Irmãos!


Irmãos, já fui pastor, não sou mais. Já fui levita, hoje, não mais, já fui também cantor gospel, agora, não.

Com o passar dos anos, cada vez mais distante do cotidiano da religião evangélica, meus compromissos com qualquer tipo de orto-doxia-praxia, seja lá da organização eclesial ou linha teológica que fossem, aos poucos sumiram.
Portanto, saibam que não sou sacerdote ou membro de nenhuma religião, desde dezembro de 2005.
Essencialmente, no meu espírito, procuro seguir ao Messias, o Filho de Deus - ou melhor, perseguir.
Se hoje presto algum tipo de serviço, o faço em nome do meu Senhor à humanidade, não mais às instituições oficiais da religião, seja como músico, compositor, pregador, escritor...
Acredito piamente que amo e temo a Deus, a quem aprendi a chamar de Pai. Amo ao Cristo, o Filho, meu amigo, salvador, Luz da minha vida e creio no conceito disso tudo revelado em meu interior, numa figura mística que me foi apresentada com o apelido de Espírito Santo. 
E se quer saber: sim, eu sinto a chama desse espírito queimando em meu coração!
De qualquer forma, saliento que se ainda existe em mim algum sacerdócio, eu o chamaria de "real", aquele do "Corpo Vivo", das "Pedras Vivas", da "Lavoura de Deus". Esse "trabalho", em meu entendimento, é baseado na fraternidade, na liberdade e na igualdade de todos os que comungam da fé cristã - confessional ou não, articulada ou não, membros ou não de algum corpo coletivo - submetidos em amor a uma inteligência espiritual soberana, pra mim, único Ungido de Deus, representante de seus 'negócios' na Terra, seu Filho, meu Rei e Senhor.
Assim sendo, se ainda há alguma constituição em minha mente, ela não é segundo uma ordem/hierarquia humana, mas é daquelas que são reveladas no íntimo das pessoas, em seu espírito. Portanto, não trabalho com imposição de ideias (as minhas e as de outros), apenas divulgo, compartilho conforme entendo e creio, sendo impelido, em amor, por minha consciência cristã.
Por fim, quero frisar que sou livre, estou livre e ajo conforme essa consciência, não sem antes procurar ouvir do Pai, da família, dos irmãos, dos sábios, da Bíblia, dos filósofos, dos profetas e poetas... e ainda assim, o risco de errar é grande!
Se algum dia, alguém se sentiu, ou vier a se sentir ofendido comigo por minhas revelações não ortodoxas, por favor, tente me ver como alguém diferente - que por algum tempo viveu na mesma religião que você, mas que não vive mais. 
Não desejo cuspir no prato que por anos comi, no entanto, vendo o que vi e vivendo o que vivi, simplesmente decidi: "antes só que mal acompanhado" e dizendo isto, não falo de pessoas, mas do Sistema, ok?
As pessoas continuam lindas pra mim. Ainda acredito nelas, ainda tenho fé, ainda as amo!
Por isso, se puder, pense em mim como alguém que está na mesma busca que cada ser humano empreendeu ao andar pela face deste mundo: a busca pela razão, pelo sentido, pelo porquê!
Diferentes na forma, em essência, contudo, somos todos iguais, seguindo por trilhas distintas; somos todos pecadores, apesar de comumente acharmos que o 'vosso' é sempre pior do que o 'nosso'.
Ademais, quanto a possíveis choques que minhas posições venham causar, peço perdão e se der, que entre nós reine a Paz do Senhor!

Abraço,

Rafael Reparador

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