O bom e o mau



“como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca. O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.”
Mateus 12:34-35

Todo mundo possui um tesouro, uma reserva, um lastro que financia sua jornada na existência deste mundo. Todos têm uma moeda no coração e é com ela que compramos o que desejamos nesta e desta vida.
Não falo de grana real (nem dólar), falo da riqueza do coração, daquilo que amamos, que desejamos, que corremos atrás.
Jesus disse que o homem bom extrai boas ações a partir de seu bom tesouro, já o homem mau age de forma má, por causa da maldade que entesourou.

Muitos religiosos de diversas confissões sabem falar palavras doces, carregadas de poderes de sedução emocional, alguns deles, contudo, tendo suas vidas baseadas em padrões malignos, seu mau tesouro.
No texto de Mateus 12, Jesus está dando uma lição de moral nos falsos justos, que o condenavam por realizar milagres no sábado. O Senhor diz no versículo 7: “se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes”, dando a interpretação exata do que significa o Amor incondicional de Deus, expressado por sua Graça.

Condenamos inocentes quando julgamos pela aparência, baseados em nossas tradições, preconceitos e espiritualidade equivocada.
Nossas religiões estão cheias de belos discursos e palavras de impacto, mas com atitudes baseadas em tesouros maus. Com o passar dos anos, temos enchido os cofres de nossos corações com tradicionalismos, receitas prontas de evangelho e profecias pautadas em egoísmo, todos estes, nos impedindo de acolher inocentes, pois a máxima de toda religião culmina em preconceito e intolerância.

O homem espiritual deve ser capaz de julgar tudo o que ouve, pois o ensinamento diz que ao ouvir o que as pessoas falam, é possível discernir o que há em seus corações.
Precisamos ouvir além dos discursos, discernindo as intenções que permeiam as palavras humanas. Desta forma, não seremos enganados por movimentos de falsa espiritualidade, por renovações que só reformam o exterior e por palavras persuasivas que tendem a roubar de nós a Verdade semeada.

Entre no movimento de Jesus, una-se à verdadeira visão que vem do Alto e não ajunte-se ao que pecam contra seu Espírito, pois o fim dos que resistem à essência de Deus é péssimo (Mateus 12:31).

rafa – indo e fazendo!

0 comentários: