A Doença dos Homens



Estamos vivendo em tempos difíceis. Para onde quer que você olhe, há crise, falta de esperança, falta de soluções. Na política, corrupção; na vida econômica, desigualdades sociais vergonhosas; na educação, desilusão e falta de modelos; na cultura, imoralidade e relativismo total; na sociedade, criminalidade, insegurança, isolamento e alienação.

O pior de tudo – para nós cristãos – é que quando olhamos para a igreja, que deveria ser luzeiro de esperanças no meio das trevas, vemos as mesmas crises e estatísticas que há no restante da sociedade.

Não precisamos repetir aqui que a raiz de tudo isso está no desmoronamento da unidade familiar. Mais do que isso: nenhuma mudança verdadeira ou duradoura ocorrerá na sociedade sem mudanças anteriores e radicais no lugar onde tudo começa, na própria célula fundamental da sociedade. Não adianta, por exemplo, pensar em mudar o sistema educacional sem mudar a formação que as crianças recebem no lar; será inútil passar leis de moralidade no Congresso se não redescobrirmos como estabelecer e transmitir verdadeiros padrões morais dentro de casa – e assim sucessivamente.
Na igreja, isso deveria ser mais evidente ainda, embora na prática não o seja: podemos implantar modelo após modelo de estrutura, crescimento e multiplicação, podemos até levar a igreja de volta aos lares, o que representa um grande e fundamental retorno à prática original da igreja primitiva – porém se não houver restauração da própria família, nada de essencial mudará. A igreja continuará anunciando salvação e bênçãos pessoais, ao mesmo tempo que vive, em grande parte, os mesmos dilemas e falhas do resto do mundo.
A família está doente, desajustada, desestruturada. Por quê? O que aconteceu? Por um lado, podemos dizer que, sem Deus, a família sempre teve e sempre terá problemas. Porém, nas últimas décadas, a situação vem se agravando porque o homem, a peça chave que, de acordo com o plano original na Bíblia, representa a conexão vital entre a família e Deus (veja 1 Co 11.3), está cada vez mais distante do seu devido papel. E quando o homem sai do seu papel correto, todas as demais funções na família ficam desajustadas também.

O Papel Perdido do Homem
Durante muitos séculos, principalmente nos países que tinham influência cristã, o homem conhecia seu papel na família. Havia modelos errados, havia abusos, havia opressão e tirania, mas também havia muitos modelos certos. Mesmo nas famílias que não eram cristãs, havia uma semelhança ou sombra do padrão bíblico. O homem não só supria a família com sustento material, mas trazia direção, visão e identidade.
O padrão original de Deus pode ser visto em diversos exemplos bíblicos: Noé levando sua família toda para a arca (Gn 6.18; 7.1,7), Abraão deixando sua parentela para seguir uma palavra de Deus e ordenando a seus filhos depois dele (Gn 12.1; 17.23; 18.19), Josué definindo o futuro de sua família (Js 24.15), o carcereiro de Filipos trazendo toda sua família ao reino de Deus (At 16.31-34). Na qualificação dos líderes na igreja primitiva (1 Tm 3.4,5,12), um dos principais requisitos era o de que o homem estivesse cumprindo plenamente o seu papel.
Com as tendências do mundo secular, cada vez mais distantes dos alicerces cristãos, a pressão tem sido enorme no sentido de negar ao homem esse papel de prover liderança, visão e identidade à família. Embora seja verdade que no passado a mulher tenha sido oprimida e sufocada em muitos sentidos, sua emancipação para uma posição de igualdade no lar e na sociedade deixou o homem perplexo e sem função.
Como geralmente acontece, a situação saiu de um extremo e foi para outro: o homem não só deixou de exercer controle absoluto e tirânico sobre a mulher e os filhos, deixou também de oferecer qualquer tipo de direção. Decisões são tomadas “democraticamente”, o que resulta, muitas vezes, em conflitos, separações, direções independentes em que cada membro da família faz o que bem entende, ou retração e passividade por parte do homem. Como a mulher, agora, geralmente trabalha, nem a função de prover sustento é mais uma função exclusivamente masculina.
O homem está se tornando, progressivamente, uma peça inútil e desnecessária na família. As estatísticas mostram um número cada vez maior de mulheres que são cabeças do lar – o que deixa ao homem uma mera função biológica de procriação.
Até na igreja tornou-se impopular falar a respeito da função de liderança do marido. Ninguém quer correr o risco de fortalecer ou apoiar aquela imagem ultrapassada de homem machista e dominador. Enfatiza-se, pelo contrário, a importância de ajudar a esposa nos afazeres domésticos, de ser mais meigo, mais afável, mais carinhoso (o que não deixa de ser um aspecto importante e verdadeiro!).
O problema é que não há um entendimento ou fortalecimento do verdadeiro papel que Deus deu ao homem. E isso faz parte de uma grande estratégia do inimigo para domesticar e emascular o homem e para privá-lo de sua maior e mais essencial contribuição, deixando-o frustrado e inoperante. Pois, com isso, Satanás consegue desvirtuar a família e afetar radicalmente a igreja e a sociedade.
O resultado é isto que estamos vendo hoje, dentro e fora da igreja: homens sem identidade, frustrados, passivos ou irados (de acordo com o temperamento), sentindo-se inferiores, sem qualificações para encontrar sua verdadeira hombridade e função na família, e tentando se esconder ou refugiar em várias formas enganosas de compensação.
Um dos aspectos mais assustadores de tudo isso é que forma um processo cíclico, que piora a cada geração. Pois os homens que perderam sua identidade naturalmente não conseguem transmitir hombridade e senso de destino para os filhos. E estes, por sua vez, terão uma dificuldade maior ainda para passar algo de valor para a próxima geração.

O Nome da Doença
A situação está tão grave que vários autores (como Gordon Dalbey, John Eldredge, em Coração Selvagem, Mike Genung e outros) já estão diagnosticando essa deficiência nos homens como a ferida do pai.
Chama-se ferida do pai porque consiste na quebra do ciclo natural e saudável que Deus instituiu, no qual o pai transmite ao filho a bênção que inclui o nome (identidade), um senso de valor, uma visão (destino) e a segurança de que será capaz de alcançá-la. O pai é o único, na família, que é capaz de dar uma resposta firme e segura à grande pergunta que brota em todo coração masculino: Eu sou capaz? Tenho o que é necessário para ser um homem? (veja texto ao lado, A Grande Pergunta).
Quando essa função não é exercida na vida de um garoto, um abismo é gerado no seu interior, que se manifesta como vergonha, falta de direção, insegurança, necessidade de se afirmar etc. (A função do pai é essencial na formação de filhas também, porém aqui nos limitaremos a falar sobre o que acontece com os filhos, por estarmos tratando do papel perdido do homem na família.)
Há duas maneiras principais em que a ferida é infligida pelo pai. Na primeira, o pai menospreza e diminui o filho, de forma direta e cruel. Pode ser através de palavras, mas pode também chegar a abuso físico e sexual. Não é preciso dizer que causa danos terríveis e, humanamente falando, irreparáveis no interior de meninos e adolescentes em formação.

A ferida mais comum, entretanto, é bem mais sutil e difícil de ser identificada. É causada pela omissão dos pais, por seu silêncio, por sua ausência nos momentos mais críticos da vida. Muitas famílias (e isso acontece com muita freqüência dentro da igreja) têm a presença física de um pai que, por uma série de razões, não sabe como exercer sua função:
não dá sua bênção, não dá opinião, não encoraja, não corrige, não oferece visão ou propósito, não explica, não sabe como situar o filho dentro da vida, como ensiná-lo a tomar decisões, como escolher, como achar o rumo certo. Ele pode até ser considerado um pai bonzinho, pai amigo, pai provedor, mas está ausente nas crises, não oferece segurança, identidade ou direção.
Com um senso de incapacidade e frustração, o homem tende a deixar a criação de filhos para a mãe – ou, como ela também se ausenta cada vez mais em virtude do trabalho secular, o papel de influenciar e direcionar acaba ficando para professores, amigos ou ninguém em particular.

A princípio, o jovem adolescente pode nem achar que algo está faltando. Pode até se sentir mais independente, dono de si. Contudo, isso vai gerando um vácuo de propósito e direção, uma falta de sentido, que o acompanhará por toda sua vida. Como escreve John Eldredge, em Coração Selvagem:
Um menino aprende quem é e o potencial que tem de um outro homem ou por estar em companhia dos homens. Ele não pode aprender isso de nenhum outro lugar, não de outros meninos, muito menos do mundo das mulheres.

Gordon Dalbey também escreve em Healing the Father Wound (Curando a Ferida do Pai):
O pai chama para fora o elemento masculino no seu filho. Sem essa entrada essencial do pai, o filho não consegue se ver mais adiante como homem. Rapidamente, pavorosamente a lacuna entre a sua insuficiência como homem e a imagem do que deseja se tornar é tomada por vergonha. Entra, então, o pai da mentira (Jo 8.44), e promete cobrir essa profunda vergonha nos homens de hoje através de impulsioná-los a uma variedade de comportamentos compulsivos e dependências, que vão desde drogas e pornografia ao excesso de trabalho (conhecido em inglês como workaholism ou vício do trabalho) e legalismo religioso.

Nenhuma dessas coisas, porém, lhe dará o que não recebeu do pai.

Modelos Bíblicos
Pais omissos podem ser mais abundantes no nosso mundo moderno, mas não são uma espécie nova. Há vários exemplos bíblicos, notadamente o sacerdote Eli, que acabou reproduzindo sua paternidade omissa no profeta Samuel, que foi criado por ele junto ao tabernáculo (veja 1 Sm 2.12; 8.3). O que se nota nesses casos é a falta de uma característica essencial para que os pais passem aos filhos caráter e integridade: a disciplina.
A firmeza de convicções, a capacidade de dizer não, de exigir disciplina e caráter é uma função que Deus deu ao pai e que é essencial para gerar verdadeira hombridade. A grande falha do sacerdote Eli era de não repreender, com suficiente firmeza, seus filhos (veja 1 Sm 3.13 e 2.23). Foi também uma grande falha de Davi, pois, de acordo com 1 Reis 1.6, ele jamais contrariou seu filho Adonias, cobrando dele coisa alguma. Sabemos dos frutos amargos que Davi também colheu dessa omissão com outros filhos.
Por outro lado, Davi oferece um modelo positivo de paternidade ao passar sua visão de edificar a casa de Deus ao filho Salomão (1 Rs 2.2-4). “Sê homem”, ele lhe disse, ou seja: “Pegue a visão, cumpra o seu destino, deixe de lado outras coisas e realize a vontade de Deus”. Davi não só lhe passou o encargo, mas deu instruções, mostrou como fazer, providenciou materiais e encorajou-o para que tivesse confiança no cumprimento da grande missão (veja 1 Cr 22.6-19). Também o comissionou e o reconheceu diante de todo o povo e dos líderes de Israel (1 Cr 28.1-11, 20; 29.22-25).


É na paternidade de Deus que temos o modelo perfeito, exemplificado na Bíblia inteira, de como se deve agir, com amor, perseverança, aceitação, mas também com firmeza e convicção na disciplina. No Velho Testamento, ao mesmo tempo em que Deus tem amor e compaixão superiores a uma mãe humana (Is 49.15,16), ele jamais deixará de corrigir e disciplinar para o nosso bem (veja Êx 34.6,7 e Dt 8.16). No Novo Testamento, vemos Jesus, o Filho perfeito que agradava ao Pai em tudo, não sendo atendido na sua súplica de ser isentado do cálice amargo (Lc 22.42), porque o Pai tinha um propósito maior (Is 53.10) e não seria demovido, mesmo ao ver o sofrimento do Filho amado. Jesus tinha total confiança e segurança no amor do Pai (Jo 3.35; 10.17; 13.3), mas sabia que sua missão no mundo era mais importante que sua felicidade ou proteção pessoal.
Christopher Walker

Aduba, fertiliza mas é cocô!!!


“E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi procurar nela fruto, não o achando. E disse ao vinhateiro: Eis que a três anos venho procurar fruto nesta figueira e não o acho; corta-a. Por que ela ocuparia ainda a terra inutilmente? E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; e, se der fruto, ficará; e, se não, depois a mandarás cortar”.
Lucas 13:6-9

Introdução
No texto Jesus expõe uma parábola na qual relata um homem, dono de uma plantação de uvas que tinha uma figueira plantada entre elas. Durante três anos, contudo, buscou encontrar nela frutos sem sucesso.
O lugar não era um pomar, mas uma vinha e no meio daquele parreiral, havia uma única figueira. O dono da terra sabia que na época certa de cada ano, encontraria ali suas uvas e delas, produziria o seu vinho, seus doces, suas passas. Ele tinha uma expectativa acerca de sua plantação, a qual vinha sendo suprida ano a ano.
Porém, no meio das videiras havia uma figueira! Certamente ela saltava aos olhos de qualquer um que passasse por aquela plantação e o dono da terra possuía uma expectativa especial sobre ela, pois ela era única.
Mas não bastava ser uma árvore bonita, que trouxesse sombra, o que aliás são características comuns em figueiras. O que o dono queria eram frutos, seu interesse estava intimamente ligado à produtividade.
Aquela árvore estava sugando nutrientes preciosos do solo dedicado á produção de uvas e deveria dar um resultado frutífero.
Aquilo que não produz o resultado almejado pelo dono deve ser arrancado, então, a solução mais óbvia, após três anos de frustrações, era corta-la!

1) Os simbolismos
A videira é uma árvore de amplo significado para o povo de Deus. No Antigo Testamento, a nação de Israel foi chamada de “Vinha do Senhor dos Exércitos” (Isaías 5:7); sua colheita era tempo de festa e alegria; eram dedicadas exclusivamente para alimentar aos pobres a cada sete anos; eram cercadas por muros para que não fossem invadidas por javalis e raposas. No Novo Testamento, é o emblema das bênçãos do Evangelho de Jesus, sendo o suco de seu fruto símbolo de seu Sangue que é sinal de cura, libertação, perdão, remissão de pecados e purificação na vida dos crentes.
Portanto, temos na Videira uma metáfora que traduz grandes e eternas bênçãos a partir de seus frutos.

Agora, e a figueira? O que ela representa espiritualmente e quais são as alegorias que rodeiam a figura de seus frutos.
- Não ousarei entrar em parâmetros teológicos aqui, mas tão somente usarei de simbolismos que possam trazer algum tipo de inspiração aos leitores a partir de alguns textos bíblicos que falam dos produtos da figueira.

- O figo é um dos frutos da terra prometida (Canaã possuía muitas romãs, uvas e também figos). Entrar na Terra Prometida significa alcançar as promessas de Deus para nossas vidas e isso é um fruto que o Senhor deseja encontrar em nós. Por isso, vamos até o fim nessa caminhada!
- Em I Samuel 25:18 diz que uma mulher chamada Abigail, fez, entre outras coisas, uma pasta de figos e presenteou a Davi e seu exército para restabelecer a paz diplomática entre eles e sua família. Nos, pregadores do Evangelho, somos os mensageiros da paz que reconcilia o mundo pecador com Deus. Assim como Abigail, Deus deseja ver em nós o fruto da intercessão pelos perdidos.
- Também em I Samuel 30:12 é narrada uma história sobre um escravo egípcio que havia sido abandonado á sua própria sorte, enfermo e sem comida. O Exército de Davi o encontrou e lhe deu entre outros alimentos, uma massa de figos secos, que, segundo as Escrituras lhe recobrou as forças, devolvendo-lhe seu espírito. Isto é sem duvida um símbolo do poder da ressurreição que está sobre nossas vidas. Frutifiquemos nesse sentido também!
- Em Jeremias 24:2, o profeta disse à nação que haviam dois cestos cheios de figos, o primeiro com excelentes frutos e o outro com frutos estragados, que não dava para se comer. O cesto com bons figos, eram o Israel que iria para o cativeiro em obediência à Palavra profética, já o segundo, um povo que não aceitava a direção divina. Irmãos, esse é um fruto que o Pai quer encontrar em sua igreja nesta geração também! Por pior que pareça a provação a ser enfrentada, Deus quer ver a nossa fidelidade à Sua Palavra, mesmo que em momentos de extrema dureza e confronto.

2) A ausência de frutos desagrada ao Senhor
Nenhum fruto foi encontrado na tal árvore! Ela estava ali, inútil, tão somente sugando a vida que lhe proporcionava aquela terra de vinhas. Isso a tornava uma árvore sem nenhum valor para seu dono.

3) O intercessor
Mas alguém se interessou por aquela figueira! Alguém olhou e viu que havia um potencial para gerar frutos.
O vinhateiro foi quem intercedeu por aquela árvore sem valor para seu dono. Ele era entendido em agricultura e sabia que poderia extrair algo de produtivo daquela árvore.
Não sei quem é o vinhateiro em sua vida, você pode classificá-lo como o próprio Jesus ou anda algum líder que acreditou em você. Creio que haja milhares de aplicações para esta exegese que estamos fazendo aqui mas, como já disse anteriormente, não tenho interesse teológico com esse ensaio, mas sim, um interesse inspirador e sobretudo, que gere esperança na vida de quem se identifica com a tal figueira sem frutos. O que importa é que alguém se preocupa conosco e intercede diante do dono da terra a fim de que uma nova chance e um tempo maior de preparo seja dado.
Esse alguém, ali no texto, não era um cultivador de figos, mas de uvas. Não era o negócio dele, mas já que aquela árvore estava ali então, tentou dar-lhe uma nova chance.
De uma maneira global, nós, crentes, não somos a Vinha de Deus! Nós somos um povo enxertado ali, uma semente que caiu naquela terra por misericórdia. Foi-nos dada uma oportunidade grandiosa de ver o Rei! Isaías o viu e ficou maravilhado. Quanto mais nós não ficaremos extremamente embasbacados com a graça de termos uma oportunidade no Campo de Deus. Não éramos parte dos planos do Senhor, mas por uma demonstração de misericórdia profunda, fomos colocados numa situação de sermos capazes de andar próximos de Deus.
João disse:
“Ele veio para os seus e eles não o receberam, mas todos os que o receberam foram feitos filhos de Deus”.
Ele não veio para nós, gentios! Pagãos, apaixonados pelos prazeres do nosso corpo e que nascemos sobre uma raiz historicamente distante de Yaweh e sua doutrina. Nós não somos dignos de sermos chamados Povo de Deus! Isso está sendo dado a nós por uma misericórdia inexplicável. Realmente, não encontro palavras para descrever o que penso acerca disso. Só sei que não mereço isso. Estar plantado no meio da Vinha de Deus e saber que a cada ano Ele tem vindo me observar para ver se eu estou dando os frutos que Ele almeja em mim.

Parêntesis
Entenda que o Diabo se alimenta das obras da carne, ou melhor, os frutos da nossa carnalidade, ou seja, o pecado. Já Deus, recorre a nós para na esperança de encontrar algum fruto de justiça, fidelidade, bondade, amor, paz, mansidão, obediência, misericórdia...
Deus está com fome!
Os olhos do Pai, iluminam esta nossa terra sombria como um holofote a buscar um adorador, que o adore em espírito e em verdade. Alguém que seja frutífero e que tenha um fruto saboroso ao seleto paladar de Deus.
Não creio que Deus coma qualquer coisa! Acho que foi por isso que Ele não aceitou a oferta de Caim. Os frutos de Caim eram podres, pois partiam de um coração egoísta e homicida e isso não caracteriza uma pessoa agradável a Deus.
Lembre-se: frutos não são o mesmo que resultados!
Muitas pessoas na igreja têm um bom desempenho pessoal, mas ainda assim, não geram frutos. Podem pregar para muitas pessoas, cantar ou tocar muito bem seus instrumentos, dar esmolas aos pobres e largas ofertas ao ministério e ainda ser como Caim: humanistas voltados para sim mesmos que fazem tudo por inveja!

Profilaxia
Qual foi o plano do vinhateiro? Cavar e adubar! É bem simples, mas não é nada fácil! Ele resolveu que nutrir a figueira pela raiz seria o meio de fazê-la desenvolver frutos.
Então vamos ao processo de restauração:
Escavar a raiz significa expor a base de sustentação. As raízes são partes ocultas na árvore, não a vemos mas ela está ali, sendo de fundamental importância para sua vida. São delas que as mesmas se alimentam e crescem e é através delas que se sustentam.
No processo de restauração projetado pelo sábio vinhateiro, haverá invariavelmente a exposição e o toque nas raízes. Se eu e você nos dispusermos a ser tratados pelo Senhor a fim de gerarmos frutos, provavelmente, seremos expostos em nossas bases de pensamento, teologias, filosofias etc. Deus quer mexer em partes profundas e ocultas de nossas vidas. As nossas raízes precisam ser tocadas, pois é dali que pode estar se originando o problema que nos tornou infrutíferos.
O tratamento não é nada fácil! Expor as raízes e mexer nelas é uma tarefa cirúrgica, que estremece nossas estruturas e as expõe. Porém, nas mãos do Senhor, temos a confiança de que todo o processo nos conduzirá à frutificação que glorificará seu nome.
Após escavar, o vinhateiro irá aplicar o adubo, a fonte de nutrientes e energia que trará novo ânimo para a figueira.
Uma compreensão que cabe aqui é que apesar de todas as suas propriedades, o adubo não passa de cocô. Enxergá-lo como um fertilizante para as plantas é algo natural, mas não podemos nos esquecer de que se trata de fezes animais que cheiram mal, atraem moscas e são muito desagradáveis.
Ou seja, não podemos pensar que ser adubado é algo gostoso de se vivenciar, pelo contrário, é um processo duro que provará incisivamente nossas motivações interiores.
O adubo que transformará nossas vidas infrutíferas pode significar as provações pelas quais passamos, ou os confrontos gerados pela revelação da Palavra de dois gumes, ou ainda as incisões proféticas que externam a verdade oculta sobre cada um de nós.
Elias foi levado para um lugar deserto onde foi alimentado pelos corvos; Davi experimentou duras provas sob uma terrível perseguição de seu rei; Jacó foi usurpado por seu sogro; Jó sofreu as dores mais terríveis que um ser humano pode sofrer e depois foi duramente criticado e exposto por amigos e pelo próprio Deus; Jeremias foi lançado dentro de uma latrina; Jonas, dentro de um peixe; João Batista sofreu as severidades do deserto, assim como Jesus, que ainda foi ridicularizado pela família, apanhou e recebeu uma injusta condenação à morte.
Todos esses são exemplos de pessoas que foram adubadas pelos processos de Deus! Eles se tornaram satisfatoriamente frutíferos porque passaram pelas provas mais duras e venceram. Como está escrito sobre Jesus: “mesmo sendo filho, aprendeu por aquilo que sofreu”. Assim deverá ser com cada um de nós!

Com toda a certeza, não foram experiências deliciosas, mas sem dúvida foram produtivas.
Devemos nos abrir para esse tratamento divino! O Vinhateiro está nos dando uma nova chance de frutificar para o Senhor, mas para isso, irá usar de um tratamento de choque, com uma medicação desagradável e dolorosa.

A escolha é nossa!

Pirataria: Crime e pecado??


Quem é jovem há mais tempo como eu, certamente se lembra de quando aquela música mais tocada do momento iria começar a rodar na rádio. Ficávamos ali, com as fitas cassete no ponto, com os dedos fincados nos botões Rec / Play / Pause, esperando pelo momento exato, quando o locutor anunciava que o som seria executado na íntegra, para que os apaixonados pela música ou banda pudessem gravá-la sem perder nenhum detalhe.
É isso mesmo! Nós gravávamos as nossas músicas preferidas diretamente das rádios e só assim poderíamos escutá-las quantas vezes quiséssemos. Era isso ou então deveríamos comprar os discos nas lojas do ramo. Sim, disco, LP, vinil... nunca ouviu falar? Tudo bem, o que importa explicar aqui é que não era todo mundo que podia entrar numa loja e comprar um disco, pois custava caro, principalmente os discos dos artistas do momento, que eram logicamente os mais valorizados.

Quem podia, contudo, levava pra casa aquela gigante peça negra e chata de vinil e botava a rodar em seu toca discos portátil, ou ainda no seu três em um.
Aquilo tinha um som diferente, parece que era sempre acompanhado por um ‘pic’ contínuo que só podia ser escutado claramente nos intervalos das músicas. Em alguns casos era só um probleminha na agulha e uma simples caixinha de fósforo fazendo um peso em cima dela resolvia, mas chega de nostalgia!!!

Passando o tempo, com o avanço da tecnologia, a tendência em tornar as coisas cada vez mais portáteis continuou como sempre e, com isso, vieram as mídias digitais, chamadas de Compact Disc, o nosso conhecido CD.
Novos aparelhos foram criados para rodar essas pequenas peças musicais mas a demanda ainda não justificava uma transição radical no mercado brasileiro dos antigos LP´s para os então modernos CD´s e, com isso, uma nova modalidade de comércio se iniciou, que eram as locadores de CD´s.
Assim como as homônimas que alugam filmes em DVD, essas lojas colocavam à disposição do mercado, que estava ainda engatinhando, uma grande variedade de títulos nacionais e importados na mais pura tecnologia digital. Como música não filme, não se alugava um CD para ouvir uma vez só e sim para gravar naquelas mesmas fitas cassete e com isso ficar ouvindo e ouvindo o nosso som favorito.

Ta! Com o mercado aberto e a mentalidade popular geral conformada com a necessidade de ser ter um Compact Disc Player em casa, foi declarado oficialmente o óbito do LP, pelo menos para as massas consumidoras, e com isso, inaugurou-se uma nova era digital no mercado da música.
Com os disc players (tocadores de CD), vieram os disc recorders (gravadores de CD) e, diferentemente das gravações de LP para K7, ou mesmo de CD para K7, numa gravação de CD para CD, nunca se perde qualidade. As mídias digitais gravadas são sempre idênticas às originais!
Quando se copia um CD em Wave ou Mp3, as perdas de qualidade são imperceptíveis aos nossos ouvidos leigos, que estão mais interessados em curtir o som e ser agraciados com a companhia agradável da banda favorita, baixada no contemporâneo Mp3 Player.
Neste e naquele tempo, tudo o que sempre quisemos foi ter acesso à música – a principal arte da humanidade - e nessas duas ocasiões de nossa história recente esteve presente a figura implacável do apetite voraz pelo lucro, que terminava elitisando o acesso a esse tão elementar bem de consumo.

Na falta de cristãos que levantem a bandeira em favor dos pobres amantes da música, entre os quais me incluo, sugiro duas citações musicais contidas na rica música popular brasileira para refletirmos um pouco:

“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”
Arnaldo Antunes - Titãs

E, por fim:

“Todo artista deve ir aonde o povo está”
Milton Nascimento


O povo cristão deve ter acesso justo à música de seu artista favorito, por isso aproveito esse espaço para fazer meu manifesto aos grandes empresários pastores da música gospel que, por favor, parem de atar pesados jugos sobre os irmãos – jugos que eles mesmos não querem mover nem com um dedo – dizendo que comprar CD pirata é pecado, ao invés de pensarem em algo que diminua essa relação mercadológica opressora que disponibiliza um CD do ministério “tal” por cerca de R$20,00 e o DVD do mesmo ministério por R$50,00, enquanto o mercado paralelo consegue chegar a um preço que representa as vezes 10% do valor do que é praticado nas lojas oficiais.

Ah! Por favor, parem de usar e abusar daqueles pretextos bíblicos descontextualizados, falando coisas como “devemos dar a César o que é de César”, pois isso já está muito ultrapassado, pois, caso vocês ainda não saibam, César se converteu, congrega na Igreja Evangélica da Riqueza Plena Corporation e se tornou investidor do rentável mercado fonográfico gospel.

A Visão


Então um cara chega pra mim e diz: "Qual é a visão? Qual é a grande idéia?" Eu abro minha boca e as palavras saem assim...

A visão? A visão é Jesus - de forma obsessiva, perigosa, inegável Jesus.

A visão é um exército de jovens.

Você vê ossos? Eu vejo um exército. E eles estão LIVRES do materialismo.
Eles riem em minúsculas prisões 9-5. Eles poderiam comer caviar na segunda e restos de comida na terça. Eles nem notariam. Eles sabem o que é o significado da Matrix, a forma como o oeste ganhou. Eles se movem como o vento, pertencem às nações. Eles não precisam de passaporte... Pessoas escrevem seus endereços a lápis e refletem sobre sua estranha existência. Eles são livres mas são escravos da dor, da sujeira e da morte.

O que é a visão? A visão é tamanha santidade que arda os olhos. Que faça as crianças rirem e os adultos se irarem. Que desistiu do jogo da integridade mínima há muito tempo a fim de alcançar as estrelas. Que despreza o bom e se esforça até o limite para o melhor. Que seja perigosamente pura.
A luz brilha trêmula vinda de cada motivação secreta, de cada conversa particular. Ela ama as pessoas longe dos seus colos suicidas, dos seus jogos satânicos. Este é um exército que irá sacrificar a vida pela causa. Milhares de vezes todos os dias os seus soldados escolhem perder-la.
Que eles possam um dia receber o grande "Parabéns!" que é a dado a filhos e filhas fiéis.
Tais heróis são tão radicais na segunda de manhã quanto no domingo a noite. Eles não precisam de fama vinda de nomes. Ao invés, eles sorriem em silêncio com olhar pra frente ouvindo as multidões cantarem mais e mais: "Venha!!!"

E esse é som que vem subindo O segredo da história na criação Fundações balançando Revolucionários sonhando novamente O mistério está planejando em segredo A conspiração respira... Este é o som que vem subindo
E o exército é disciplina(do).

Jovens que vencem seus corpos em submissão.

Cada soldado levaria uma bala por seu companheiro de guerra. A tatuagem implícita por detrás de seu orgulho: " para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro."
O sacrifício alimenta o fogo da vitória em seus olhos erguidos. Vencedores. Mártires. Quem pode detê-los? Podem seus hormônios puxá-los para trás? Pode a derrota prevalecer? Pode o medo assustá-los ou a morte matá-los?

E a geração ORA como um homem que morre com gemidos que vão além das palavras,com gritos de guerra, lágrimas sulfúricas e com porções gigantescas de risadas! Esperando. Vigiando: 24 - 7 - 365.


O que for necessário eles darão: quebrando as regras. Chacoalhando a mediocridade de seu pequeno e confortável esconderijo. Desistindo de seus direitos e de seus pequenos e preciosos errinhos, rindo de rótulos, se abstendo do essencial. A mídia não pode moldá-los. Hollywood não pode detê-los. A pressão de seus amigos é inútil em faze-los repensar sua decisão em festas tarde da noite antes de os corajosos caírem em choro.
Eles são incrivelmente divertidos, perigosamente atrativos por dentro.
Por fora? Pouco se importam. Colocam suas melhores roupas para se comunicar e para celebrar, mas nunca para se esconder. Eles renderiam sua imagem ou sua popularidade?Eles dariam suas próprias vidas - trocariam de lugar com um homem no corredor da morte - tão culpado como o inferno. Um trono por uma cadeira elétrica.

Com sangue, suor e muitas lágrimas, com noites sem dormir e dias sem frutos,
eles oram como se tudo dependesse de Deus e vivem como se tudo dependesse deles.
Seus DNAs escolheram JESUS. (Ele expira, eles inspiram) Os seus subconscientes cantam. Eles fizeram uma transfusão de sangue com Jesus. Suas palavras fazem demônios gritar em shoppings centers. Você consegue ouvir eles chegando??Proclamem-se os destinos! Convoquem os perdedores e os loucos. Aqui vem os apavorados e esquecidos com fogo em seus olhos. Eles marcham e as árvores aplaudem, arranha-céus se curvam, montanhas são definhadas por essas crianças de outra dimensão. Suas orações convocam os guerreiros dos céus e invocam os sonhos antigos do Éden.

E esta visão será. Ela virá para passar; ela virá facilmente; ela virá breve. Como eu sei disso? Porque este é o desejo da própria criação, é o gemido do Espírito, o próprio sonho de Deus. O meu amanhã é o seu hoje. Minha distante esperança é a sua 3º dimensão. E a minha débil, sussurrada e sem fé oração invoca um ressonante, trovejante, que balança até os ossos "AMÉM!" de incontáveis anjos e do herói da nossa fé, o próprio Cristo. E ele foi o sonhador original, o grande e último vencedor.


Chamados para ser santos


Romanos 1:1-4,7

Segundo a Palavra, todos nós crentes temos um chamado irrevogável à santidade. A santidade é o DNA de Deus! Se formos filhos de fato, teremos dentro de nós a carga genética que confirmará essa descendência.
Deus é Deus Santo e todos os que dEle nasceram são igualmente santos.
Chamados para ser santos.
Versículo 7:
“A todos os amados de Deus, que estão em Roma, chamados para serdes santos”.
Roma era a capital do mundo daquela época. A Nova Iorque daqueles tempos. Se alguém ler a sua história naquele período poderá constatar sua decadência moral. Roma era uma metrópole forjada em princípios pagãos. Sua fama histórica é a de um lugar com hábitos moralmente decaídos, ás vezes bizarros. Não raramente ouvimos as histórias malucas de seus governantes. Histórias de loucuras, desvarios, perversões, crimes e tantas outras modalidades de atrocidades contra a dignidade humana.
Há um relato sobre Roma do escritor Benjamin Scott, no Livro “As Catacumbas de Roma” que traz à tona o baixo nível moral daquele povo:

“toda miséria moral duma religião cujos deuses eram debochados, bêbados, fratricidas, prostitutos e assassinos; cujos templos eram antros dos piores vícios, chegando alguns a só serem tolerados fora das cidades; cujas procissões, cortejos de indecências; cujos altares não raro se tingiam de sangue humano; cujas festas, as célebres bacanais e saturnais; cujo o ritual era o vício… No tempo de Augusto o casamento tinha caído em desuso. Se existia, era apenas para tornar a mulher escrava. A esposa era a que tinha que trabalhar, as concubinas e os cortesãos é que eram as amigas do seu senhor”.
Só coloquei esta pequena descrição para tentar ilustrar melhor o nível das ações daquele povo. Coisas que o Apóstolo Paulo descreve como sendo vergonha só o falar daquilo que faziam em secreto.
Todavia, o mesmo Apóstolo declara que Deus os havia chamado para ser santos!

O homem segundo a carne.
Versículo 3:
“o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi”.
O próprio Jesus tinha características e traços carnais. Ele era um homem comum, segundo a carne. Tinha DNA, uma história, uma família, como qualquer um de nós.
Este mundo é chamado de mundo natural. As coisas aqui são físicas. Deus criou a Terra, os planetas, os seres vivos, as plantas, os mares enfim, tudo, de modo que o homem pudesse interagir com a criação. Físico se relaciona com físico! Matéria interage com matéria!
Portanto, o próprio Jesus, mesmo sendo o Filho de Deus, um ser espiritual evoluído, necessitava de um corpo, de uma história, de uma família, para que pudesse ser gerado na realidade humana material.
Assim, havia no Senhor, características humanas. Segundo a carne Ele era filho de Davi.
Da mesma forma que um filho de pais orientais, ou negros, ou alemães carregará em seu corpo as características evidentes de seus antepassados, Jesus trazia em si as marcas de seus pais. Mas tudo isso segundo a carne!
Não posso saber qual a história de sua vida ou a de seus ancestrais. Talvez nem mesmo você conheça totalmente a história completa de sua família e nem saiba, assim como eu, desenhar a sua árvore genealógica, mas o fato é que assim como todos nós, Jesus veio de uma descendência terrena.
Em sua história familiar você poderá encontrar respaldos para algumas de suas atitudes, como um bisavô adúltero, um avô adúltero, um pai adúltero e você seguindo os mesmos passos. Uma bisavó depressiva, uma avó depressiva, mãe também e eu estou ficando igual.
Essas coisas podem mesmo passar de geração em geração. Mas há uma novidade que flui em nossas veias espirituais que simplesmente determinarão uma nova realidade e, nós, um novo destino para nossas vidas. O que veremos a seguir...

O homem segundo o Espírito.
Versículo 4: “
foi designado Filho de Deus com poder segundo o espírito de santidade”.
Jesus recebeu um novo batismo, uma nova identidade e assumiu sua nova personalidade em Deus. A Bíblia está dizendo para nós que Ele foi designado Filho de Deus e isto determinou em sua vida uma nova realidade.
Você pode ser ou não ser muita coisa em sua atual realidade física. Pode ser negro, branco, amarelo, vermelho. Da classe que for, seja qual for a sua realidade humana, isso determinará quem você é somente superficialmente. Porém, uma nova realidade poderá surgir no seu espírito, uma designação espiritual totalmente nova poderá fluir através de sua existência e isso ocorrerá com a influência do Espírito de Santidade.
Mas por que o Espírito de Santidade? Simples. Porque esse é o DNA de Deus. Ele é Santo e derrama sobre você a marca de Sua personalidade. Se somos de fato filhos de Deus, devemos nos tornar parecidos com o Pai. Se o filho do japonês é um japonesinho, um filho de Deus é um pequeno santo. Pois Deus é Santo! Todos os filhos carregam sobre si as marcas e os traços da vida do pai.
Portanto, segundo o Espírito de Santidade seremos recriados como filhos de Deus.
Nestes dias temos visto algumas pessoas dizendo-se filhos de homens famosos requerendo a paternidade e até uma parte na herança. Acredito que essa façanha da ciência genética na modernidade seja um sinal indicador do que está sendo colocado em questionamento no Reino do Espírito para esta geração. Não vai adiantar ninguém querer brigar na justiça por seus direitos como filho se não tiver em si o DNA de Deus.
Somente entrarão na herança do Pai Celestial aqueles que verdadeiramente possuem o DNA de Deus: A Santidade!
O poder da ressurreição.
Versículo 4:
“pela ressurreição dos mortos”.
Para recebermos a filiação com o Espírito de Santidade foi necessário que houvesse uma intervenção de poder. Nada acontece no mundo sem que haja esforço. Para que o Universo se mova é que haja uma fonte de energia. O mundo natural é movido e alimentando por diversas fontes de energia, a saber, o petróleo, a água, o álcool, o carvão, o vento, o sol etc.
É necessário que haja uma fonte de energia para que as coisas aconteçam. Quando Deus criou o mundo e todas as coisas sua Palavra foi fonte de poder. Deus disse: Haja luz! Houve uma reação do universo natural e depois de um tempo, houve luz. Sempre será preciso que uma fonte de poder desencadeie o processo.
Da mesma forma, para que Jesus fosse designado Filho de Deus a Palavra diz que foi necessário poder segundo o espírito de santidadepela ressurreição dos mortos. Este é o poder de Deus em nós!
Para que sejamos feitos santos filhos de Deus, é necessário que sejamos impactados pelo Poder da Ressurreição. É através deste poder que as obras mortas serão restauradas e você será levantado para uma nova vida.
Para que você possa filho de Deus e santo, é necessário que sua vida ressurja do meio da morte. Isto é ressurreição!
O espírito da ressurreição vai te fazer levantar do lugar de sua morte, seus pecados, suas cadeias, seu túmulo espiritual.
Assim como Lázaro, sendo chamado por Jesus, saiu de sua catacumba e ressurgiu para a vida, todos nós devemos abandonar as obras do corpo da morte e levantar para a santidade, que é a separação, a diferença entre filhos e não filhos.
Desfrute desse poder em sua vida e seja alçado para essa nova realidade de filho de Deus. Mas entenda que tudo isso não pode ser apenas nominal ou superficial, você não é filho somente por decreto, mas, sobretudo por atitude. Seja um genuíno filho de Deus crendo no poder da santidade que se desencadeia pela ressurreição.

Shalon,

Pr. Rafa

Os quatro Seres e a personalidade da Igreja


Ezequiel 1:5,10:

“Do meio dessa nuvem saía a semelhança de quatro seres viventes, cuja aparência era esta: tinham a semelhança de homem... A forma de seus rostos era como o de homem; à direita os quatro tinham rosto de leão; à esquerda, rosto de boi; e também rosto de águia todos os quatro”.


A visão do profeta Ezequiel, onde lhe foi apresentada a figura exótica dos quatro seres viventes, tem um significado muito especial e esclarecedor para a igreja de Jesus destes dias.
O versículo 5 do texto que estamos estudando, diz que aqueles seres tinham a semelhança de homem. Creio que isto se refira ao fato significativo de que estes quatro seres viventes sejam características, traços e sinais da personalidade de Jesus e, sobretudo para nós, da personalidade da igreja que está aqui na terra representando-o. Os seres tinham aparência de homem, porque é necessário que nós, homens, tomemos sobre nossas vidas como igreja, a aparência semelhante de Jesus para que a humanidade inteira nos conheça por aquilo que ele é em nós.
O projeto de Deus é formar uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus, que é o primogênito desta família. Portanto, vamos procurar compreender o que essas quatro faces podem nos ensinar sobre essa personalidade a ser encarnada por cada crente ao redor do planeta e das gerações que aguardam o retorno do Rei.
Outro fator importante neste texto também no verso 5 é que ele diz que os quatro seres saíam do meio da nuvem. Isso quer dizer que para que formemos essa personalidade divina que estaremos estudando, devemos nos aprofundar na nuvem da presença de Deus. Lá é o único lugar onde podemos ser influenciados e transformados por Deus e por sua natureza.

Vejamos os quatro seres:
Rosto como de homem: Antes de qualquer outra coisa, o rosto de Jesus foi, e o de sua Igreja deve ser o rosto do homem. Esta característica é fundamental, pois identifica a igreja com a humanidade. A igreja nunca deve perder sua humanidade, sua identificação com a sociedade. Isto quer dizer que não podemos nos tornar completamente angelicais a ponto de não haver compatibilidade com o mundo.
Muitos dentre nós perde a capacidade de se relacionar com o mundo em que vive, passando a habitar numa espécie de universo espiritual paralelo. Não foi isso p que o Senhor Jesus pediu ao Pai em sua oração por nós em João 17:15 onde Ele diz:
“Não peço que os tires do mundo; e, sim, que os guardes do mal”.

Quando passamos a ter uma reação estranha ao mundo, o mundo não pode nos compreender. Não digo que devemos nos conformar com este mundo e suas práticas, nem tampouco, aceitar seus pecados e pior ainda, trazê-los (os pecados) para dentro de nosso convívio, mas que podemos abandonar um pouco de nossa linguagem “revista e atualizada” ameaçadora e muitas vezes incompreensível aos demais. Abandonar nossa mania de acusar, de julgar, de nos comportarmos com aquele ar arrogante de que “Não somos os donos do mundo, mas os filhos do Dono”. O Mundo não compreende isso e pior, interpreta como loucura, fanatismo e arrogância. Com tudo isso junto não seremos capazes de conquistar ninguém.
Para conquistarmos as pessoas, a linguagem mais adequada é a do amor e a da tolerância, lembrando-nos sempre de que Ele prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós sendo nós ainda pecadores, como o mundo ainda é.
Praticamente, devemos tornar a igreja atraente, usar do carisma (charme) que só o Espírito pode dar e nos infiltrar no mundo, sem permitir que sejamos influenciados, mas antes pelo contrário, influenciando. Isso é amar o mundo! João 3:16, diz que Deus amou o mundo. Isso cai como uma bomba em minha cabeça. Deus não amou somente a igreja, os judeus, os muçulmanos ou espíritas, Ele amou o mundo todo e nós, que nos dizemos seus filhos e representantes, devemos fazer como Ele, amar o mundo todo e amar com obras, com atitudes que comprovem esse amor, não somente de palavras, pois isso é pecado. Tiago nos diz que se guardamos toda a lei, mas tropeçamos em um só ponto nos tornamos culpados em todos os demais. E a Lei diz: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Leia lá: Tiago 2:8-10.
Esta é a igreja com cara de homem, a igreja que atrai as pessoas, que socializa, que tem o churrasco, os grupos celulares, as frentes de trabalho nas vilas e bairros, etc.
Pra completar essa característica de Jesus, podemos dizer também que o evangelho de Lucas o apresenta como o filho do homem, trazendo sua genealogia a partir de Adão, como todos os homens, e mostra também a sua infância, o que nenhum outro evangelho faz. Estes são detalhes importantes que apresentam Jesus como um homem igual a qualquer um de nós.
Rosto como de leão: Já no evangelho de Mateus Jesus é apresentado como o filho de Davi, ou seja, o Leão da Tribo de Judá. Jesus era da tribo de Judá, descendente do rei Davi, o símbolo da tribo de Judá era o leão. A bandeira de Jerusalém possui o Leão de Judá. Há uma promessa feita a Davi em Jeremias 33 onde Deus garante que levantaria a partir da raiz de Davi um Renovo de justiça que executaria o seu juízo. Este é Jesus, sem dúvida!


Esta face demonstra a autoridade espiritual de Jesus como Filho de Davi, Filho do Rei, Filho de Deus. Da mesma forma, a Igreja possui esta realeza em si. Uma autoridade espiritual poderosa outorgada pelo Rei dos reis. Jesus já conquistou seu lugar sobre principados e potestades espirituais, sobre nomes e impérios físicos, Ele é o Senhor. Hoje, temos a missão de confirmar esse senhorio de Jesus em nossa geração. Os principados e potestades já estão derrotados, mas ainda estão soltos visto que não foram lançados no lago de fogo reservado para os inimigos de Deus, portanto, eles estão aí, influenciando pessoas, sociedades e o mundo inteiro com um sistema baseado na injustiça e no pecado, afastando os homens de Deus.
Para que possamos fazer algo, é necessário reconhecermos quem somos em Cristo e após isso, exercer autoridade para que possamos libertar os cativos e levá-los á condição de nova criatura como filhos de Deus.

Em Efésios 1:15-23, o apóstolo Paulo faz uma oração para que a igreja conheça sua posição e poder diante nas regiões celestiais. Veja o que ele diz a partir do versículo 18: “iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos, e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos seus pés e, pra ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas”.

A Igreja, segundo este texto, é a plenitude de Jesus na terra e diz o versículo 22 que o Senhor pôs todas as coisas debaixo de seus pés e deu autoridade à igreja, para que ela faça o mesmo em cada geração. O que devemos fazer nestes dias, é dominar Satanás e seus demônios com a autoridade que Jesus nos outorgou.
Esta é a igreja que tem a cara de leão, que investe nos seminários de Batalha Espiritual, que ora, jejua, realiza atos proféticos e expulsa os demônios.

O rosto como de boi: O boi é o símbolo do servo que trabalha incessantemente, sem reclamar, sem contestar. Jesus disse que não veio a este mundo para ser servido e sim para servir aos homens. Se o mestre serviu, quanto mais nós devemos seguir seu exemplo.
O serviço de Jesus consistiu em curar os homens, realizar milagres, gerar novos sonhos e perspectivas nos cansados de alma, consistiu também em lavar os pés de seus discípulos, servir-lhes alimento, enfim, Jesus os serviu com tudo o que tinha em sua vida. Ele não só morreu por nós, mas também viveu por nós. Ele foi um modelo em tudo como filho de Deus orando e abençoando aos que o seguiram de perto e também a todos os que o seguiram no decorrer da história até os dias de hoje.

Esta é a principal revelação da palavra ministério: serviço!
Nossa vida deve ser vivida completamente para o exercício dessa obra. Devemos compartilhar nossa existência, nossos bens, nossas virtudes e dons com as pessoas. Se Deus te deu um ministério musical saiba que não foi para que você ficasse rico com a venda de CD´s mas para que servisse ao corpo de Cristo como instrumento profético, de ensino e de louvor. Se você tem o dom de curar, isso não deve ser usado para sua autopromoção, nunca faça isso, pois não foi pra isso que Deus lhe deu tal coisa. Da mesma forma, se você possui bens dessa terra, precisa olhar para as pessoas que estão em condição de privação e ajudá-las. Qualquer tipo de talento, de condição não está em você à toa, mas para que você possa ser um instrumento nas mãos de Deus a fim de ajudar e abençoar pessoas em nome Dele. É para isso que servem os dons, para servir.
Isso se estendeàs obras sociais que trazem alento aos pobres, ajudam viciados a saírem de sua condição de prisão do álcool e das drogas, e quaisquer outras formas de manifestação de apoio e ajuda à humanidade. Isto também é ser cristão, mostrar a face do servo, a face do boi.
O rosto como de águia: O evangelho de João mostra Jesus em sua face transfigurada, a face que vigora no sobrenatural. A Bíblia diz em Isaías 52:7: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas...”. Aquele que anuncia a Palavra do Evangelho deve ter seus pés sobre os montes, ou seja, nos lugares altos, onde Deus habita. Quem está em cima possui uma visão amplificada, quem tem a visão da águia, sabe quem é sem precisar da aprovação dos homens. Quem tem a visão da águia enxerga as coisas deste mundo com a visão do sobrenatural e não vê como os demais homens, mas enxerga da parte de Deus. A águia é o símbolo da visão de Deus, e da visão dos que estão em Deus, assentados nas regiões celestiais com Cristo.

Jesus não dependia dos elogios e da aprovação dos religiosos, pois ele sabia o que Deus pensava sobre ele. O Senhor tampouco hesitou em enfrentar a Cruz, pois estava firmado naquilo que o Pai havia lhe dito em cima do monte, onde a visão é aguçada e a voz de Deus é clara.
Nós não podemos abrir mão da visão. Está escrito que um cego não pode guiar outro cego, senão ambos cairão. Por isso, para que possamos conduzir pessoas a Deus, devemos ter a visão da águia, a face da águia deve ser assumida em cada crente.
A adoração, a busca da face do Senhor em oração, a meditação na Palavra, os jejuns para a mortificação da natureza carnal, todas essas coisas são elementos que nos auxiliam na busca dessa face, para que possuamos uma visão altaneira e não fiquemos restritos à mediocridade daquilo que outros já fizeram, mas tenhamos uma nova e exclusiva visão da parte de Deus naquilo que Ele tem reservado para nós.

Conclusão: Segundo um pastor amigo, a Bíblia é um livro de extremos para que possamos alcançar o equilíbrio, ou seja, precisamos de bom senso, de revelação e de sabedoria para que não sejamos vítimas dos extremismos. Em algumas igrejas é notória a manifestação do Espírito Santo nos cultos, pois todos voam altamente como as águias, em outras os demônios batem em retirada, em vista da presença da autoridade do leão, outras ainda, são movidas pelo social, células, jogos de futebol, festas, enfim, koinonia pura sendo profundamente marcadas pela face do homem, outras por último, são igrejas que servem, são verdadeiras instituições sociais, verdadeiras ong´s de Jesus, pois possuem a face do boi tatuadas em sua vida.
Todas estas são faces do ministério de Jesus e o que Deus quer que façamos nestes dias é que encontremos o equilíbrio entre cada um desses quatro pilares que devem nortear e embasar a vida e atuação da igreja.

Não é raro vermos pessoas procurando o avivamento dizendo “quero mais de Deus”, se embrenhando numa busca pelo Senhor subindo os altos montes da adoração, transfigurando suas vidas em pura manifestação metafísica, sendo, contudo tão transcendentais que passam a ser incompreendidos e taxados de loucos ou santos demais. Tal excesso não aproxima, só repele. Ao mesmo tempo, numa igreja onde o sobrenatural é deixado de lado corre-se o risco de se adotar o humanismo como doutrina.
Enfim, esses apenas exemplos que devem nos levar a buscar esse equilíbrio já dito, para que possamos ter em nossas igrejas todas as características de Jesus, pois se pregamos uma só face do Senhor, não estamos fazendo-o conhecido como Ele é, e sim como interpretamos que Ele seja e isso não é real, verdadeiro. A pregação do evangelho deve conter Jesus, Sua palavra e a de seus apóstolos, baseados na Bíblia Sagrada e nos dons do Espírito, que atestam e revelam o Senhor com a face compreensível a cada geração. Este tempo é o tempo da plenitude, onde Jesus se fará conhecido por completo. Nós somos essa plenitude, a Igreja desta geração.
Creia nisso, faça a sua parte, persevere na doutrina dos apóstolos, os quais estão entre nós até os dias de hoje, seja obediente aos seus líderes e busque no Senhor o equilíbrio que fará com que sua igreja alcance a todos os povos da terra.

Shalon,
Pastor Rafa

Você já votou hoje?

Não, não se trata de uma pergunta relativa ao período eleitoral que se inicia neste ano novo. Trata-se de um movimento notório do Espírito Santo nas igrejas atualmente: Os votos.

A Bíblia está repleta de votos feitos por pessoas de todos os tipos, profissões e classes. Profetas, reis, sacerdotes, juízes, pessoas comuns, todos fizeram algum voto com Deus. Os tipos também variam bastante de acordo com a época, momento espiritual, e intenção de cada um. Um dos mais comuns atualmente é o voto de raspar a cabeça. Paulo fez isso em Atos 18:18, e em Atos 21:24, 26 e existem outros tantos exemplos na Bíblia. Diferente desse, existe o voto de nazireu. Encontramos a descrição desse tipo de voto na Bíblia em Números, no capítulo 6. Nazireu é uma pessoa consagrada a Deus por determinado período, no qual a pessoa não corta o cabelo e barba, não bebe nem come nada procedente de vinhas (vinho, vinagre, uvas), e também fica proibida de tocar em cadáveres. Existiram três nazireus consagrados desde o ventre de suas mães na Bíblia: Sansão, o profeta Samuel, e João Batista. O nazireu da Velha Aliança, no final do período de consagração raspava a cabeça e diante do Senhor, queimava os cabelos do nazireado.


Deixando os cabelos (ou a falta deles) à parte, há outros tipos de votos: há aqueles que andam descalços; existem os votos daqueles que abdicam de tomar refrigerante por um mês, um ano, mil dias! Alguns deixam de ver televisão; outros deixam de comer o que mais gostam por determinado período... Não há limites para a criatividade humana quando inspirada pelo Espírito Santo. Precisamos ser sensíveis a Ele, para não cometermos loucuras e fazer votos que não poderemos cumprir. Salomão, em Eclesiastes 5:2-6, fala acerca disso. Veja esses trechos: "Não seja precipitado de lábios nem apressado de coração para fazer promessas diante de Deus...", "Quando você fizer um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus; cumpra o seu voto. É melhor não fazer voto do que fazer e não cumprir".


Márcio Valadão, pastor da Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte, MG, fez uma declaração muito relevante no tocante aos votos: "O voto não muda Deus, o voto muda o homem". Deus é imutável (Malaquias 3:6), e qualquer voto que seja feito a Ele, tem a finalidade de moldar o coração do homem, quebrantar sua alma, para que se aproxime do Senhor, para que esteja no centro da Sua vontade, discernindo a Sua voz, enfim, para ser alguém segundo o Coração de Deus, uma pessoa que entende que Deus está acima de todas as coisas que temos e que somos, e não hesita em sacrificar o que quer que seja para estar mais próximo, daquele com quem passaremos a eternidade. Lembre-se sempre: o voto muda você, o seu Deus é imutável; e também: o voto não mudará a natureza pecaminosa do homem, a finalidade é aproximar-se do coração de Deus.


Diante dessas coisas, algumas perguntas surgem: Você quer viver mais próximo de Deus? Você quer comer do melhor desta terra? Deus sabe que Ele é mais importante do que qualquer coisa na sua vida? Você já votou hoje?
Talvez seja hora de pensar nisso. É tempo de votos.


Tini Muzel
http://www.tinimuzel.blogspot.com/

O Semeador, a Semente e os Solos!


O texto registra uma parábola usada por Jesus como uma ilustração sobre a maneira como as pessoas reagem diante da semeadura da visão de Deus em suas vidas. Nele, o Senhor traça um paralelo entre as características de 4 tipos de solo com 4 tipos de pessoas que recebem pela revelação da Palavra (rhema) uma nova visão.
Os solos são estes: 1) Junto ao caminho; 2) Sobre pedregais; 3) Entre espinhos e 4) Boa terra.

1) Junto ao caminho:e aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram” ... ”e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra é semeada mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles”.
Marcos 4:4, 15
Jesus nos enviou a ir por todo o mundo pregando o Evangelho, ou seja, lançando a semente de Deus por todo o caminho por onde estivermos passando.
As pessoas que estão junto ao caminho são como terras à margem da plantação, ou seja, elas não entram no meio da história que está sendo escrita. Ouvem, ficam ligadas de alguma forma ao contexto da Igreja, mas não mergulham na revelação que Deus está plantando em seus corações e por isso, seus corações são roubados.
Muitas dizem: “Isso não é pra mim!” ou “Deus não me chamou para isso!”
Mal são capazes de perceber que estão sendo roubadas por Satanás, o ladrão de sonhos.

2) Sobre pedregais:e outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda” ... “os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem; mas não têm raiz em si mesmos; antes são temporãos, depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam”.
Marcos 4:5, 16-17
Muitas pessoas possuem e fomentam uma relação meramente emocional com a revelação de Deus.
Voltam dos retiros e congressos cheios de motivação para conquistar todo o planeta terra e se possível até os ET´s com o Evangelho.
Uma semana ou duas depois, tudo morre!
Há pedras no terreno do coração daquela pessoa e plantas não nascem nem crescem em pedras. Assim como as plantas precisam de umidade e de um solo propício onde possam criar raízes e crescer, a revelação de Deus precisa encontrar aprofundamento no terreno da Palavra e irrigação na constante presença do Espírito para que não pereça antes do tempo.

3) Entre espinhos: “e outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos a sufocaram e não deu fruto” ... “recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra; mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entretanto, sufocam a palavra, e fica infrutífera”.
Marcos 4:7, 18-19
Cuidados deste mundo, enganos das riquezas e ambições são coisas que tiram o oxigênio da semente. Assim como a vida não pode prevalecer sem a presença do ar, não há como o sonho de Deus se manter vivo sufocado por tantas vontades e desejos paralelos.
Quando a semente caiu aqui neste tipo de solo, os espinhos já existiam. Ela foi lançada entre os espinhos! O que ocorre é que após a semente ter sido plantada ali, os espinhos começaram a crescer paralelamente a ela. Concorrendo com a semente de Deus, os espinhos ganham força por tratar-se de coisas relacionadas ao material. É uma batalha mental entre as riquezas do espírito e as riquezas deste mundo.
Cuidados deste mundo são tudo o que se relaciona ás necessidades humanas dentro de cada contexto sócio-cultural. Aqui em nossa realidade de Brasil, por exemplo, muitos se detêm exageradamente à vaidade, com ênfase no culto ao corpo e à moda; outros ainda buscam de maneira devota pelos bens de consumo, como carros, novas tecnologias ou ainda há quem tenha um profundo desejo pelo bem estar.
Enganos das riquezas podem aqui ser traduzidos por amor ao dinheiro, o que pode também ser entendido por avareza e avareza é idolatria. Toda idolatria é enganosa, pois biblicamente, os que adoram aos ídolos ficarão iguais a eles. Ídolos têm ouvidos e não ouvem, tem nariz mas não sentem cheiro, tem boca mas não falam etc. e quando os adoramos ficamos sem sentidos, que nem eles.
É por isso que o texto diz “enganos das riquezas”, pois o apego ao dinheiro é um grande engano, que além de sufocar a verdadeira semente de riqueza, matando os altos sonhos de Deus em nós, nos confunde, fazendo-nos crer que a busca pelo êxito financeiro é algo bom e que traz consigo felicidade e realização: mentira!
Ambições são as paixões desenfreadas dos olhos humanos. A ambição tem se tornado a grande marca no perfil do homem moderno. Todos querem alcançar novos objetivos e galgar os próximos passos do triunfo, possuindo os novos carros, comprando o último modelo de telefone celular ou da Nike.
Ser ambicioso se tornou virtude no meio desta geração perversa e má e até entre os crentes vemos pessoas com esse terrível desvio de caráter.

4) Boa terra: “E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro sessenta, e outro, cem” ... “e os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra e a recebem”.
Marcos 4:8. 20
Enquanto nos outros tipos de solo havia a presença de substâncias que impediam o crescimento das sementes de Deus, aqui encontramos uma terra preparada, adubada, remexida, sem ervas daninhas, sem pedras e sem espinhos.
O processo de preparo de uma terra é algo extremamente técnico. É necessário um tempo de preparo onde os nutrientes e fertilizantes serão misturados a uma terra remexida e úmida.
Isso significa que uma pessoa deve ser previamente trabalhada, quebrantada pela ação da espada e do martelo da Palavra, nutrida e umedecida com o poder e o fruto do Espírito, sendo assim limpa e purificada, para enfim estar devidamente apta a receber a Boa Semente.
Não creio que este solo do qual tratamos aqui seja relacionado a vida de pessoas que ainda não foram encontradas pela palavra do Evangelho, antes, pelo contrário, acredito que o Senhor esteja se dirigindo a pessoas que já estão na caminhada da fé há algum tempo, sendo preparadas no rumo do amadurecimento a fim de se tornarem terras produtivas para os sonhos de Deus.
Acho que a proporção de três para um, ou seja, três solos ruins para um bom seja demasiadamente otimista, pois vejo muito poucas produzindo 30, 60 ou 100 em suas vidas.
Precisamos nos avaliar, traçando um paralelo entre cada um desses solos e nós. Utilizamos demais essa palavra para relacioná-la aos perdidos, mas não creio que ela seja direcionada a eles.
É importante entender que o texto diz que os que ouvem a palavra e a recebem são a boa terra. Ouvir e receber é sinônimo de obediência e devoção à revelação e direção do Espírito em nossas vidas. Sem isso, não daremos frutos agradáveis ao Senhor.

Reflita nisso:
Você está andando à margem do avivamento, como se estivesse alheio ao Caminho do Espírito? Ou é como um pedregal, onde a Vontade de Deus não alcança profundidade em sua vida? Será que está tão apaixonado pelas suas ambições e desejos a ponto de sufocar a semente divina entre esses espinhos? Ou será que tem produzido muitos frutos, ouvindo e recebendo a Palavra de Deus com amor e carinho em seu coração?

O Mamon e o Egoísmo




Um dos temores do apóstolo Paulo é ver a sua igreja enganada, por isto ele dizia:



"Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura. Suportai-me, pois. Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais". (2CO 11:1-4)


O crescimento da igreja de Jesus tem apresentado sub-produtos que negam a verdadeira natureza da fé evangélica: o abandonando da simplicidade da fé e a mudança da natureza do Evangelho.
Mamon, repudiado por Jesus, tem dominado a igreja de Cristo. Algumas das expressões da presença deste principado são os mercadores da Palavra de Deus, que cobram os cachês milionários. Certos pregadores e levitas se transformaram em exploradores do povo de Deus, para vender a sua mercadoria a um altíssimo preço, com exigências loucas, igualando-se a celebridades e artistas de cinema, exigindo hotel cinco estrelas, aparelhagem da marca mais cara, até com guarda-costas.
Um dos títulos de Jesus é Rei. Mas Ele é rei- servo. Ele mesmo disse de si: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mc. 10:42-45) O servo verdadeiro de Jesus não estaria atrás dos aplausos, adulações, como qualquer celebridade mundana, mas estaria sendo porta voz do Senhor que deu a sua vida pelo mundo, e pensaria no bem-estar do Corpo de Cristo e do Reino de Deus. Se não voltarmos a viver no espírito de humildade e mansidão, simplicidade, vamos ouvir do nosso amado Mestre, uma Palavra de reprimenda.
Existem dois extremos de subserviência a Mamon nas igrejas, no que se refere a honorários dos pregadores e obreiros. Há igrejas que ungem pastores, líderes, obreiros, exigem trabalho, mas não honram os obreiros. Não oferecem nada, não dão nada. No outro extremo, temos algumas igrejas que têm dado um salário altíssimo, equivalente ao de executivos de multinacionais aos pastores e músicos, enquanto os membros vivem de orçamento apertado; os órfãos estão sendo esquecidos; as viúvas abandonadas, e os missionários nos campos passam fome.
Todo obreiro é digno do seu salário. Mas, tornar-se rico através do ministério é algo totalmente fora do propósito de Deus. O autor de provérbios, antevendo a tentação, disse que nós não deveríamos nos esforçar para ser ricos.
“Não te fatigues para seres rico; não apliques nisso a tua inteligência. Porventura, fitarás os olhos naquilo que não é nada? Pois, certamente, a riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos céus.” (Pv. 23:4 e 5)

Alguns empresários cristãos têm tomado o modelo dos empresários brasileiros que se caracterizam declaradamente de gananciosos. A maneira de ganhar dinheiro é mercenária e cooperadora, certamente estão debaixo do controle do Mamon. Assim, verificamos a ganância de muitas gravadoras, editoras e outras empresas evangélicas que comercializam a Palavra de Deus! Há muitos empresários mercenários no chamado “mercado evangélico” que produzem lucros exorbitantes. E estes pouco se importam em tornar o Evangelho acessível às pessoas.
A teologia da prosperidade que tem invadido o Brasil através de meios de comunicação tem iludido milhares de pessoas com falsas promessas bíblicas de riquezas e uma vida sem problemas! Deus certamente não deseja que os filhos seus vivam na miséria e na pobreza. Mas o Senhor abomina a exploração do povo e a insinuação de que, se você não se tornar rico, está fora da bênção. Deus nunca prometeu prosperidade para que os seus seguidores se tornarem ricos, para gozar a sua vida. Ele prometeu prosperidade para ter e poder dar muito. Quando damos, abrimos as comportas dos céus para nos abençoar. Mas a motivação no dar é algo delicado. E, ademais, a Bíblia diz que o ganancioso, o avarento é idólatra, e estes não irão herdar o Reino de Deus. (Ef. 5:3)

Mudança da natureza do Evangelho. O primeiro mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas. O nosso lema é viver para Deus e para os outros.
“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” (Mc.12:30) O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. “Não há outro mandamento maior do que estes.” (Mc. 12:31)

A mensagem, o coração do evangelho, é amar a Deus e dar a sua vida para os outros, como Ele fez para nós.
“Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.” (1Jo 3:16)
“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa, achá-la-á.” (Mt. 10:37-39)
O evangelho que está sendo apresentado é voltado para o homem e a sua necessidade. É um evangelho homocêntrico e egocêntrico, voltado para engordar o ego. É um evangelho para satisfazer a vontade do homem e fazer os homens felizes, que alcancem a auto-satisfação. Ele se sente bem pregando, e assim ele se tornou pregador. A sua motivação é satisfação própria. Não é para cumprir a vontade de Deus, nem para trazer a palavra que sai do coração de Deus, mas para satisfazer a si e falar aquilo que os outros querem ouvir.
"Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes".
(2Tm. 3:1-5)
O Senhor nos convida a nos arrepender. Pois a transformação da nação começa com a Igreja restaurada.
Neuza Itioka