Geração Jonas
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O profeta foi chamado, mas, ao pegar o barco,
desviou-se do caminho e seguiu no rumo do mundo.
- Vou pra onde o resultado virá - ele pensou
- pois preciso ter o mínimo pra me sustentar.
Por amor e por graça, medo e incompreensão, foi
lançado no mar, virou comida de peixe e lá no meio das trevas se pôs a pensar.
- No começo eu tinha um caminho, uma palavra
e uma visão. Sabia exatamente o que fazer e estava tão cheio de convicção –
lamenta! - Onde foi que eu caí, mostra-me, Senhor. Ajuda-me a voltar ao meu
primeiro amor.
Muitos, hoje, estão no ventre do grande peixe,
vivendo em trevas solitárias em virtude de suas buscas pessoais e/ou institucionais,
empreendidas sempre em oposição a vontade de Deus!
Sobretudo, quando se trata desse viés capitalista,
que encara o sistema de coisas com a mente no resultado, no ganho e na
conquista, fugindo da missão, enveredando em rumo ao lucro.
É necessário abrir mão de todo pensamento e conduta
que não se encaixa na visão comunitária da Igreja de Jesus.
Esta não é uma questão espiritual,
meramente... é ética e moral.
É a ética do Cristo, ao qual a Igreja representa,
que está em jogo.
É a piedade do Mestre que deve ser imitada e
não os vistosos e podres frutos apresentados pelos profetas midiáticos e seus mega
empreendimentos ‘da fé’.
Não venda a alma, o chamado e a vocação,
trocando o destino divinamente inspirado por uma vida de conquistas terrenais. Não
troque o dom herdado por um alimento passageiro.
A casa permanente não é aqui e a herança também
não será desfrutada aqui. Aqui é lugar e tempo de acreditar, ser um pequeno
Cristo e imitar as suas obras, enquanto o ganho maior fica reservado para onde
a traça não come, nem a ferrugem corrói.
Espero que ai sair de onde está, saia com uma palavra poderosa nos lábios, capaz de converter nações inteiras ao arrependimento.
Rafael Cardoso