Parecia ódio, mas era amor!
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Você me viu com a
faca na mão e pensou que eu vinha pra te ferir.
Você me ouviu falando
bem alto e achou que não era de bom tom.
Você sentiu o peso da
minha mão e se magoou por eu ser assim tão rude.
Você procurou em mim
a beleza dos artistas,
mas percebeu que eu
não era um.
Você tentou achar em
mim a riqueza dos felizes e prósperos,
mas descobriu que eu
era só mais um pobre na multidão.
Você esperou que
minhas palavras produzissem resultados,
mas se chocou ao ver
que eu não tinha a magia.
Mas com a minha faca
eu tentava abrir em seu pescoço
um buraco por onde pudesse
respirar.
Quando eu falava
alto, gritava procurando te fazer voltar à razão.
Quando dei um soco no
seu peito, queria fazer seu coração voltar a bater.
Tentando te mostrar
que a beleza era algo efêmero,
que dinheiro não é
sinônimo de felicidade e
que a verdade é um
poder ligado ao Eterno.
Rafael Cardoso