Apóstolo poeta!



Viajei pra terra do Messias, mas Ele não estava lá.
Quando cheguei, vi na placa que ressuscitou.
Por que será que fui lá procurar?

Foi ali que aderi à visão que multiplica.
Que mudou minha mente franciscana
em uma mente mais rica.
Na cidade que tem Juros Além,
a prosperidade está sempre garantida.

Sei que as almas que ganhei não sofreram mudanças,
mas cresci, dominei, até a mídia e a
atenção do mundo eu ganhei,
mas não gerei filhos pra Deus.

Minha ação não transformou, nem vida produziu,
o mundo ao meu redor não mudou,
até o político que elegi, caiu.

Eu fiz prosélitos, não filhos, eu fiz escravos, não livres.
Minha bandeira não foi o amor,
foi o carvão que movimenta a máquina à vapor.
Jesus não foi meu Senhor,
o prédio surdo, mudo, cego e coxo,
esse sim, foi quem me motivou.

Me tornei igual a ele, cresci, ganhei o mundo, perdi a vida. 
Vendi a alma por um prato de comida.
Troquei maná por guisado de lentinha,
perdi a herança, gastei a esperança
e o avivamento ficou só na lembrança.

Junto aos hinos de amor que hoje já não se cantam,
estão os livros que ensinam sem que ninguém aprenda.  
Narrando histórias sem que haja alguém que entenda.
Ainda assim, diante de uma reforma,
sempre tem alguém que remenda.

O Pai quis me chamar de filho
e o Filho quis me chamar de amigo,
mas preferi um outro título, algo mais forte, mais altivo,
que me deu mais destaque e poder sobre outros.

Uns me chamaram de apóstolo, outros de bispo.
Ser pastor não é mais um bom artigo.
Dar a vida ao invés de ser servido?

Prefiro o banquete com o rei do que
uma cruz ao lado do bandido.
Foi Jesus quem deu isso pra mim, sendo pobre em meu lugar!
Pois eu quis e escutei, que o melhor desta terra eu comerei.
Não sou dono deste mundo, mas sou filho do Rei.
Aleluia, Amém! 

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