Consciência na hora do voto!



No fundo, no fundo, poucos se importam se o pobre vai comer, se o filho dependente químico voltará pra sua mãe na manhã seguinte ou se o sem teto vai ter onde dormir na próxima noite. Tudo o que todos querem é que chegue a sua vez! 
Não há quem se importe sinceramente com o próximo ou com a causa do injustiçado, só há os que julguem ter melhores idéias do que o outro.
Baseado em sua própria cultura, história, predileções partidárias e ideológicas, cada pessoa e grupo trabalha para ter a oportunidade de exibir e por em prática suas idéias. 
Poucos estão realmente comprometidos em fazer algo, colocando vida em nos ideais. Normalmente, nesta época em que muitos lutam para conquistar seu direito de colocarem-se em uma posição executiva e legislativa, as idéias são trazidas á tona como se fossem plataformas de salvação e mudanças. 
Muitos dos que estão agora falando, bradando o que farão já estiveram representados nas mesmas posições que ora pleiteiam em outras oportunidades e pouco fizeram. 
Realizar é uma tarefa muito mais complexa do que falar, ideologizar, debater...
A Bíblia diz que Deus chama a existência o que não é. O Homem não tem essa capacidade. O Homem pode transformar as coisas que já existem, moldando-as a partir de novas possibilidades e perspectivas. Sim, o Homem pode dar novas formas ao mundo, tenho esperança nisto! No entanto, sem antes sofrer suas próprias mudanças, internamente, nada pode ser feito. 
Nosso grande e mais grave problema atualmente se chama corrupção. A corrupção é um câncer, uma doença sem cura, um apodrecimento que não se reverte, a não ser por um milagre, ou seja, uma intervenção de força maior que venha mudar o imutável, curando o incurável, chamando a existência o que não existe. 
Minha conclusão, aparentemente cética e desesperançada, é que não se pode mudar sem antes ser mudado. 
Pra você que vai sair pra votar amanhã, peço que observe uma coisa antes de exercer seu ato de cidadania: veja se a vida desse candidato condiz com o teor de suas propostas. 
Se chegar a conclusão de que todos são falsificados, então, proteste anulando seu voto ou votando em branco. Ao contrário do que dizem, não há diferença alguma entre as duas modalidades de voto e ambas são legítimas, pois demonstram a rejeição do eleitor pelas opções apresentadas. 

rafael cardoso   
 

3 comentários:

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