“Por isso, eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: Eu tinha dito que a tua casa e a casa de teu pai serviria para sempre diante de mim. Mas agora, diz o Senhor, não será mais assim. Eu honro aqueles que me honram e desprezo os que me desprezam”.

I Samuel 2:30

Deus escolheu e determinou uma classe especial de pessoas para o serviço de seu sacerdócio. Esses foram os levitas, uma família sacerdotal, uma dinastia ministerial escolhida ainda nos tempos de Moisés para o exercício dos princípios do culto a Deus.

Observando seus deveres de povo de propriedade exclusiva de Deus, ou seja, santos, os levitas tinham uma série enorme de obrigações a cumprir, mas tinham também seus lucros.

Apesar de não terem direito à posse de terras, sua renda vinha dos dízimos e ofertas levantadas pelo povo, recolhido com o peso de Lei divina. Numa sociedade teocrática, cujo Rei era o próprio Deus, a posição de seus sacerdotes era de grande destaque social.

Deus fez uma aliança com Levi, dizendo que sua família o serviria perpetuamente neste ofício, mas aqui no início do primeiro livro de Samuel, a história abre um precedente que mudaria para sempre as regras do serviço de Deus entre os homens.

No texto, o próprio Deus diz “Eu tinha dito que a tua casa e a casa de teu pai serviria para sempre diante de mim. Mas agora, diz o Senhor, não será mais assim. Eu honro aqueles que me honram e desprezo os que me desprezam”.

Isso é o que tenho chamado particularmente de início da “geração profética”. É quando Deus fica de ‘saco cheio’ da iniquidade sacerdotal, com seus desmandos e sua adaptação à espiritualidade pagã do mundo e simplesmente dá um chute na traseira desses falsos guias do povo, estipulando um novo rumo espiritual para suas ovelhas, que passa a ser revelado agora por seus servos, os profetas.

O lance interessante nisso tudo é que o sacerdócio instituído continua vigorando, só que sem a revelação e o respaldo do Espírito de Deus, que agora está sobre o profético.

Foi assim que aconteceu com Samuel, que não era levita, mas tornou-se sacerdote e o próprio João Batista, que mesmo sendo da linhagem levítica, preferiu os desertos do que o templo, porque Deus não estava mais lá.

Apresento então as duas alternativas que ainda hoje dispomos: andar na religião institucional, morta, sem Deus, mas com toda sua estrutura, ou andar no profético, mesmo que seja num deserto?

Eu já fiz a minha escolha,

rafa - reparadores

Sonhei que participava de um culto grandioso onde estavam presentes diversos líderes de renome de uma forte denominação evangélica do Brasil, entre eles seu próprio presidente. Havia até mesmo políticos conhecidos participando da reunião e todos da grande multidão assistiam ao pregador cheio de carisma e eloqüência. Eu estava lá no meio dos jovens!

Todos ficavam maravilhados com as palavras doces do pregador e sua simpatia fazia com que todos se sentissem felizes. Eu ouvia tudo e, em meu íntimo, questionava se todas as coisas bizarras que conhecia sobre sua vida pessoal seriam verdadeiras. Afinal, ele era tão simpático. Devia ser maldade das pessoas dizerem que aquele “homem de Deus” estava envolvido em relações comerciais espúrias, alianças políticas nefastas, adultérios e prostituições.

Nos bastidores da celebração, eu entrava na conversa de pastores que conhecia. Falávamos de situações difíceis enfrentadas pela denominação, as concorrências desleais entre os colegas de ministério, os pastores que haviam sido expulsos por não concordar com a visão adotada pelo presidente, injustiças, líderes que caíram em pecado etc.

Enfim, a reunião terminou! As pessoas se cumprimentavam alegres e satisfeitas por mais um culto de adoração ao poderoso Deus e enquanto a música ainda tocava e todos se abraçavam, uma jovem irmã veio até mim e passou a conversar comigo. Convidou-me para irmos embora juntos e eu, a pé como sempre, iniciei a jornada junto com a moça. Seguimos o caminho na direção de minha casa, mas parece que estávamos nos perdendo no trajeto e as conversas estavam se tornando um tanto “chatas”, entrando num âmbito mais pessoal e íntimo do que eu - homem casado - gostaria que entrasse.

O fato é que a menina queria se entregar para mim e eu fiquei um tanto chocado, pois confesso pra vocês que esta não é minha área, sou herético, não erótico e, então, fiquei perdido na situação e como o terror bateu em minha mente, acordei e não consegui dormir mais.

Provar das sensações que provei no sonho que compartilhei com você aqui hoje trouxe uma Palavra à minha mente e ela está piscando como um alarme vermelho dentro de meu coração: “Sai dela, povo meu, para que não seja participante de seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela”. Apocalipse 18: 4, 5.

Só os que têm ouvidos poderão ouvir.

rafa

"Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho
que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna”.

Marcos 10: 29-30

Em cada passo de fé que damos, uma nova realidade espiritual nos é revelada. As coisas de Deus não se mostram de maneira fortuita. Tudo tem um propósito e uma razão de ser e acontecer, eu creio.

No texto acima, Jesus deixou promessas espirituais que são o legado vivo de todos os que ousam crer no chamado de abraçar o testemunho do Evangelho na terra.

Diante do incerto, do invisível, perguntamos: o que vai ser de nós, Senhor, já que abandonamos os rumos e os projetos que nossas famílias tinham pra nós; a carreira com a qual sonhamos quando éramos jovens; os projetos pessoais que tivemos um dia, para seguir por um caminho tão louco quanto o Evangelho?

A resposta do Senhor é numérica. Ele dá um valor exato pra nós. Cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras... Isso não esquecendo as cem vezes mais perseguições (mas vamos pensar nisso outra hora, pra não enfraquecer nossa fé, ok?!)

Recentemente, saí da terra em que vivi por 18 anos. Foi lá no Rio Grande do Sul onde encontrei o Caminho, a Verdade e a Vida pelas quais decidi lutar, viver e morrer. Mas foi lá que também encontrei a Igreja, a família e os filhos. Provei da alegria de se colher os frutos da Seara, enfim, foi lindo. Mas eu saí de lá e vim pra uma nova terra!

Estou em Minas Gerais, numa cidade bem pequena, perto de minha mãe, minhas irmãs e de um monte de amigos que fizeram parte de meu passado “antes de Cristo” e o que encontrei aqui?

Mais amigos, mais terras, mais irmãos e, provavelmente em breve, encontrarei mais perseguições.

Não fiz as contas ainda - se são cem vezes mais - mas sei que ao deixarmos no sul todas as coisas materiais que tínhamos e chegarmos aqui praticamente com as roupas, vimos em menos de 3 meses Deus nos dar uma casa muito boa - melhor do que a que estávamos, completamente mobiliada (só falta uma TV – que aliás não faz falta nenhuma), e sobretudo recebemos um afeto tão caloroso de diversas pessoas que têm nos cercado de amor e consideração. Alguns nos dão copos, outros, panelas, ganhamos uma geladeira, fogão, sofá, cadeiras, enfim, tudo o que a casa precisa.

Essas coisas vieram de muitas pessoas, ou seja, os amigos, dispostos a compartilhar algo conosco, se multiplicaram.

Continuamos pobres e dependentes de Deus, mas continuamos firmes na fé de que as Palavras de Jesus se cumprem cabalmente em nossas vidas, na mesma medida em que dependemos de sua Graça e confiamos que servi-Lo ainda é o melhor negócio desta vida.

rafa e família reparadores,

“Se quiserdes e obedecerdes, comereis o melhor desta terra”.

Isaías 1:19

Vamos definir os termos envolvidos:

1. Música é arte e arte é uma forma estética de comunicar percepções, emoções e ideias, visando estimular a consciência dos outros.

Parte do ser humano e é focada no ser humano. Como dom, possui sua origem mais primitiva no próprio Deus, que é o autor e doador de toda dádiva, todo dom que está sobre qualquer homem.

“Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes”. Tg 1:17

2. Secular é tudo aquilo que está separado de uma organização religiosa.

- A divisão entre secular e sacro é um lance da religião, que sempre almejou “presunçosamente” regulamentar a vida e todas as suas formas de manifestação. As religiões humanas sempre culminam em governo sobre outras pessoas, ou seja, sempre acaba em opressão, seja ideológica, financeira etc.

3. Em minha opinião, a música deve ser:

- secular em sua relevância e identificação com o meio em que vive (levando em consideração a cultura e o momento que sua sociedade passa) e

- sacra em sua essência e mensagem, ou seja, ela deve levar às pessoas a Deus.

Isso não quer dizer que a música deva ser gospel ou teologicamente evangélica, mas que deve apontar para a glória de Deus de alguma forma, seja chamando a atenção das pessoas ao eterno, ao justo, ao correto, a vida, enfim, como Paulo disse: “tudo o que é honesto, justo, puro, amável, de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. Filipenses 4:8

Respondendo, então, a pergunta, se pode ou não pode tocar música secular, digo: acho que devemos nos desligar dessas terminologias e conceitos que são meramente culturais e estão baseados sobre pensamentos temporais, que mudam com o passar dos anos e das gerações. Devemos sim, ser relevantes para que o Evangelho que está dentro de nós alcance a todos derredor, compartilhando a minha essência.

rafa

Resposta em vídeo abaixo (áudio meio baixinho)

Watch live video from freedomradio on Justin.tv

Elias é símbolo da geração profética, um tipo de povo que emerge em todas as épocas, estações e dispensações, enviados por Deus em tempos em que impera a iniquidade.

Acabe, aclamado como o pior rei de Israel, casou-se ainda com Jezabel, mulher que tinha forte ligação com o culto a Baal, sendo patrocinadora de seus profetas, inclusive.

Acabe tipifica o líder que afrouxa diante das instituições e coletividades que serve, deixando de servir a Deus, para servir suas bandeiras e denominações.

Jezabel é uma figura das igrejas nominais de hoje, com as quais, líderes se casam e seguem mantendo uma relação perversa, que se sobrepõe a relação profética que deveriam manter com o próprio Deus.

É no meio desse quadro nefasto que Elias aparece. Como se simplesmente brotasse do nada, essa espécie de "profeta Zé ninguém" emerge na história com a finalidade de apontar o dedo do juízo de Deus às instituições e seus líderes que se afastaram do projeto divino.

Ele diz: "aqui não chove mais e não choverá até que eu diga”, sai das instituições e se manda pra outros lugares, segundo as direções dadas por Deus, abandonando completamente o sistema de coisas decaído.

Profetas são assim, peregrinam, andam por lugares onde outros não andariam e alimentam-se do que Deus diretamente lhes dá.

Mas ainda houve um momento em que Elias, embora fosse bem sucedido em sua trajetória ministerial profética, sentiu-se ameaçado por Jezabel, após ter incitado o povo a matar os seus queridos profetas baalistas.

Ee fica triste e acuado, foge e se esconde debaixo de uma árvore, onde, um anjo lhe dá um alimento e diz: "come, pois esse pão lhe dará forças suficientes para uma grande jornada" (parafraseando).

Obedeceu e, com a força daquele alimento celestial, o pão dos anjos, partiu numa jornada de 40 dias e noites até chegar ao topo do Horebe, monte onde Deus lhe dá claras direções.

Irmãos, em momentos de dúvidas, incertezas, perseguições e temores devemos nos alimentar com o alimento do céu para que possamos encarar a jornada árdua até que saibamos a plena vontade de Deus para nós para o próximo momento.

Nunca saberemos os próximos passos a ser dados, mas nosso Deus possui um projeto e estarmos alinhados à sua vontade, fará com que nossa jornada seja acompanhada de êxito e convicção de que, aconteça o que acontecer, Ele estará ao nosso lado.

Hoje começou o outono no Brasil e da mesma forma, muitos de nós, estamos vivendo um tempo de transição, uma mudança de estação em nossas vidas espirituais. Para que possamos chegar até a revelação plena da vontade de Deus, precisamos de um alimento forte, o pão angelical, que nos fortalecerá na subida rumo ao alvo, garantindo a conquista do prêmio da soberana vocação.

rafa – força aê!

Perdas e ganhos são os resultados de nossas atitudes. Todos investem em alguma coisa nesta vida, mas existem os que enxergam o mundo de uma forma diferente e acabam entendendo que o ganho é a perda. Essas foram palavras de Jesus, pessoa que certamente inspira a poucos neste mundo do preto no branco, do dinheiro no bolso, do resultado prático. Se nossa espera baseia-se somente no que vemos e nos resultados numéricos, então, apostatamos da fé e passamos a viver somente pelo retorno visível, tangível e aprazível. Ou seja, deixamos do Espírito e mergulhamos nas obras da carne.

Paulo, sendo livre, se fez escravo para ganhar alguns e ainda disse que o que considerava ganho em certo tempo de sua vida, passou e ter como perda, por causa de Cristo. Este, afirmou que há pouco proveito ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma.

Gastar a vida naquilo que se crê nunca é uma perda!

A reciclagem é um processo comum na história do mundo e o próprio Darwin sacou isso falando do processo da seleção natural, na exclamação “sobrevive aquele que melhor se adapta às mudanças”.

Na verdade, são tempos de mudanças, de reinvenções, mas o coração deve sempre continuar o mesmo e o investimento mais seguro ainda é o Reino de Deus, o qual, embora invisível, é real e verdadeiro. Sendo o único capaz de preencher o vazio dos corações mais iludidos em suas conquistas terrenais, seus carros importados, suas viagens aos paraísos naturais... tudo isso uma hora passa, mas o que não passa é a incorpórea e eterna construção do Templo místico de Deus para a eternidade.

Construído sobre a pedra angular, que é Jesus - o fundamento imutável – ele pode ser erguido em muitas formas e cores, com materiais humanos diversos, culturas exóticas e até teologias discrepantes entre si, todavia, o Pedra não muda nunca e se construirmos nosso prédio fora dela, dançaremos em momento inesperado.

Cuidemos para que nossa arrogância, nossa falsa sensação de estabilidade e os conhecimentos adquiridos com base em conquistas humanas, não nos ceguem, pois tudo passará.

Rafa – pobre, mas enriquecendo a muitos.

A sua história com Deus se traduz em sua identidade. Um pai, uma mãe ou qualquer outro ente querido podem ter nos abandonado e fazem falta em nossas vidas, mas o fato de termos sido adotados por Deus, reproduz em nós uma identidade, exclusivamente ligada a Ele.

É quando Deus passa a ser tudo o que temos!

Os solitários, os abandonados e os que foram esquecidos têm grande potencial de se encontrar com o Deus Pai, que assume a parada, que pega no colo, ensina e forma uma a identidade.

O lance é que essa identidade que vem de Deus é a missão e o mandamento, ou seja, identidade de Filho é "ir, fazer e amar".

Quanto mais recebemos dEle, mais se torna parecidos com Ele, na pessoa de seu Filho.

Todos têm bloqueios, que são coisas da alma, mas a alma não é maior do que o espírito. Ela é teimosa, gosta do pecado, mas o espírito nos faz olhar pro Pai, sonda nossos corações e insere dentro deles a vontade de Deus. Uma hora a alma se dobra!

Contudo, o resultado disse é que muitas pessoas não conseguem entender esses Filhos, porque carregam consigo uma identidade que não se parece com a de mais ninguém. Não erguem bandeiras, não se limitam em fronteiras, são profetas incompreendidos e tidos como loucos.

Mas o lance é que passamos anos andando sozinhos, nós e nossas mentes, pensando, pensando e pensando. Perdidos e sós, correndo atrás de si mesmos, não achando.

Até que Deus nos encontrou! Descobrimos que Ele deu a vida dEle pra nós e daí, decidimos assumir essa vida (ou não).

Lutar é parte integrante da vida do guerreiro. Vamos ter que lutar até o fim, cada pessoa com seu inimigo íntimo, mas o lance mais importante é o fato de saber quem somos: filhos de Deus, especiais, diferentes, únicos...

Assumir nossas identidades deve ser nosso grande desafio a ser vencido, dane-se o que vão pensar disso.

rafa

Graça,

Ela assume a culpa

Ela cobre a vergonha

Remove a mancha

Poderia ser o nome dela

Graça

é o nome para uma menina

Também é um pensamento que mudou o mundo

E quando ela anda na rua

Você pode ouvir os violinos

Graça encontra bondade em tudo

Graça

ela tem um jeito de andar

Não como uma modelo nem como um bêbado

Ela tem tempo para falar

Ela viaja para fora do karma

Quando ela vai trabalhar

Você pode ouvir os violinos

Graça encontra beleza em tudo

Graça

ela carrega um mundo em seus quadris

Não há taça de champanhe para seus lábios

Não há giros ou pulos entre os dedos

Ela carrega uma pérola em perfeitas condições

O que antes era dor

O que antes era atrito

O que deixava uma marca

Não fere mais

Porque Graça cria a beleza

A partir das coisas feias

Graça cria a beleza a partir das coisas feias

Bono Vox – U2