O dono do jogo



Um momento muito proveitoso na vida do ser humano é quando esse chega à consciência de sua finitude. Foi a sabedoria de Salomão que disse que há mais proveito na casa do luto, do que na casa da festa.
Temos muito a aprender com nossa insignificância individual perante o cosmos!

É desafiador saber que a obra de cada pessoa será provada, passando pelo crivo do tempo. Ao homem (indivíduo) é dada a oportunidade de viver e morrer uma única vez e, depois disso, a obra de sua vida será testada pelas novas gerações. Seu fruto permanecerá, ou simplesmente apodrecerá!

A igreja é um fenômeno explicável. Geração após geração, ela fica, permanece, está aí, solidificada como uma árvore milenar com raízes firmadas na Cruz e um tronco que espalha seus galhos por cada tempo, era, estação, lugar, cultura... impressionante!!
Mas como?

A diferença da Igreja é que ela não está sozinha, não é humana e não depende somente de quem defenda seus ideais. Ela é consolidada pela presença do Espírito que lhe foi legado pelo Senhor.
Não temos que ficar passando idéias e tradições pras próximas gerações (embora o façamos), pois o Espírito conduz cada geração santa e escolhida ao cumprimento exato de seu papel.

No campo das idéias, podemos não ser os mais evoluídos; nossa filosofia não é das melhores; não somos os mais inteligentes; nossa arte parece não ser tão boa quanto a dos "filhos das trevas", mas nosso Espírito é forte, pois ele vem de Deus e os que amam a Deus, cumprem seu projeto cabalmente, realizando a obra necessária - ainda que de forma inconsciente, às vezes - para que a Igreja esteja sempre aqui, testemunhando o Evangelho diante de cada geração humana no Planeta.

É como um jogo de xadrez, somos as peças e Deus o jogador. Ele já venceu e nós somos usados segundo sua sabedoria. Sejamos cavalos, bispos, torres... alguns de nós são sacrificados, outros fazem jogadas incríveis que entram para a história, mas a jogada brilhante é dEle, a Glória é dEle, tudo é dEle e nós, as peças, estamos confiantes e seguros em suas mãos.

Que privilégio!

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