Renovação da Mente e o corpo - Esboço
“Irmãos, pela misericórdia de Deus, peço que vocês ofereçam os próprios corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Esse é o culto autêntico de vocês. Não se amoldem às estruturas deste mundo, mas transformem-se pela renovação da mente, a fim de distinguir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que é agradável a Ele, o que é perfeito. Em nome da graça que me foi concedida, eu digo a cada um de vocês; não tenham de si mesmos conceito maiôs do que convém, mas um conceito justo, de acordo com a fé, na medida que Deus concedeu a cada um. Num só corpo há muito membros, e esses membros não têm rodos a mesma função. O mesmo acontece conosco: embora sendo muitos, formamos um só corpo em Cristo, e, cada um por sua vez, é membro dos outros. Mas temos dons diferentes, conforme a graça concedida a cada um de nós”.
Romanos 12:1-6
Edição Pastoral Ed. Paulus
Escreve-se muito sobre este texto de Romanos 12. Eu mesmo já extraí ou “abstraí” muitas coisas dele e Deus quase sempre me faz enxergar algo novo quando o leio.
Por último, encontrei nesse texto um fundamento apostólico muito sólido para a vivência na comunidade cristã e é o que quero compartilhar com os meus irmãos que, assim como eu, buscam ansiosamente pela verdadeira comunhão da igreja, manifestando ao mundo o Corpo vivo de Cristo.
1) A vida em comunidade é uma vida de Sacrifício
Paulo rogou aos irmãos, pedindo que os mesmos se sacrificassem individualmente pela comunidade.
Uma espécie de sacrifício diferente do que observamos no Antigo Testamento, que punia um animal, descarregando nele a condenação sobre o mau que alguma pessoa havia feito.
Neste caso é um culto racional, ou seja, uma opção pessoal e livre de se auto-sacrificar.
O sacrifício é vivo: pois não incorre na morte real de uma pessoa, senão na morte de seu ego, sua natureza carnal. Então, a pessoa se dispõe pessoalmente em se sacrificar.
O sacrifício é santo: porque denota uma entrega total, a separação exclusiva para o projeto de Deus na vida de seus filhos. Somos uma propriedade de Deus, fomos comprados por preço alto e a consciência de nossa entrega a Ele é um ato de sacrifício santo.
O sacrifício é agradável: as três vezes que a Bíblia relata que Deus falou audivelmente dos céus que Jesus era um filho amado, de quem Ele se agradava, foi após atos radicais de obediência.
Ser agradável a Deus é aprender a ouvi-Lo e obedecê-Lo!
2) Para distinguir esse sacrifício como vontade de Deus, precisamos mudar nossa forma de pensar
Jesus queria obedecer totalmente ao Pai e foi radical nisso. Muitas vezes, suas atitudes contrariavam o pensamento natural humano, que é sempre de auto preservação, auto prazer, auto realização etc.
No episódio em que disse a Pedro que deveria padecer, sofrer e morrer, o discípulo o censura, dizendo: tem piedade de ti mesmo, isso nunca irá acontecer contigo! Mas Jesus, que tinha a mente de Deus sobre si lhe diz: “Pra trás de mim, Satanás! Tu me serves de pedra de tropeço; não compreendes as coisas que são de Deus e, sim, as que são dos homens”. Mateus 16:22-23
Nunca iremos entender as coisas de Deus pensando como humanos comuns, pois não somos comuns.
Devemos abrir nosso entendimento para pensamentos mais elevados, em dimensões mais profundas de compreensão que estão além das ciências, disciplinas e faculdades humanas. Romanos 11:33-26; Isaías 55:8, 9.
3) Unidade na diversidade (v.3)
Gálatas 6:3 diz: “Se alguém pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo”.
Alguns ministérios são mais notáveis do que os outros; algumas pessoas possuem talentos mais “impressionantes” do que outras e essas coisas podem nos conduzir ao engano de pensar que somos melhores, mais especiais do que os demais irmãos.
Na vida de comunidade, alguns podem falar com voz mais firme, ou até mesmo ser usados para realizar sinais prodigiosos, contudo, isso não faz de ninguém maior.
Perante Deus, na comunidade, somos todos iguais!
4) Consciência de pertencimento ao Corpo - Igualdade– (v. 4 – 6)
O fato de sermos representados simbolicamente pelo apóstolo como um Corpo, deveria nos mostrar com clareza a importância de cada pessoa dentro da igreja.
Sua mão é tão importante quanto o olho, ou boca, ou pernas, ela é parte de você e embora não seja capaz de enxergar, falar ou andar sozinha, os outros não podem fazer o que ela faz.
O reconhecimento do chamado de cada pessoa na igreja garante a tolerância.
Filipenses 2:3: “...cada um considere os outros superiores a si mesmo”.