somente um será salvo; dois estarão no campo e um apenas será poupado.

Entender mais esclarecidamente nosso tempo é um fundamento!

Já ouvi dizer que a Igreja, o templo, é a Arca de Noé em nossos dias, dando a entender que o simples fato de “congregar” numa denominação evangélica determinará nossa salvação. Da mesma forma, outros podem dizer que a atitude de “sair” do mundo pagão, separando-se fisicamente do secularismo, adotando um estilo de vida monástico, superficialmente santo, tal como Ló, que saiu da cidade maldita, poderia garantir a salvação. Grandes erros de interpretação!

Nesta dispensação, o fator que determinará a salvação de alguém estará oculto em seu interior.

Aparentemente, duas pessoas iguais, com funções e vida social semelhantes, estarão andando juntas pela vida e naquele dia, serão separadas, pois uma será salva e outra condenada. Poderão estar realizando a mesma obra, dentro da mesma igreja, talvez cumprindo seu chamado no mesmo grupo de louvor ou no mesmo campo e agência missionária, sendo, contudo, uma salva e outra condenada.

Qual é a diferença? Será que tudo é uma mera questão percentual de meio a meio?

A diferença é que em outros tempos a obediência ritual determinava a salvação das pessoas, mas, nos dias da manifestação de Jesus, que tem olhos como chama de fogo, o Filho de Deus julgará o coração do homem e suas motivações escondidas além das aparências.

Somente aqueles que estiverem em plena harmonia com sua vontade, inspirados sinceramente por sua Palavra revelada, andando em comunhão perfeita com Deus, pela graça, poderão alcançar seu favor.

Por isso, clamo: Avalie bem as bases de sua religião!

1 comentários:

Anônimo disse...

REVELAÇÃO / EXORTAÇÃO:
Urge propagarmos na terra, a certeza de que Jesus Cristo ja vive agindo entre nós, espargindo a luz do saber, criando Irmãos espirituais, e a nova era Cristã. Eu não minto, e a Espiritualidade que esperava pela sua volta, pode comprovar que digo a verdade. Por princípio, basta recompormos as 77 letras e os 5 sinais que compõem o titulo do 1º. livro bíblico, assim: O PRIMEIRO LIVRO DE MOISÉS CHAMADO GÊNESIS: A CRIAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA E DE TUDO O QUE NÊLES HÁ: Agora, pois, todos podem ver que: HÁ UM HOMEM LENDO AS VERDADES DO SEU ESPÍRITO: ÊLE É O GÊNIO CRIADOR QUE CRIA ESSA AÇÃO DE CRISTO. (LC.15.28) E cumpriu-se a escritura que diz: (JB.14.17) O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem conhece, vós o conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós. Regozijemo-nos ante a presença do Deus Vivo, e façamos jus ao poder do saber que o Nosso Senhor traz às Almas Justas, para a formação da verdadeira Cristandade. E hoje, quem quiser interagir com o Filho do Homem, deve buscar “A Bibliogênese de Israel”, que já está disponível na internet. E quem não quiser, pode continuar vivendo de esperança vã, assistindo passivamente a agonia da vida terrena, à par da auto-destruição do nosso planeta.

(MT.26.24) – O FILHO DO HOMEM VAI, COMO ESTÁ ESCRITO A SEU RESPEITO, MAS AI DAQUELE POR INTERMÉDIO DE QUEM O FILHO DO HOMEM ESTÁ SENDO TRAIDO! MELHOR LHE FORA NÃO HAVER NASCIDO:

E, ao recompormos as 130 letras e os 7 sinais que compõem esse texto, todos já podem ler, saber, e entender quem é o Filho do Homem:

E O FILHO DO HOMEM É O ESPIRITO QUE TESTA AS ALMAS DO HOMEM E DA MULHER, NA VERDADE DO SENHOR, COMO CRISTO: E EIS A PROVA QUE O FILHO DO HOMEM FOI TREINADO NA LEI CRISTÃ.