Soldados de Cristo


Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”. II Timóteo 2:4

Esta é uma frase tônica do apóstolo Paulo e se torna uma espécie de emblema na vida de quem tem a convicção de um chamado ao serviço do Evangelho.

Sabemos que, por regra hermenêutica, não devemos analisar uma frase isolada de seu contexto. Neste caso, sobretudo, a frase é ainda mais sólida e forte por causa do contexto geral da vida de Paulo de Tarso, envolvida de uma paixão radical pelo Evangelho, conduzindo-o a situações extremas na jornada do chamado, levando-o por caminhos de cadeias, perseguições, sofrimentos, calúnias, fome, privações etc.

Bem disse Pedro aos principais do Sinédrio: “me importa obedecer a Deus do que aos homens”, sofrendo as consequências de sua insolência diante de tal “autoridade holística”: açoites e cadeias!

Jesus disse que Paulo de Tarso era um vaso escolhido para levar seu nome aos gentios e também aos reis e filhos de Israel, mas salientou: “Eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome”.

Paulo não veio ao Evangelho em busca daquela palavrinha mágica entoada pela igreja neo pentecostal: pare de sofrer e venha ser muito feliz com Cristo!

O sofrimento, parece, fez parte da plantação da Igreja de Jesus na terra. Os mártires são uma espécie de adubo do Evangelho e seu sofrimento, perseguição e açoites têm fertilizado as gerações que lhes seguiram.

Acho que é por esse motivo, que alguns são chamados de uma maneira especificamente dolorosa, com o fim de não permitir que a prosperidade da terra prometida – que ilude, estagnando muito crentes na zona de conforto - atravanque a continuidade da pregação do Evangelho no mundo.

De fato, um soldado é alguém que é separado do mundo civil e adentra a uma realidade paralela de vida. Um ser humano com treinamento especial, com novas aspirações pessoais, com um código de honra diferenciado e ambições diferentes dos demais. Um soldado, segundo Paulo, é alguém que não perde tempo com negócios desta vida, não se embaraça com os rumos do mundo secular e não se deixa enganar pela estagnação de um estado aparentemente tranquilo e feliz. Sua visão militar das coisas lhe lega um status constantemente alerta, pois recebeu um conceito de mundo que olhe coloca em estado de guerra.

Irmãos, é assim que estamos: em guerra! Não nos deixemos iludir com os benefícios de nossa pseudo e transitória prosperidade, mas renovemos nossas mentes, permitindo-nos ser transformados segundo a mente de Cristo, assim como foi feito em Paulo e assim como ele legou a Timóteo e a todos os que temos na Bíblia nosso modelo de vida no epspírito.

rafa,

na revolução

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