Não temas, estou contigo
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“Não
temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o SENHOR teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate, a Etiópia e a Seba em teu lugar.
Visto que foste precioso aos meus olhos, também foste honrado, e eu te amei, assim dei os homens por ti, e os povos pela tua vida. Não temas, pois, porque estou contigo; trarei a tua descendência desde o oriente, e te ajuntarei desde o ocidente”. Isaías 43:1-5
Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o SENHOR teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate, a Etiópia e a Seba em teu lugar.
Visto que foste precioso aos meus olhos, também foste honrado, e eu te amei, assim dei os homens por ti, e os povos pela tua vida. Não temas, pois, porque estou contigo; trarei a tua descendência desde o oriente, e te ajuntarei desde o ocidente”. Isaías 43:1-5
Sabemos em nossa racionalidade teológica, por
intermédio de uma fé construída em anos e anos de doutrinamento, que Deus está
cuidando de nós, que nos guarda e que nos ama.
Cantamos isso todos os finais de semana, fazendo
coro com os lábios e gestos com as mãos, muitas vezes independente do que sente
nosso coração.
Na música, existe um tipo de treinamento
chamado “independência”, que consiste na repetição incansável e contínua das
técnicas até que cheguemos ao ponto de poder realizá-las sem pensar nelas, com total
individualidade dos membros, ou dedos.
É uma re-formatação cerebral, algo como um
piloto automático!
Mas nossas almas carecem de respostas, de movimentos
carinhosos, de olhares de importância, de gestos de aproximação e
identificação. Existem momentos em que nossos louvores impensados, “independentes”
do que se passa dentro de nós, acabam soando como grandes rituais de
hipocrisia, pois na verdade, gostaríamos de estar chorando, gritando,
esbravejando, xingando e, enquanto isso, nós estamos ali treinando um modelo
oriental de repetição de
gestos, os quais não reproduzem o verdadeiro
sentimento de nosso interior.
A verdade é que o silêncio de Deus é uma
tortura para nós. Mesmo assim, percebi que esse silêncio não significa
ausência, nem descaso ou abandono, mas significa realmente treino.
Por mais sádico ou cruel que possa parecer,
em muitas ocasiões, vejo Deus permitindo seguir meu rumo, como se ficasse
observando de longe meus atos. Tal como o pai, ensinando o filho a andar de
bicicleta, dando o impulso necessário para embalar numa reta, Ele deixa de
correr ao seu lado, solta o menino para que siga livre o seu caminho. Se cair,
o pai correrá ao encontro do filho e o resgatará, enxugará suas lágrimas,
curará suas feridas e o motivará a novas tentativas.
Estamos passando pelo treinamento que nos
conduz a independência, à maturidade e à perfeição, mas isso nunca deve ser confundido
com hipocrisia, mentira e subterfúgio emocional.
Vamos encarar frente a frente nossas
limitações, assumindo nossa dependência de Deus, nossas fraquezas espirituais,
clamando, chorando, rasgando não somente as vestes exteriores, mas o coração.
Porque Ele está ali, nos olhando, observando até onde chegaremos em nossa
viagem eufórica, sozinhos na bicicleta, flutuando pela vida, com o vento
batendo no rosto, livres, independentes...
Que achar o Pai? Pare, olhe para trás, volte e
abrace-o, agradeça pelo crescimento, por estar se desenvolvendo, evoluindo,
transcendendo. Mas nunca vá tão longe a ponto de perdê-lo de vista e não saber
mais onde Ele está. Ainda assim, se isto acontecer, quando você cair, tenha
certeza de que Ele estará ali, para te ajudar a recomeçar em sua jornada.
rafa - reparador