Lá vem 1 difícil: se era proibido comer do fruto da árvore, pq Deus a colocou ali?!
Tenho sonhos repetidos na minha vida. Em um deles, me vejo diante de uma bifurcação, tendo que optar qual caminho tomar.
Me parece que os momentos de decisão são situações constantes na vida humana.
Desde ultrapassar um sinal amarelo (quase vermelho) com seu carro, até a compra de uma casa, ou a pessoa com quem você vai se casar, ou ainda, se vai beber coca cola com limão e gelo, ou guaraná com laranja.
Decisões e mais decisões... diariamente tomadas quase sem pensar.
Acho que o Éden era um lugar humanamente completo, perfeito e tinha, inclusive, a via alternativa, para a qual só se poderia ir através de uma decisão.
Oras, se o homem recebeu o tal do livre arbítrio (condição teologicamente questionável, mas geral e amplamente aceita pela galera) do que isso serviria se não tivesse uma via alternativa?
Colocar a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal no Jardim me soa como algo fundamental dentro de um projeto complexo, com vias alternativas, elaborado para ser morada de um ente complexo, que almeja, que sonha, que ousa, que tem liberdade de decidir, ou seja, nós humanos.
Contudo, a ordem dada por Deus de não comer a malfadada fruta não deve ser encarada como uma mera proibição, mas talvez com uma advertência. Algo do tipo: se comer, vai ser ferrar!
Quando o pai diz pro filho: "Zezinho, não use crack, pois o crack certamente o matará", ele não está proibindo - e nem poderia - mas advertindo das consequências do uso da substância (que sabemos, não mata instantâneamente, assim como ao comer a fruta, nem Adão, nem Eva morreram instantaneamente).
Enfim, a Árvore estava lá, como está aqui. O projeto não mudou, ainda temos diante de nós a oportunidade de decidir se vamos fazer o que Deus nos advertiu, ou vamos seguir pelo caminho de nossos próprios pensamentos.
Se vamos andar segundo a presciência de Deus ou segundo a nossa.
Mera situação de decisão!!