Comunicando
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É
comum na comunicação das idéias ocorrer o efeito “telefone sem fio”, que se dá quando
uma frase é passada de uma pessoa pra outra com algum prejuízo ou acréscimo.
É
como se diz: "quem conta, aumenta um ponto!", provérbio que traduz
bem essa prática - ou vício - de cada vez que uma história é contada por
alguém, acaba sendo modificada.
Interessante
é que alguns desses provérbios, termos, frases feitas, axiomas, chame como quiser,
vão sedimentando conceitos que muitas vezes estão equivocados. Vemos isto
acontece em diversos ramos da comunicação.
Lembro-me
de um texto, em Hebreus, que diz assim: "E não vos esqueçais da
beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada".
Hebreus 13:16.
No
caso, o escritor não estava falando sobre o campo de conhecimento acadêmico que
estuda os processos de comunicação humana, mas sim da liberalidade em
compartilhar algo com os que precisam.
Acredito
que devemos estar sempre em constante processo de aprendizado na interpretação
do que lemos, ouvimos e aprendemos em todas as formas de expressão. Acredito
também que devemos nos tornar humildes para simplesmente assumir: "eu não
entendia tal coisa corretamente, mas o tempo me mostrou que eu estava
errado".
Vejo
muito pouco disso hoje em dia, seja na religião, seja na vida comum e secular.
Portanto, nos esforcemos em abrir a mente e o coração para novas formas de ver
a vida e interpretar os conceitos, estando sempre dispostos a aprender e
evoluir.
Abaixo
algumas frases curiosas que com o tempo passaram a ser interpretadas da maneira
incorreta:
“Cuspido
e escarrado” - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra
pessoa. (nojento). O correto é: ‘Esculpido em Carrara’. (Carrara é um tipo de
mármore).
“Batatinha
quando nasce, esparrama pelo chão”. Enquanto o correto é: “Batatinha quando
nasce, espalha a rama pelo chão”.
“Esse
menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro”. Correto: “Esse
menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro”.
“Cor
de burro quando foge”. O correto é: “Corro de burro quando foge!”
“Quem
tem boca vai a Roma”. O correto é: “Quem tem boca vaia Roma”. (do
verbo vaiar).
“Quem
não tem cão, caça com gato”. O correto é: “Quem não tem cão, caça como gato…” (ou
seja, sozinho!)’
Abraço,
Rafael
Cardoso