Falácias na igreja
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Interpretar o que se vê, o que se lê, o que
se sente são desafios grandiosos!
Acredito que ao darmos um pequeno passo
adiante nas interpretações pode nos impulsionar para além dos próprios umbigos.
Enxergar o mundo da perspectiva coletiva,
adquirindo uma macro visão das coisas e seus sistemas nos conduz a uma
compreensão um tanto mais abrangente e podem nos levar a entender melhor a
batalha que vivemos.
Embora a corrente de pensamento desta era,
que visa fazer com que cada pessoa se sinta única, especial e exclusiva, seja
tão forte e convincente, o fato é que somos partes de um todo.
Somos tijolos da construção de uma história,
somos um grupo (concordemos com ele ou não), estamos todos inseridos em algo
maior do que nós mesmos, sobretudo, no campo das idéias!
Cada um de nós (observadores um pouco mais
ativos) defende e confia no que acredita, no que foi convencido, no que
impressionou a mente e impulsionou a vislumbrar as coisas por um viés
diferente.
É impossível fazer avaliações sobre pessoas
distantes, desconhecidas, mas podemos identificar linhas de pensamento ou
pequenos sinais de que uma bandeira está sendo erguida – mesmo que sutilmente –
em algumas conversas, ou textos.
Quem ouve ou lê, com um pouco de capacidade
de interpretação, pode perceber convicções e credos. Quando eu leio, também
gero meus conceitos prévios sobre alguém!
Contudo, há um lado ruim nisso, é quando as
idéias conflitam entre si, havendo discordância e pessoas, desonestas consigo e
com seu grupo de discussões, dão início a ataques frontais, citações pessoais e
acusações. No tema “igreja”, as frases mais comuns são: “acho que o amado irmão
está chateado!” “Suas palavras são frutos de uma alma ferida”. “Querido, você
foi magoado pela igreja, mas a igreja é como a Arca de Noé, está cheia de
animais”. “Abençoado, você se revoltou contra o sistema”.
Por favor, quanto blah, blah, blah!
Repetições desse tipo são falácias e desviam o foco das discussões que visam
promover novas idéias, apontando supostos defeitos na vida do observador.
Na história da igreja, essa prática imoral
sempre foi muito comum! O próprio Jesus, mesmo sendo uma bênção, foi acusado de
viver entre um povo de baixo nível e de ser um beberrão. Martin Luther King fez
uma grande revolução social, mas até os dias de hoje, é acusado por muitos
crentes de ter sido um adúltero, sem vergonha.
Irmãos, o mundo não precisa mais engolir essa
linha de pensamento preconceituosa e discriminatória. O mundo precisa de uma
igreja viva, livre e, para isto, temos debatido, discutido, temos feito a voz
da razão humana – submetida à interpretação histórica e profética da Palavra –
ser ouvida por grande parte do povo de Deus, em conferências, blogs, canções
etc..
Este é o movimento! Esta é a nossa vez de dar
nossa contribuição, trabalhando na formação de uma nova geração de cristãos que
pensa, que é capaz de responder à altura das expectativas de um mundo
mergulhado em trevas espirituais.
Como disse Pedro: “estando sempre preparados
para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da
esperança que há em vós”.
Chega de falácias, de acusações que tentam
minar a credibilidade do que alguém, que pensa diferente de nós, escreveu ou
disse. Ninguém está se candidatando a nenhum cargo político, somos todos
fragmentos de um todo chamado Igreja. Somos diferentes, pensamos de forma
específica, mas somos a manifestação da multiforme graça e sabedoria divina
para este tempo.