Jesus, cheio do Espírito, foi levado ao deserto, onde sofreu fortes provas e tentações durante 40 dias.

Sua experiência não serve somente como um símbolo para nós, mas é um modelo de procedimento e postura para cada crente que enfrenta sinceramente sua jornada de fé perante o mundo.

Quero trazer uma meditação minha sobre essa dependência radical do Senhor, mas, para isso, devemos primeiramente entender algumas figurações dentro deste cenário que podem orientar nosso entendimento.

I- Jesus foi enviado por Deus ao deserto e, em total obediência, cheio de unção, autoridade e poder passou por terríveis provas, que exigiram o máximo de sua fé na posição de Filho de Deus. Isso pode contrariar algum tipo de doutrina absolutista de triunfalismo evangélico, mas insisto que suporte isso e vá adiante, pois pode responder a algumas questões de sua jornada pessoal.

II- A ocorrência se deu no “deserto”, lugar que simboliza profeticamente as provações e lutas espirituais do povo escolhido, ou seja, isso é parte integrante e natural da jornada cristã.

III- Jejum é um símbolo de quebrantamento, humilhação e obediência total e disciplinada ao propósito de Deus, o que também são partes integrantes e naturais da jornada cristã.

IV- Após sua grande luta, Jesus teve fome. A fome representa nossas necessidades imediatas como seres humanos e sinaliza que todos nós temos fraquezas ou anseios que desejamos suprir.

Veremos a seguir que essas fraquezas e anseios estão contidas em três esferas da vida humana, as quais vou denominar adiante de economia do corpo, economia da alma e economia do espírito.

É na hora da fraqueza, quando podemos estar sendo privados de elementos fundamentais para nossa vida normal, enquanto estamos teoricamente mais vulneráveis diante dos ataques malignos, que podemos extrair uma força sobrenatural de nossas reservas mais profundas, onde se encontram as convicções, os fundamentos éticos, morais e espirituais. Isto irá nos solidificar como filhos de Deus, tornando-nos aptos para testemunhar de Cristo perante nossa geração.

1- Economia do corpo – a fome

Na economia do corpo, temos algumas necessidades básicas, as quais são muito bem conhecidas de todos. A mais comum delas é a necessidade de comida.

O diabo disse para Jesus: se você está com fome, então use sua autoridade e poder de filho de Deus para saciá-la.

O dom de Deus que está sobre nossas vidas, o talento, o chamado, o ministério que nos reveste são bens inegociáveis, segundo a postura de Jesus. Ainda que o mesmo estivesse com muita fome, tal como Esaú, irmão de Jacó, ele não teve a mesma postura daquele, que vendeu sua primogenitura para saciar sua necessidade imediata.

Todos nós seremos tentados nessa área, sempre!

Quando o sapato do missionário ou pregador aperta e ele está no meio daquilo que chamamos comumente de “pela fé”, essa é uma possibilidade muito real para qualquer ser humano.

Transformar pedras em pães é uma proposta diabólica que nos incita à loucura de usar o poder que temos para saciar uma necessidade temporal.

Acaso Deus não saberia que um de seus chamados está passando necessidades junto com sua família no meio da batalha?

Não devemos cair no erro de Esaú, o qual vendeu sua identidade, seu destino em Deus por causa de sua fome. O meu e o seu ministério pertencem a Jesus e não podemos transformar isso em meio de sustento, comercializando nosso chamado, negociando seu Nome, sua bênção e seu carisma em troca de bens temporais.

- A resposta de Deus: ao me colocar debaixo da dependência divina, acreditando até as últimas conseqüências que sua provisão virá em tempo oportuno, o caminho para o socorro é aberto.

Precisamos de coisas, de pão, de roupas, pagar as contas da casa, mas antes disso, precisamos estar conscientes de que a bênção de Deus e a harmonia com sua Palavra são meus bens mais caros. Sustentar-me sobre esse fundamento é provar de uma dependência que me arremessa á fé verdadeira e radical, sem a qual é impossível agradar a Deus.

2- Economia da alma – reconhecimento humano

Quando tudo está tão duro, quando os recursos são tão escassos, quando precisamos urgentemente de algo que nos motive para a Obra, de repente, somos levados a um lugar muito alto, donde teremos um vislumbre sublime e altivo de uma vida que qualquer ser humano gostaria de desfrutar.

Lembre-se que estamos no meio do deserto, em pleno estado de tentação humilhante e, dum momento para outro, somos tirados da cova e arremessados ao topo dos montes deste mundo.

Uau, que coisa de Deus – certamente diremos!

O missionário que estava enfurnado nos confins da terra é convidado para pregar na maior igreja dos Estados Unidos, onde fala algo que deixa o auditório completamente extasiado, ganhando uma oferta de milhares de dólares. Consegue ver a situação?

Mas irmão, Deus não pode estar nisso, você me perguntaria? Sim, é claro, respondo, Ele está em tudo! Lembremos que foi Ele quem conduziu a seu Filho para o deserto a fim de ser tentado pelo Diabo.

Existem situações na vida em que não podemos nos iludir com aquilo que chamamos de oportunidade ou momento, sob o argumento muitas vezes ilusório de uma palavra rhema. O que está em teste aqui é o caráter de um filho de Deus, alguém que está sendo provado duramente para que possa tornar-se um testemunho fiel perante uma geração.

Deus dá oportunidades? Sim, mas quem dá o reconhecimento e a fama dos homens, trazendo visibilidade aos seus preciosos talentos e carismas?

“A mim me foi dado e eu dou a quem eu quiser”, o Diabo disse para Jesus.

Perante o sistema de mundo que conhecemos, com suas escalas e padrões de valores, sucesso, moralidade e religiosidade, se levarmos a sério o modelo de vida de Jesus, nos tornaremos meros intrusos.

A proposta do Mau é a de reverenciarmos os padrões deste mundo, nos rendendo aos seus moldes de sucesso e moralidade. É dentro desse contexto que encontramos os ídolos erguidos pela humanidade no esporte, na música, no cinema, os quais, com raríssimas exceções, são péssimos modelos humanos.

Adorar a Satanás não consiste simplesmente num ritual de magia negra, mas num modelo de vida baseado nos padrões que ele impôs. Como seguidores de Cristo, nossa vida deve seguir outro rumo completamente distinto desse.

Enquanto o diabo quer oferecer um lugar de honra dentre as celebridades deste mundo para você, no qual será reconhecido e bem pago por seus talentos naturais, ou por seus serviços prestados à humanidade, Jesus oferece compartilhar uma cruz pesada e um cálice amargo.

Parece meio desproporcional e duro de se aceitar, mas se te pregaram um outro Evangelho, comece a repensar sua teologia a partir de hoje, aproveite também para começar a ler a Bíblia, para que nem eu nem ninguém, possa te enganar com vãs filosofias humanistas e diabólicas.

- A resposta de Deus:

O apóstolo Paulo considerou todos os seus títulos e reconhecimentos humanos como esterco. Ele foi um exemplo de alguém que pegou tudo o que tinha e entregou no Altar de Deus, como um anátema, ou seja, uma oferta sem volta.

No Evangelho pregado por Jesus, do qual ambiciono ser seguidor, a Lei principal consiste em amar o nosso Deus acima de todas as coisas.

Neste mesmo Evangelho, somos um povo eleito, adquirido com exclusividade para Ele.

Não há como servirmos a Deus e ao reconhecimento dos homens.

Você quer ser exaltado? Então lembre-se de que Jesus foi exaltado, recebendo um nome acima de todo nome, nos céus, na terra e debaixo da terra, perante o qual todo o joelho se dobrará e toda língua confessará, não sem antes, contudo, ter passado pela Cruz e ter bebido do cálice.

Adore ao nosso Deus com tudo o que você tem, abrindo mão dessa glória ilusória e temporal oferecida pelo Mal.

3- Economia do espírito – orgulho e presunção religiosa

Pecado comum em todas as gerações da Igreja na terra, a presunção religiosa tem sido uma chaga recorrente e um erro do qual todos os ministros da fé devem aprender a fugir.

O topo da torre do Templo de Jerusalém, para onde o Diabo levou a Jesus, simboliza um alto posto da religião entre os homens. Uma espécie de Torre de Babel.

O próprio Deus foi quem estabeleceu sacerdotes, juízes, profetas, pastores, apóstolos, presbíteros, enfim, todos os ministros constituídos na terra, os quais são capacitadas para falar e agir em seu nome e a seu serviço perante os homens. Contudo, ao subir no topo da torre, o diabo propôs a Jesus que Ele se auto proclamasse autoridade espiritual sobre o povo. Ele quis fazer Jesus ver que poderia exercer domínio através de sua doutrina.

Não conseguiu com o Senhor, mas conseguiu com muitos outros, concorda?

Ao sugerir que Jesus se precipitasse lá de cima, sob a promessa bíblica de que os anjos do Senhor iriam socorrê-Lo, o diabo lançou uma falsa rhema para Jesus. Interpreto essa tentação vendo o diabo falar da seguinte maneira: “querido, você está no topo, está no mais alto posto onde um homem pode estar, acima de você só existe Deus. Sua autoridade e espiritualidade é incontestável e tudo o que você fizer daqui de cima, do auge de sua soberania sacerdotal, Deus irá sustentar”.

Consigo relembrar algumas profetadas desse nível ouvidas na minha caminhada. Na própria Bíblia encontramos exemplos disso, onde falsos profetas estimularam reis a sair em guerra, sob palavras de vitória que Deus não havia decretado. Nem precisamos dizer que todos se deram muito mal.

Assim como Jesus naquela ocasião, talvez alguns de nós estejamos passando por um momento de tentação em meio a um deserto espiritual. Neste instante, o Inimigo das Nossas Almas, procurará enganar, induzindo-nos a uma loucura em nome de Deus. Entenda, qualquer coisa que façamos dizendo: “Deus me deu esta direção”, não tendo dado, é loucura.

Muitas atitudes insanas têm sido empreendidas em nome de Deus e do Evangelho através da história. No passado, pessoas foram mortas, povos dizimados, hereges perseguidos e torturados, hoje em dia, mega denominações cristãs constroem impérios para seus papas, apóstolos e bispos, alguns dos quais terminam suas carreiras sendo envergonhados, tachados de impostores, desmascarados publicamente em uma relação obscena com o dinheiro e, não raramente, envolvidos em situações imorais dos mais baixos níveis. Tudo isso em nome de sua religião, sentados no alto da torre de seus templos e, como loucos, lançam-se em empreitadas embasadas em falsas teologias.

- A resposta de Deus:

Jesus disse que não podemos tentar ao nosso Deus. Nada que o homem faça poderá manipulá-Lo e qualquer um que pense ser alguma coisa, não sendo, engana-se a si mesmo. Sua atitude não passa de presunção religiosa, arrogância e orgulho que repelem a graça de Deus, pois Ele dá preferência aos humildes.

A única maneira de fugirmos dessa loucura é aprendendo a viver na disciplina da humilhação. Ela é a marca do verdadeiro homem que Deus usa.

Humilhação significa não fazer nada que não seja a plena e convicta vontade de Deus, para que, após a sua obediência, Ele olhe do céu e diga: este é meu filho amado em quem tenho prazer.

Quem dá mais prazer ao Pai senão o filho que nEle acredita e obedece suas palavras?

A resposta de Jesus é a mesma que o Pai quer ouvir de cada um de nós diante da tentação de nos tornarmos líderes presunçosos e autoritários: não vou forçar Deus a fazer nada!!

Não caia nas ciladas astutas do nosso Inimigo. O Mal é uma instituição muito convincente e em momentos de provação do deserto nos tornamos pessoas mais vulneráveis para suas propostas indecentes. Contudo, é também nessas circunstâncias que o joio é separado do trigo, os bons dos maus, onde os justos são diferenciados dos injustos e os humildes se destacam dentre os arrogantes.

rafa

A religião evangélica tem se tornado tão complexa e tão cheia de novidades, com revelações que parecem não ter mais fim.

Enquanto caminhamos na vida comum da Igreja, uma série crescente de ensinos e doutrinas têm sido passadas ao rebanho de Deus com o status de grandes e últimas notícias do Reino.

Observe que a nova linha de ensino cristão não prima mais que alguém aprenda a ouvir e discernir no Espírito, passando a viver uma comunhão direta com o Senhor da Igreja. O mais comum hoje é que todas as pessoas ouçam e sigam continuamente a diretriz daqueles que detêm os royalties do Reino com o acesso irrestrito ao povo através do púlpito. Isto não só tem transformado pessoas em massa de manobra, como as tem impedido, muitas vezes, de chegar a uma maturidade espiritual.

Na “arte do evangelismo pessoal” a frase você já conhece Jesus? é praticamente imprescindível. Contudo, fazer a obra de um evangelista, conforme os padrões de Paulo passados ao discípulo Timóteo (II Tim. 4:1-5), vai além de uma mera apresentação do Senhor, mas consiste em pregar, repreender, exortar com insistência e com muita paciência.

Fazer Jesus conhecido e torná-lo íntimo das pessoas é uma obra extraordinariamente exaustiva e deve ser o exercício primordial de nossos ministérios.

A criação crescente de novas linhas de pensamentos doutrinários, denominações, visões, apostolados e moveres espirituais têm gerado uma incontrolável multiplicação de tradições e filosofias.

A igreja dos Colossenses foi advertida a ter cuidado para não se aprisionar por meio dessas tradições humanas, as quais são operadas segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo.

- Rudimentos são o mesmo que noções iniciais, as primeiras impressões sobre algo, um conhecimento pouco aprofundado.

Muitos cristãos têm apoiado sua fé neste tipo de conhecimento que, conforme Gálatas 4, são esquemas doutrinários fracos e pobres, muitas vezes baseados em observação de datas, de festas e de lugares sagrados, além de tradições antiquadas e incoerentes com o Evangelho, como no caso das tradições judaicas.

Tais disciplinas religiosas, possuem aparência de justiça e piedade que dão uma falsa sensação de conforto e satisfação espiritual, não produzindo, contudo, espiritualidade verdadeira.

A contra proposta diante desses ensinos vãos é o conhecimento da vida de Cristo, pois em sua pessoa habita corporalmente toda a plenitude da Divindade, tendo consigo encerrados os segredos de Deus, suas virtudes e seus tesouros de sabedoria e ciência.

1) Quem é Jesus?

Ele é a verdadeira religião. O verdadeiro médium, a ligação entre Deus e o Homem. (muitos crentes dependem de outras pessoas para se relacionar com Deus).

I Timóteo 2:5

O ministro da verdadeira Casa de Deus, que não está baseada na Terra e não foi fundada por homem algum. (muitas igrejas pertencem a homens e convenções).

Hebreus 8:1-4

O único caminho, no qual não há sombra de dúvida ou variação, a verdadeira esperança da vida.

O próprio Deus viável, disponível e acessível.

Ele é a pessoa que detém a direção, a idéia e a virtude fundamentais para reconduzir o ser humano ao projeto eterno, que é o reencontro com o Pai.

João 14:6

- O andar da religião baseada nos rudimentos do mundo é incerto, errante e variável, por causa da constante necessidade de se agregar novos conhecimentos ao que já se possui. Em Cristo, tudo está pronto, está na pessoa dEle e conhecê-lo em profundidade nos fará andar em fundamento sólido.

2) Quem é a Igreja?

Muitas pessoas fazem parte de uma igreja, mas sabemos que nem todos os seus freqüentadores caminham sólidos em uma base de fé no Senhor.

Arrisco a dizer que “há muitos que vão à Igreja e alguns que são a Igreja”.

Sobre essa gigante diferença, proponho uma reflexão:

O texto de Mateus 16:13 – 19 narra o episódio quando Jesus interroga seus discípulos mais chegados, procurando saber o que se dizia sobre ele dentre os que o seguiam.

A grande maioria das pessoas dizia que Ele era o ressurgimento de algum profeta, como Elias, Jeremias ou João Batista.

Os profetas citados, por maiores que tenham sido, eram homens comuns. Havia profetas antes, durante e depois dos tempos de Jesus.

- Profetas são tidos como oráculos, gurus, homens iluminados que possuem dons especiais, videntes capazes de contemplar o que os “normais” não vêem.

Os profetas eram e ainda são procurados pelo povo para ter seus problemas solucionados e suas perguntas respondidas, ou seja, eles são entidades muito úteis para pessoas místicas.

Note que as multidões procuravam estar perto de Jesus por causa de suas capacidades em curar enfermos, multiplicar pães e realizar coisas miraculosas. Eles os viam como um profeta capaz de resolver suas demandas.

Assim é hoje, quando multidões vão aos templos evangélicos em busca de uma cura, uma solução para os problemas financeiros, a libertação de um filho das drogas, ou um marido do vício do álcool.

Muitos, ainda hoje, enxergam Jesus da mesma maneira que aqueles seguidores enxergavam, como um profeta milagroso, uma espécie de curandeiro solucionador de problemas imediatos, que multiplicava pães e agora multiplica dinheiro, que curava a lepra e hoje cura o câncer e a Aids.

Mas havia alguém entre os discípulos que via algo mais em Jesus. Que havia percebido em seu espírito que o Mestre representava muito mais do que um novo profeta, exorcista ou místico.

Pedro disse: Você é o Ungido, o Filho de Deus!

Aquele acerca de quem os profetas falaram, sobre quem Moisés e Davi profetizaram. Não apenas mais um profeta, mas o cumprimento das profecias! Não é a nova onda da adoração, o novo mover do espírito, nem uma nova unção, Jesus é o Ungido, o Filho e a Imagem do Deus invisível sobre o qual repousam todos os segredos e mistérios eternos da Criação.

Saber disso não é para todos! Ver Jesus e entender que se trata do Filho de Deus, Senhor absoluto e Rei sobre tudo é fruto de uma visão sobrenatural, uma revelação concedida pelo próprio Pai da luzes. Uma iluminação interior que rompe as trevas ignorantes dos pensamentos e tradições humanos, despertando uma nova dimensão de relacionamento com Ele, que é a verdadeira perspectiva da Igreja.

Acerca da resposta de Pedro, Jesus disse: “sobre esta pedra edificarei minha igreja”.

Não é Pedro quem é a pedra, mas a confissão de Pedro, a revelação concedida pelo próprio Deus Pai.

Esta não é mais uma revelação humana, mas a Revelação vinda direto do Trono da Graça.

É perante essa plena convicção que as portas do inferno não podem prevalecer, pois dentro da Igreja Verdadeira repousa um poder sobrenatural imutável, que independe das mudanças e variações do pensamento humano.

Não é uma doutrina assoprada pelo vento, nem uma filosofia nascida na mente mais brilhante, essas coisas pertencem aos rudimentos deste mundo.

É no verdadeiro conhecimento de Cristo que se encontram as chaves do Reino dos Céus, as quais lançamos mão a fim de fazer vir a realidade Celeste para a terra, estabelecendo suas virtudes por onde a Igreja passar.

Salvando, curando, libertando, convencendo aos pecadores, testemunhando diante do mundo, mas, sobretudo, obtendo uma clara convicção de quem somos, através de um revelação de quem é Jesus, seu senhorio e sua divindade.

"Seja pai de seu sonho, adote-o e ame-o como um filho que Deus está gerando em vc. Dê o melhor alimento e faça-o viver a serviço do rei e pode crer que ele te dará muitas alegrias quando for maduro".

Rafa

Eu sei que se tu traduzir — ou tentar — não irá sair bulhufas daí. É só para tirar uma onda e achar que o blog tem algum valor, uma vez que a Europa está cada vez mais tomada de verde no Analytics.

Blog do ALEXANDRE ERNST

http://naomeinvejetrabalhe.blogspot.com/

“Davi mandou dizer a Tamar em sua casa... “

Ao entrarmos no Reino de Deus através de Jesus, penetramos em uma nova dimensão de vida e entendimento. Todos nós tivemos uma vida pregressa vivida no contexto do pecado, ou seja, todos carecem de restauração na comunhão com o Deus de Israel.

A Bíblia diz que nós estávamos mortos em pecados e delitos, mas o Senhor, pela Sua graça e misericórdia, nos transportou desse reino de trevas para o Reino da Luz, onde Jesus é o padrão da perfeição, pois é a expressão exata do próprio Deus.

Portanto, neste conceito novo de vida que agora vivemos, todas as coisas são renovadas e nosso procedimento diante do mundo é transformado. Nossa maneira de encarar o dinheiro, o trabalho, as ambições, os relacionamentos e todas as outras áreas de nossa vida passaram a ser observadas mediante um olhar restaurado, que é o olhar de Jesus.

O apóstolo Paulo nos diz que temos a mente de Cristo e que também devemos nos deixar transformar pela renovação de nossas mentes. Isso quer dizer, entre outras coisas, que a sua forma de encarar a vida mudou de perspectiva e, no tocante aos relacionamentos afetivos, namoros, amizades, “ficadas”, ou seja lá o que for, precisamos de uma mentalidade e disposição renovadas.

Então, tudo aquilo que um dia você aprendeu no mundão velho a respeito do namoro não serve para nada em sua nova realidade, pois lá fora os relacionamentos não são pautados segundo a inspiração da Santa Palavra que vem de nosso Deus. Lá, o sexo é somente algo gostoso, que faz parte da vida dos seres humanos e que deve ser usufruído por todos sem limites ou algum tipo de regra. Neste mundo, o que importa é o prazer pessoal e imediato sem que se tenha a mínima preocupação com as conseqüências dos atos que realizamos. Quantas meninas grávidas antes do tempo que perdem toda a sua adolescência em virtude de uma maternidade prematura, e quantas pessoas são condenadas à morte por doenças sexualmente transmissíveis? Pior ainda, quantas crianças são assassinadas através do aborto, sentenciadas à morte antes mesmo de vir ao mundo pela irresponsabilidade de seus pais?

Isso tudo sem contar os inumeráveis danos morais, mentais e espirituais que são causados pela falta de maturidade para viver uma vida sexual, que foi criada por Deus para ser uma grande bênção na saúde plena de um casal constituído segundo a Sua vontade.

O mundo inventou a camisinha e os métodos anticoncepcionais que não são respostas para esta questão, mas sim arremedos e formas ineficazes de proteção que nos trazem uma falsa sensação de segurança e consentimento para continuarmos vivendo no pecado.

Agora você faz parte da Casa do Rei e a sua vida deve ser condizente com a de um príncipe e a de uma princesa, pois é exatamente isso que você é. E eu não estou falando a respeito dos príncipes e princesas devassos que conhecemos das histórias e contos das antigas monarquias constituídas pelos homens. Neste Reino, quem manda é Deus e Sua postura moral é perfeita, sem nenhum defeito. Aqui, você é uma pessoa especial, tratada com todo o carinho do Rei, que é seu Pai. Ele mesmo, através de seu Espírito, nos conduzirá em toda a boa obra, ensinando-nos exatamente como devemos nos comportar para não perdermos a realeza. Nos reinos deste mundo, ouvimos histórias escandalosas a respeito de presidentes, de deputados e de tantas outras autoridades envolvidas em todo o tipo de corrupção, seja na área financeira ou moral.

Nós não somos mais deste mundo, somos uma nova criação, uma nova idéia de Deus. Ele está criando um povo que anda com Ele, dentro de Suas regras. Um povo que entende que a Sua vontade é boa, perfeita e agradável e não se deixa levar pela tentação de pensar que o que vivemos até agora foi bom.

Mergulhemos em sua nova realidade!

“... deita-te na tua cama, e finge-te doente...”.

Quando estamos envolvidos pela paixão, nossa alma fica totalmente à mercê do objeto de nosso desejo. Muitas vezes chegamos a mentir para os pais, para os irmãos e até para Deus (como se isso fosse possível!).

Lembre-se que a paixão é cobiça, ambição desenfreada que leva a pessoa a atitudes extremas para alcançar seu objetivo.

Todos nós já ouvimos falar daquela frase bíblica que até se popularizou por sua tão fácil compreensão: “Um abismo leva a outro abismo!” Pois é assim que acontece conosco quando perdemos o controle de nossos sentimentos e ficamos à mercê da paixão, que já é um abismo. Dali, somos lançados para outro e depois outro e assim por diante.

O ladrão vem para matar, roubar e destruir. É muito importante entender esta declaração do Senhor, pois ela é uma seqüência de desgraças que o inimigo das nossas almas procura nos causar. Ou seja, se ele não consegue nos matar, tentará nos roubar, e se não conseguir roubar, tentará causar alguma destruição, algum dano.

A grande obra do diabo é nos levar a um nível de danos que possibilitem suas ações em nossas vidas. É mais ou menos como o usuário de drogas, que começou, talvez, por um simples cigarro, ou um inocente copo de cerveja e depois acaba fumando maconha, cheirando pó e daí por diante (fontes de uma pesquisa dizem que um fumante tem 65% a mais de chance de fumar maconha e quem já teve contato com a maconha corre um risco 104 vezes maior de experimentar uma carreira de pó). Por isso um abismo leva sempre a outro abismo, porque satanás quer afundá-lo no pecado para poder causar danos cada vez mais terríveis em sua vida a fim de, se possível, levar-nos à morte e, por conseqüência, à separação eterna de nosso Deus.

No caso de Amnom, tudo começou quando ele, singelamente, se enamorou de Tamar. Ao se apaixonar, permitiu que um sentimento carnal se tornasse uma doença que logo o levou à mentira. Amnom mentiu para seu pai, Davi, que era o rei, mentiu para sua irmã a fim de atraí-la, ou seja, seu caráter já havia sido avariado por uma atitude ruim que o dominou, a ponto de impor-lhe pecados e mais pecados.

Muitos de nós já passamos por situações como esta, quando, ao deixarmos que uma mentirinha aparentemente inocente ou uma simples cervejinha fossem o início de um grande abismo, mas esta pode ter sido a porta que o Mal precisava ter para infiltrar uma disposição espiritual ruim capaz de gerar uma destruição de proporções cada vez maiores.

O rei Davi disse no Salmo 119:163 que abominava e odiava a mentira. O mesmo disse no Salmo 101:7: “O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que fala mentiras não estará firme perante os meus olhos”. Outro texto, em Apocalipse 22:15, condena a mentira à morte, onde o Senhor diz: “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”. Olhem só em que nível a mentira está colocada no coração de nosso Senhor, no mesmo dos feiticeiros, assassinos e dos que se prostituem, por isso preste bem atenção nas armadilhas em que o diabo está tentando fazê-lo tropeçar.

Concluo dizendo que Satanás é o pai da mentira e que todo aquele que mente se põe abaixo de suas asas, por isso, se você está caindo nessa cilada saia dessa com arrependimento, clamando ao Senhor para que mude sua vida. Pense, fale e procure viver a Verdade, pois ela o libertará.

Fique atento e acredite na graça e no amor de nosso Senhor Jesus, pois Ele é maior, mais poderoso e o único capaz de nos livrar de sermos consumidos por estes espíritos.

rafa

Esta espécie de romance não é saudável porque não provém de Deus. A paixão do ponto de vista carnal pode ser definida como agitação da alma, sofrimento, tormento, cobiça, ambição ou concupiscência.

Lembre-se que agora somos Templo Vivo do Senhor e propriedade exclusiva dEle e em nossa nova vida não há mais lugar para sofrimentos e tormentas. Um amor verdadeiro nunca irá gerar esses tipos de agitações, pois elas são, na verdade, enfermidades da alma.

Uma alma tratada e curada por Deus não se deixa levar pelas suas inclinações, antes, procura sempre aquilo que é puro, saudável e agradável ao Pai.

Quando temos algo que é de Deus para as nossas vidas, esse algo é marcado pela paz que excede o entendimento. Se Deus está no controle de nossas emoções as coisas são direcionadas pela paz. A Bíblia fala que a paz deve ser o juiz de nossas atitudes, pois quando o Espírito de Deus está presente, ali há paz.

Portanto, no caso de nossas emoções entrarem por um caminho estranho à vontade do Pai, certamente nosso espírito acusará o fato abalando a paz que todo o crente nascido de novo tem. É este caminho que levará a pessoa diretamente para a enfermidade.

Neste caso, a maneira mais eficiente de cuidar de nossas almas é procurar um líder ou pastor de nossa confiança e abrir-lhe o coração a respeito de seus sentimentos, pois certamente, Deus quer e irá realizar um grande milagre de restauração em sua vida.

O Senhor diz que tem pensamentos de paz a nosso respeito e Sua direção é a melhor para seus filhos. Sendo assim, continue confiando no Pai e nunca permita que Satanás, o verdadeiro inimigo de nossas almas leve você a um isolamento, pois é exatamente este o plano que ele tem contra todos os escolhidos de Deus. É na solidão de nossas atitudes que as enfermidades da alma tomam lugar para nos atingir.

Por isso, nunca se esqueça de que é na comunhão com os irmãos, nas células, nas redes, nas celebrações e nos grupos de discipulado que encontramos o verdadeiro remédio contra todas as doenças com as quais o diabo tentará nos infectar.