Eu e os ricos




Gosto de história, de Bíblia e leio tudo o que posso, procurando formar uma lógica em meu mundo de intensos e variados pensamentos. Dizem, atualmente nas igrejas, que Jesus era rico. Não sei se Jesus era rico! Sei que seus pais não eram, pois está escrito na Bíblia (que não é livro de história) que eles ofertaram no Templo a oferta devida a uma família pobre, ao seu nascimento.
No mais, Jesus andou em profundo desapego na terra, é o que sabemos. Não tinha onde reclinar a cabeça, não tinha casa, não teve nada, tudo era emprestado - ao que parece – e até sua sepultura “entre os ricos”, foi emprestada.
Se a gente lê Isaías 53 fica bem difícil acreditar que Jesus era rico, sinceramente.
Na real, a teologia da prosperidade é tão bíblica quanto o Karma, aliás, a Bíblia e o seu livre exame defendido pela Reforma são as bases de todos os conceitos cristãos que temos em cada era. Enfim, somos livres por aqui. Podemos acreditar no que quisermos, concluir o que melhor nos satisfaz... somos livres!

(Penso até que essa liberdade toda de tão mal desfrutada ta dando nisso que estamos vendo hoje, ou seja, em naufrágio. Mas isso é outro assunto!)

Eu digo que tenho muito contra os ricos, mas procuro ñ deixar que isso ifluencie minha visão para encontrar os fiéis no Senhor. Falo isso por pura discriminação da minha parte e quero dizer que não sinto liberdade diante de gente rica, nem gosto de estar por perto deles.
Aliás, não gosto de gente que usa traje esporte fino com bermuda e que fica falando de viagens internacionais, papos "pra mim" esnobes e sem identificação com a realidade que eu próprio vivo. 
Repito, discriminação mesmo, preconeito meu!
Eu gosto de povo, gente que fala de música, de luta, de futebol, de poesia, de grafitti, tattoo, punk rock, reação popular, trabalho, levantar cedo, estudar de noite... é uma coisa minha.. me dou melhor com esse tipo de gente (isto é meu, particular, gosto de gente mais ‘gente’).

Em palavras do próprio Jesus: "eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus", em Mateus 19:24, vemos que os ricos, que é em muitos casos é um idólatra, estarão em grandes apuros no Juízo. 
Acho que o conceito também se estende a pastores milionários!! Acho que estarão em apuros... no meu céu, estariam com dificuldades, certamente. 
Não gosto de pastores ricos também e sinto por eles um sentimento ainda pior do que sinto pelos ricos 'seculares'. Acho o pior tipo de rico é o que oprime o pobre (e o princípio da riqueza é bem complicado, pois pra ter um rico, tem que ter um monte de pobres pra pesar na balança da injustiça social.
Quando o rico ficou rico com o dinheiro ofertado pela fé que pessoas muito pobres depositam em seus ministério, então... fico enfurecido!
Não sou Deus, se fosse já teriam sido fulminados. No entanto, embora poucos acreditem, tenho dentro de mim um sentimento de zelo profundo pela justiça, pelo Reino, pela Noiva e pela Sã Droutrina. Acho sinceramente que esse zelo vem de Deus, esse fogo que arde em minhas vísceras, vem do Espírito e essa revolta é fruto da vida de Cristo em mim.

Rafael Cardoso

1 comentários:

Unknown disse...

Gosto muito da mensagem do filme "A Lista de Schindler" em que mostra a transformação (conversão) de um homem que parecia "salvar" outras pessoas, mas que enriquecia com isso. Justificava sua riqueza como negócios e poder ajudar as pessoas, porém, quando realmente se interessou em salvar as pessoas, gastou toda a sua fortuna ao perceber que cada traço de sua riqueza poderia salvar vidas.

Poderia Jesus Cristo e seus discípulos ostentarem riquezas terrenas enquanto pediam aos outros para venderem tudo e distribuir aos pobres?
Sendo assim, não seria mais rico o próspero de espírito do que o próspero de bens materiais?

Por acaso a parábola do Rico e o Lázaro não é também aplicável aos líderes religiosos?
E qual líder religioso capaz de resistir as tentação no deserto afim de possuirem todas as riquezas da terra?

Então dirão que o DIZIMO é bíblico:
Se o dízimo foi fundado Antes de Cristo por Jacó como sacrifício à Deus de 10% de sua produção em grãos e gado, que seriam queimados em holocausto e disto não serviria de alimento ao homem, mas de fumaça para o céu... Se Jesus proclamou-se como o último sacrifício, não seria o dízimo Depois de Cristo uma forma de negar a Cristo?

De 100 moedas com o rosto de César, poderiam 10 (o dízimo) adquirem a esfígie de Deus? Poderia o homem pedir essa parte para Deus e tomá-la para sí, roubando assim a Deus, usando como meio a cobrança de dízimo e oferta? Poderia o homem quantificar e negociar com Deus? À Deus o que é DEle, e sua moeda está nos "deveres de casa" que nos aconselhou em Seu evangelho.

Raças de víboras que fogem da ira vindoura, querem herdar os céus e clamam " Senhor, Senhor" enquanto usam o nome de cristãos, mas fogem de ser como o Cristo. Sendo somente seguidores de Judas, vendem o Cristo.