“E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas”. Marcos 6:34.
Como Igreja na face da terra, corpo místico instituído por Jesus, é requerida de nós uma renovação de mente constante no que tange à missão. Geração após geração, temos sido confrontados acerca de nossa relevância perante a sociedade na qual somos plantados.
O Senhor nos fincou na terra e requer de nós os frutos, isso é fato. Como lâmpadas, fomos colocados num lugar de destaque a fim de iluminarmos todas as pessoas.
Esse é o papel da Igreja, iluminar, frutificar...
Acontece que esse papel só poderá ser desempenhado de forma eficaz, quando os princípios de nossos corações estiverem bem alinhados com os princípios do coração de Jesus.
O texto acima, mostra com clareza o coração e a atitude do Mestre perante uma geração perdida.
Ali diz, antes de mais nada, que Ele viu a multidão. Não olhou somente, fazendo aquela vista grossa que fazemos diante de um mendigo pidão, Ele viu e traçou um raio X do que se passava no interior daquele povo.
Certamente, todos estavam trabalhando, correndo com suas vidas como é peculiar em uma grande cidade. Pessoas pensando nas compras da casa, nas prestações, no médico da família, na escola dos filhos. Enfim, estavam todos vivendo a vida normal da metrópole.
Mas Jesus viu além disso!
Ele identificou o vazio existencial no âmago das pessoas e sabia exatamente o que lhes fazia falta: um Pastor!
Importante notificar que o princípio ativo da visão de Jesus não é outro senão a compaixão. Ele olha e vê além porque é um homem compassivo, sendo capaz de se identificar com os problemas e carências de todo o povo de uma cidade.
Forte isso, não?
Ponho em dúvida sobre a legitimidade do princípio ativo na vida de alguns ministros do evangelho. Parece-me que muitos têm pregado a mensagem e edificado templos em torno daquilo que os apóstolos Pedro e Paulo chamaram de “torpe ganância”. Definitivamente, isto não era o que movia o Senhor em sua obra na terra.
Por fim, após todo esse processo interior na vida de Jesus, nós o vemos fazer uma coisa simples e extremamente objetiva: “começou a ensinar muitas coisas ao povo”.
Irmãos, eis nossa função neste tempo: ensinar ao povo!
Sei que pra alguns, isso parece extremamente simplista e receio que seja, mas só espero que consigam entender isto aqueles que de fato já possuem dentro de si este DNA da compaixão. É essa essência que nos fará enxergar a mazela social do povo ao nosso redor, bem como o potencial para suprir sua necessidade.
Está tudo dentro de nós, só precisamos crer, nos identificar, enxergar e compartilhar.
rafa,
na revolução