Contra o neo baalismo


E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas...”.

I Pedro 2:3

Avareza é o amor pelo dinheiro e segundo a Palavra é uma forma de idolatria!

Temos uma impressão cultural de avarento como sendo aquela pessoa que segura demais a grana, tipo, o mão de vaca.

Não vejo mais dessa forma desde que conheci uma pessoa que muitos diziam ser avarenta. Com o convívio descobri que ele é mão de vaca, não avarento.

Mão de vaca cuida de maneira exagerada o que tem. Ralou para chegar em algum lugar, para ter alguma coisa e tem zelo (às vezes demais por suas coisas).

Mas tudo não passa de um zelo, não chega a ser idolatria, ao meu ver.

O avarento é alguém que ama, adora e faz qualquer coisa para conquistar o dinheiro ou algum outro tipo de bem. Ele tem paixão obstinada pelas coisas e pagará o preço que for necessário para alcançar seus desejos. O avarento é um idólatra porque tem veneração pelo poder que o dinheiro lhe dá.

Muitos põem suas vidas a negócio, abrindo mão de conceitos morais, de éticas de família e de fé, afim de alcançar o objetivo. As finalidade justificam quaisquer meios, para eles.

Na igreja, há muitos que estão transformando almas em negócios, com o fim de alcançar suas metas pessoais.

Isto é avareza!

Quando um pastor manipula a Verdade revelada, a Palavra espiritual e pura, que é poderosa para salvar e abençoar pessoas, ele está vendendo aquilo que de mais precioso foi deixado para a humanidade encontrar-se com seu Deus.

O legado divino transformado em moeda, em negócio. Tudo por causa da avareza.

Quando o povo andava pelo deserto, Deus os preveniu sobre os deuses de Canaã. Não adiantou nada!

No deserto, todos se lembram de Yaweh, porque Yaweh é o Deus que provê nossas necessidades, nos ajuda em tempos de angústia, tira água da rocha em um lugar escasso.

Mas quando entramos em Canaã, passamos a lavrar a terra.

Veja que mistério: no deserto olhamos para o céu, pois só de lá pode vir o suprimento. Na terra prometida, olhamos para a terra, pois dela virá o nosso sustento. Mudamos de foco!

Yaweh é o Deus do deserto, mas na terra prometida, quando passamos a desfrutar do melhor da promessa de Deus em nossas vidas, saímos da visão dele e passamos a vislumbrar em outra direção. Baal!

Baal é muito mais coerente com o novo status que temos. Quando estávamos no deserto, estávamos desesperados, não havia terra pra lavrar, não havia água pra regar, só Yaweh poderia nos salvar e nos manter vivos por tanto tempo numa situação tão adversa.

Mas agora, estamos em Canaã, aqui mana leite e mel. É só plantar, regar e colher fartamente.

Agora, Baal faz muito mais sentido pra nós, pois ele é o deus de Canaã, que sempre deu colheitas fartas para os cananeus, sempre deu muitos filhos às suas mulheres, sempre manteve a terra fecunda e os animais férteis.

Abram os olhos, irmãos! Muitos dentre nós, evangélicos, perdemos o foco do deserto e confundimos a visão de Deus.

Essas doutrinas de semeaduras e colheitas são as mais perfeitas manifestações contemporâneas do baalismo. Fujam disso enquanto é tempo, voltem para o Senhor.

Yaweh nos espera, Igreja!!

rafa,

contra o neo baalismo!

3 comentários:

Anônimo disse...

poxa! já to perdendo até a eperança com a situação da igreja envagélica atualmente. Isso já chegou até na congregação que frequento e participo do louvor. Uma história de pulseira da prosperidade arrolada com um projeto de vida dentro de um envelope onde iria também uma oferta de "sacrifício", onde até mesmo pessoas que eu acreditava não concordarem com isso me disseram que isso é uma forma de materializar a fé. Talvez eu esteja errado, já que só eu estou na contra-mão segundo um irmão lá.
Meu sincero desabafo.
Paz e graça.

Rafael Reparador disse...

Tchê, isso é uma praga que tomou conta de nossas congregações, por causa das mega igrejas televisivas. Em duas décadas, conseguiram mudar completamente o foco da pregação da igreja evangélica brasileira.
Trocaram as coisas do Alto pelas coisas daqui...
É feia a parada, meu irmão!

Vendo eu estas coisas, não deveria lutar contra elas?

Me ajude a divulgar essa mensagem, fale sobre ela, copie e cole, explique para os irmãos que há muito mais do que simplesmente uma prosperidade passageira e terrenal em jogo.

Rafa

Sandra disse...

Ouvi a Cris dizer um dia,"cada ovelha um cifrão",infelizmente é a verdade diante dos nossos olhos,para quem ainda enxerga.

Tem um povo que não se dobra diante de Baal.Talvez sejamos uma minoria,um pontinho,mas é bom lembrarmos que uma faísca faz um grande estrago.

Um grande abraço!